Cultura

O Papa aos budistas: continuem reavivando o diálogo e a colaboração





Francisco recebeu em audiência uma delegação de monges budistas tailandeses representantes do Templo de Wat Phra Cetuphon. "É um grande prazer para mim receber sua delegação nesta visita, que fortalece a nossa amizade duradoura", disse o Papa no início de seu discurso.

O Papa Francisco recebeu em audiência na Sala Clementina, no Vaticano, uma delegação de monges budistas tailandeses.

"É um grande prazer para mim receber sua delegação nesta visita, que fortalece a nossa amizade duradoura", disse o Papa no início de seu discurso.      

A seguir, Francisco recordou sua viagem à Tailândia, de 20 a 23 de novembro de 2019, e o extraordinário acolhimento e hospitalidade com que foi recebido. "Mantenho viva a memória do Patriarca Supremo da Tailândia e peço-lhes que lhe transmita a minha saudação afetuosa", disse o Pontífice.

O Papa falou a propósito do Sétimo Colóquio Budista-Cristão realizado na Tailândia, em novembro passado, que reuniu mais de 150 participantes de várias partes da Ásia para refletir sobre o tema "Karuna e Ágape em diálogo para curar uma humanidade e a Terra feridas".

Sim, hoje nossa humanidade e a Terra, nossa casa comum, estão de fato feridas! Tantas guerras, tantas pessoas que perderam tudo e foram obrigadas a fugir. Tantas crianças afetadas pela violência. No entanto, conforme sublinhado durante o Colóquio, "acreditamos firmemente que, em meio a nuvens escuras, aqueles que estão profundamente arraigados em suas respectivas tradições religiosas e dispostos a trabalhar juntos podem levar um raio de esperança a uma humanidade desesperada".

Francisco lembrou que, durante o Colóquio, foram sublinhados três pontos fundamentais: em primeiro lugar, foi dito que "ninguém se salva sozinho; só podemos ser salvos juntos, pois estamos interligados e interdependentes".

À luz desta verdade, exorto-os a colaborar com todos: sociedade civil, membros de outras religiões, governos, organizações internacionais, comunidades acadêmicas e científicas e todas as outras partes interessadas a promover uma amizade que apoie a paz e a fraternidade e construa um mundo mais inclusivo.

Em segundo lugar, foi destacada "a importância de educar cada pessoa, especialmente os jovens e as crianças, nas relações de cuidado e atenção aos outros e ao ambiente".

Por fim, foi afirmado: "Acreditamos que a oração e a meditação podem mudar as coisas, purificando nossos corações e mentes; gerando bondade, misericórdia e perdão onde há ódio e vingança, criando um espírito de respeito e cuidado pelos outros e pela terra."

Francisco disse estar feliz pelo fato de na terça-feira, 28 de maio, a delegação de monges budistas tailandeses rezar pela paz na Basílica de Santa Maria em Trastevere, em Roma.

Por fim, o Papa agradeceu aos monges budistas pelo gesto gentil de irem, ao Vaticano, e "os encorajou a continuarem reavivando o diálogo e a colaboração, especialmente com a Igreja Católica na Tailândia, num espírito de amizade constante".

 

- Francisco recebe em audiência o presidente da República Dominicana

Luis Abinader Corona conversou por 30 minutos com o Papa, em seguida, dirigiu-se à Secretaria de Estado e dialogou sobre o papel da Igreja no país nos campos da educação e da caridade, além de discutir questões relacionadas à migração e à situação regional. Ambos os Estados renovaram o compromisso mútuo para o bem comum do povo dominicano.

As conversas entre o Papa Francisco e o Presidente da República Dominicana, Luis Rodolfo Abinader Corona, na manhã desta segunda-feira, 27 de maio, duraram 30 minutos e foram realizadas no Palácio Apostólico do Vaticano. Foi um encontro cordial, conforme relatado pelo diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Matteo Bruni, que também sublinhou a atmosfera familiar durante toda a audiência, graças à presença da esposa e das três filhas do presidente.

Colóquios na Secretaria de Estado

O Presidente Abinader, após o encontro com o Santo Padre, se dirigiu à Secretaria de Estado, onde se encontrou com o cardeal secretário de Estado, Pietro Parolin, acompanhado pelo dom Paul Richard Gallagher, secretário para as Relações com os Estados e Organizações Internacionais. Durante as "conversas cordiais", segundo um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, "foi expressa a satisfação pelas boas relações bilaterais e o desejo de fortalecê-las ainda mais". Em seguida, abordaram a "valiosa contribuição que a Igreja oferece ao país, especialmente no campo da educação, bem como na área da caridade". "Na continuação da conversa", informa ainda a nota do Vaticano, "foram abordados alguns temas de interesse mútuo, como a migração e a situação regional, renovando o compromisso recíproco de promover o bem comum do povo dominicano".

A troca de presentes

No momento da tradicional troca de presentes, o Papa ofereceu ao Chefe de Estado uma obra de bronze intitulada Amor Social, representando uma criança ajudando outra a se levantar, com a inscrição "Amar Ajudar", juntamente com volumes de documentos papais, a Mensagem para a Paz deste ano e o livro sobre a Statio Orbis de 27 de março de 2020, editado pela LEV. Por sua vez, Abinader deu ao Papa um rosário feito de prata e pedras semipreciosas da República Dominicana.

