Aceitando o convite dos respetivos Chefes de Estado e das autoridades eclesiásticas, o Papa Francisco realizará uma Viagem Apostólica à Indonésia, Papua-Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura de 2 a 13 de setembro. É o que informa o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni.
O Santo Padre estará em Jacarta de 3 a 6 de setembro, em Port Moresby e Vanimo de 6 a 9 de setembro, em Díli de 9 a 11 de setembro e em Singapura de 11 a 13 de setembro.
O “programa da viagem”, especifica Bruni, “será publicado em tempo oportuno”.
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- Papa: generosidade e solidariedade como resposta ao individualismo e à indiferença
O Papa Francisco agradeceu aos membros da "Papal Foundation" (Fundação Papal), recebidos em audiência na Sala Clementina do Palácio Apostólico por ocasião da peregrinação anual a Roma. O apoio oferecido pela instituição "a projetos educativos, caritativos e apostólicos" promove o "desenvolvimento integral", especialmente dos "pobres, refugiados, imigrantes" e também de "um número crescente de pessoas afetadas pela guerra e pela violência". E é também por meio de bolsas de estudo que a Fundação permite que "leigos, homens e mulheres consagrados, seminaristas e sacerdotes de países em desenvolvimento" continuem seus estudos nas Universidades Pontifícias em Roma. Em mais de vinte anos, 1.700 pessoas já foram beneficiadas, recebendo dessa forma "as ferramentas para testemunhar mais efetivamente o Evangelho, tanto em seus países de origem quanto em outros lugares".
"Por meio dessas diversas e louváveis iniciativas, vocês continuam a ajudar os Sucessores de Pedro a fazer crescer numerosas Igrejas locais e a cuidar de tantas pessoas desfavorecidas, em resposta à confiança que o Senhor confiou ao Apóstolo. Por toda a generosidade que demonstram, expresso minha sincera gratidão."
A Papal Foundation é uma obra que "encontra sua fonte e inspiração" na fé católica, na qual, enfatizou Francisco, deve "ser continuamente alimentada pela participação na vida da Igreja, pelos Sacramentos e pelo tempo passado em silêncio na presença do Senhor em oração e adoração".
"Não se esqueçam de adorar: a oração de adoração, nós a negligenciamos; devemos retomá-la. Adorar, em silêncio."
O Papa recordou que a Igreja está se preparando para celebrar o Jubileu de 2025 com o Ano da Oração. Ao perseverar na oração, nos tornamos "pouco a pouco 'um só coração e uma só alma', tanto com Jesus quanto com os outros", acrescentou Francisco, e isso "se traduz em solidariedade e no compartilhamento do pão de cada dia".
"Os programas da Papal Foundation promovem um vínculo espiritual e uma conexão fraterna com pessoas de muitas culturas, idiomas e regiões diferentes que recebem assistência. O serviço prestado é ainda mais necessário em nossa época, marcada pelo individualismo e pela indiferença."
A Fundação Papal anunciou que este ano doará 14,7 milhões em subsídios, bolsas de estudo e ajuda humanitária para o serviço do Papa e da Igreja Católica em todo o mundo. Este ano, a entidade distribuirá quase 10 milhões em subsídios para apoiar 118 projetos para os mais pobres em mais de 60 países e fornecerá aproximadamente 1 milhão de dólares em bolsas de estudo que permitirão que mais de 100 padres, freiras e seminaristas estudem em Roma com o Programa de Bolsas de Estudo São João Paulo II. Por fim, a Fundação também fornecerá ajuda humanitária por meio de seu Fundo de Missão, alocando US$4 milhões em recursos de emergência para tempos de crise, para alimentar os famintos, cuidar dos doentes e fornecer abrigo aos desalojados.
- Celebrações do Papa Francisco nos meses de abril e maio
O calendário das celebrações litúrgicas presididas pelo Papa Francisco para as próximas semanas inclui como primeiro compromisso a visita pastoral a Veneza, em 28 de abril.
Por ocasião da solenidade da Ascensão do Senhor, em 9 de maio, às 17h30 locais (12h30 de Brasília), o Papa presidirá as Segundas Vésperas com a entrega e a leitura da Bula de anúncio do Jubileu 2025.
No domingo de Pentecostes, 19 de maio, será a vez da Missa na Basílica de São Pedro, às 10 horas locais (5h de Brasília).
Por fim, por ocasião da solenidade da Santíssima Trindade, no próximo dia 26 de maio, Jornada Mundial das Crianças, o Pontífice presidirá a Missa na Praça São Pedro, às 10h30 locais (5h30 de Brasília).
- Papa: paremos a guerra no Oriente Médio, as crianças precisam de lares e não de sepulturas
Um novo apelo para silenciar as armas, mais um triste clamor de repúdio à guerra, sempre com o olhar voltado para as vítimas em todo o Oriente Médio, de Israel a Gaza, da Síria ao Líbano. Francisco pede paz em sua mensagem para o fim do Ramadã, o mês sagrado do jejum islâmico, enviada à rede de televisão Al Arabiya.
“Estou angustiado com o conflito na Palestina e em Israel: cessem o fogo imediatamente na Faixa de Gaza, onde uma catástrofe humanitária está em andamento; que a ajuda chegue para a população palestina que está sofrendo tanto; que os reféns sequestrados em outubro sejam libertos! E penso na martirizada Síria, no Líbano, em todo o Oriente Médio: não deixemos que as chamas do rancor se alastrem, impulsionadas pelos ventos mortais da corrida armamentista! Não permitamos que a guerra se estenda! Detenhamos a inércia do mal!”
A recorrência do Ramadã, que coincidiu com a celebração da Páscoa cristã, como lembra o Papa em sua mensagem, "confronta-se fortemente com a tristeza pelo sangue que corre nas terras abençoadas do Oriente Médio". Francisco, portanto, pede que superemos a escuridão do ódio, envolvendo-nos com a luz da vida.
“Deus é paz e quer a paz. Quem acredita Nele não pode deixar de repudiar a guerra, que não resolve, mas aumenta o conflito. A guerra, não me canso de repetir, é sempre e somente uma derrota: é um caminho sem direção; não abre perspectivas, mas extingue a esperança.”
O Papa faz-se porta-voz do desejo de paz das famílias, dos jovens, dos trabalhadores, dos idosos, das crianças, pensando em suas lágrimas quando dizem basta à guerra:
“Basta! - Eu também repito - para aqueles que têm a grave responsabilidade de governar as nações: basta, pare! Por favor, parem com o barulho das armas e pensem nas crianças, em todas as crianças, como se fossem seus próprios filhos. Vamos todos olhar para o futuro com os olhos das crianças. Elas não perguntam quem é o inimigo a ser destruído, mas quem são os amigos com quem brincar; elas precisam de casas, parques e escolas, não de túmulos e covas!”
Assim como os desertos podem florescer na natureza, isso também pode acontecer no coração e na vida das pessoas e dos povos, afirma o Papa na conclusão do texto:
“Os brotos de esperança só germinarão dos desertos do ódio se soubermos como crescer juntos, lado a lado; se soubermos como respeitar as crenças dos outros; se soubermos como reconhecer o direito de cada povo de existir e o direito de cada povo de ter um Estado; se soubermos como viver em paz sem demonizar ninguém”
Francisco finaliza sua mensagem com um abraço aos cristãos que, "em meio a não poucas dificuldades", vivem no Oriente Médio, pedindo "que eles tenham sempre e em todos os lugares, o direito e a possibilidade de professar livremente sua fé, que fala de paz e fraternidade".
Fonte: Vatican News