Política

Mourão diz que resultado da eleição nos EUA não irá atrapalhar relação com o Brasil





O vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta terça-feira (8) que a relação com os Estados Unidos é baseada mais em princípios do que no governante de turno. “Independente do presidente que estiver nos Estados Unidos a nossa agenda coincide exatamente naquilo que eu considero principal: que são princípios e valores”, disse Mourão, minimizando possibilidade de eleição do candidato adversário.

Desde que foi eleito, Jair Bolsonaro buscou aproximação com o presidente americano, Donald Trump, que em 2020 disputa um segundo mandato na Casa Brando tendo como adversário Joe Biden ex-vice do presidente Barack Obama. “É óbvio que a vitória do Trump, pela empatia que ele e o presidente Bolsonaro desenvolveram, facilita em termos de alguns avanços nas negociações”, completou o vice-presidente. Bolsonaro já esteve quatro vezes nos Estados Unidos, a última em março, pouco antes da pandemia estourar no Brasil.

Sobre as relações com a Argentina, Mourão disse que o país é um parceiro comercial importantíssimo para o Brasil, mas expressou preocupação com a economia do país comandado por Alberto Fernández. “Ultimamente nós vemos com preocupação a situação que a Argentina vive, pela inflação elevada, uma dívida elevada, uma situação econômica complicada com intervenção estatal excessiva”, pontuou. “Isso nos preocupa porque a Argentina estando bem, nós estaremos melhor ainda.”

Em outubro de 2019,  Bolsonaro lamentou o resultado do pleito argentino, que elegeu a chapa peronísta encabeçada por Alberto Fernández e que tem a ex-presidente Cristina Kirchner como vice. Segundo ele, a Argentina “escolheu mal”. Ele decidiu não comparecer à posse de Fernández e enviou como representante o vice-presidente Hamilton Mourão.

Leilão 5G

Mourão lembrou que a disputa em torno do leilão de frequências que será feito em 2021 no Brasil se insere na guerra tecnológica e comercial entre EUA e China. Ele pontuou que cabe ao Brasil ser claro nas exigências para as empresas que irão participar do leilão.

“Brasil tem que entender que temos que buscar nossos interesses, sempre, com pragmatismo e com flexibilidade”, disse o vice-presidente Hamilton Mourão em transmissão ao vivo nesta tarde. “A empresa chinesa [Huawei] tem que deixar claro que ela vai estar de acordo com nossas regras de transparência, de segurança e de compliance”.

Fonte: Congresso em foco