 

- O pesar do Papa pelo deslizamento de terra devastador em Papua Nova Guiné

Num telegrama assinado pelo secretário de Estado Vaticano, cardeal Pietro Parolin, enviado ao núncio apostólico da Papua Nova Guiné, dom Mauro Lalli, Francisco assegura sua proximidade às famílias das vítimas do deslizamento de terra: mais de 2 mil pessoas soterradas, de acordo com as previsões da ONU. Do Pontífice, orações e encorajamento para as operações de resgate dos desaparecidos.

O Papa Francisco expressa “profundo pesar” pela tragédia que atingiu a Papua Nova Guiné, onde um deslizamento de terra na província de Enga atingiu dezenas de casas e algumas aldeias e causou até agora, segundo as previsões das Nações Unidas, 2 mil mortos soterrados. Num telegrama assinado pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, enviado ao núncio apostólico na Papua Nova Guiné, dom Mauro Lalli, país que o Pontífice visitará em setembro próximo, o Papa Francisco assegura “a sua proximidade espiritual” a todos aqueles que foram afetados por este desastre.

Orações pelos esforços de socorro

O Papa reza pelos mortos e “por aqueles que choram a sua perda”; assegura também orações pelas operações de resgate em andamento “das muitas pessoas desaparecidas”. O Papa encoraja as autoridades civis e as pessoas engajadas na emergência “na medida em que continuam os seus esforços de resgate”. Francisco invoca “bênçãos divinas de consolação e força”.

O desastre

Uma enorme quantidade de terra se soltou de uma montanha na noite de quinta para sexta-feira, 23 e 24 de maio, numa área montanhosa e quase inacessível de Papua Nova Guiné. O deslizamento de terra enterrou mais de 2 mil pessoas vivas e causou grande destruição, informou o centro nacional de desastres do país ao escritório da ONU em Port Moresby. Estima-se também que o deslizamento de terra tenha destruído cerca de 150 casas, divididas em seis vilarejos, habitados por pelo menos 4 mil pessoas. A dificuldade em estabelecer com precisão um número de mortos se deve ao fato de o desastre ter ocorrido numa área de difícil acesso e também ao recente fluxo de muitas pessoas para a região, fugindo de conflitos tribais nas áreas vizinhas.

 

- Unicef, a diretora Russell encontra o Papa: apelo de paz e proteção às crianças

A responsável pela organização da ONU para a infância concluiu ontem uma visita de três dias a Roma e participou do primeiro Dia Mundial das Crianças no Vaticano. Em seguida, um encontro privado na Casa Santa Marta com Francisco, acompanhado por dez crianças: como presente, dois quadros da República Democrática do Congo.

A diretora-geral do Unicef, Catherine Russell, concluiu no domingo, 26 de maio, uma visita de três dias a Roma, onde se encontrou com o Papa Francisco e se juntou a milhares de crianças por ocasião do primeiro Dia Mundial das Crianças, organizado pelo Vaticano para ajudar a incentivar a ação global em favor de milhões de crianças afetadas pela pobreza, conflitos e crise climática. "Não é fácil ser criança no mundo de hoje. Centenas de milhões de crianças continuam com suas vidas ceifadas por guerras e violência, pobreza e desigualdade, e pelo impacto das mudanças climáticas, como secas, incêndios, tempestades mais fortes e poluição", disse Russell. "O Papa Francisco alertou contra a globalização da indiferença. Precisamos transformar a indiferença e o desrespeito aos direitos e ao bem-estar das crianças em uma globalização de paz, bondade e cuidado com cada criança em todos os lugares."

Encontro com o Papa

Russell, de acordo com uma nota do Unicef, uniu-se ao Papa Francisco e a dezenas de milhares de crianças de todo o mundo, inclusive de países devastados pela guerra, juntamente com pais, celebridades locais e centenas de voluntários do Unicef no Estádio Olímpico de Roma. Durante o evento, organizado pelo Dicastério para a Cultura e a Educação da Santa Sé, Russell pediu às crianças presentes no estádio e àquelas que estavam assistindo ao redor do mundo que ajudassem a criar um mundo mais pacífico, equitativo e habitável. Acompanhada por dez crianças, a responsável pelo órgão da ONU se reuniu de forma privada com o Papa Francisco na Casa Santa Marta; também estavam presentes o padre Enzo Fortunato e Aldo Cagnoli, organizadores do JMC. Russell entregou duas pinturas de crianças da República Democrática do Congo, um país devastado pela guerra, onde as crianças sofrem terríveis violências e privações, que tanto o Papa quanto Russell visitaram nos últimos anos.

Construir um mundo amigável às crianças

"Em qualquer conflito ou desastre, as crianças são sempre as primeiras a sofrer, e são as que mais sofrem", disse Russell. "Precisamos ouvir as vozes das crianças e realizar um mundo amigável para elas. Não podemos ser complacentes quando crianças são mortas, feridas e privadas de seu futuro." Como afirma o Unicef, cerca de 400 milhões de crianças - ou cerca de 1 em cada 5 crianças - vivem em zonas de conflito ou fogem delas, em lugares como Gaza, Haiti, República Democrática do Congo, Sudão, Ucrânia e Iêmen. Ao mesmo tempo, mais de 1 bilhão de crianças vivem atualmente em países que correm um "risco extremamente alto" pelos impactos das mudanças climáticas.

 

Fonte: Vatican News