Cultura

Papa Francisco: falar a verdade sem separá-la da caridade





O Papa Francisco recebeu na manhã desta segunda-feira, no Vaticano, por ocasião do 25º aniversário da sua fundação, os dirigentes e funcionários da TV2000 e do circuito inBlu2000, da Conferência Episcopal Italiana.

Depois de saudar na Sala Paulo VI, no Vaticano, dom Giuseppe Baturi, Secretário Geral da Conferência Episcopal Italiana, e dom Piero Coccia, Presidente da Fundação "Comunicação e Cultura" e da "Rete in Blu", e todos os que trabalham nesses meios de comunicação da Conferência Episcopal Italiana, Francisco recordou que se passaram dez anos desde o último encontro e muita coisa mudou no cenário da mídia.

A inovação tecnológica transformou a maneira como o conteúdo é produzido, bem como seu uso; e agora a inteligência artificial "também está mudando radicalmente a informação e a comunicação e, por meio delas, alguns dos fundamentos da coexistência civil".

Nesse turbilhão, - disse Francisco - que parece arrastar não apenas os operadores do setor, mas um pouco de todos nós, há, no entanto, alguns princípios que permanecem fixos, como estrelas para as quais olhar a fim de se orientar e não perder o rumo.

E, mais uma vez, o Papa enfatiza a importância de incorporar a fé na cultura, particularmente por meio do testemunho, contando histórias nas quais a escuridão ao nosso redor não apaga a luz da esperança. É fundamental lembrar e viver esse pertencimento.

Então Francisco indica três palavras para continuar no caminho de trabalho dos comunicadores.

A primeira é a proximidade. Todos os dias, disse - por meio da televisão ou do rádio - vocês estão próximos de muitas pessoas, que encontram em vocês amigos de quem podem receber informações, com quem podem passar um tempo agradável ou descobrir novas realidades, experiências e lugares. E essa proximidade também se estende aos territórios e subúrbios onde as pessoas vivem. Eu os encorajo a continuar a criar redes, a tecer laços, a contar as coisas boas e bonitas de nossas comunidades, a tornar protagonistas aqueles que geralmente acabam como figurantes ou nem sequer são considerados.

A comunicação - nós sabemos disso, frisou o Papa - corre o risco de se achatar a certas lógicas dominantes, de se curvar ao poder ou até mesmo de construir notícias falsas. E a advertência de Francisco: “não caiam na tentação de se alinhar, vão contra-a-corrente, sempre usando as solas de seus sapatos e conhecendo pessoas. Somente assim você poderá ser "autêntico por vocação", como diz um de seus slogans. E nunca se esqueçam daqueles que estão à margem, os pobres, os solitários, os descartados.

A segunda palavra do Papa é coração. “Nos últimos anos, vocês a encontraram com frequência nas Mensagens para o Dia Mundial das Comunicações”. Pode parecer fora de lugar justapor o coração com o mundo tecnológico, como o mundo da comunicação é agora, mas tudo se origina daí.

“Não se pode observar um fato, não se pode entrevistar alguém, não se pode contar algo, a menos que se parta do coração”. De fato, a comunicação não se resolve na transmissão de uma teoria ou na execução de uma técnica, mas é uma arte que tem em seu centro a "capacidade do coração que torna possível a proximidade".

Isso torna possível abrir espaço para o outro - afastando-se um pouco de si mesmo -, libertar-se das correntes do preconceito, falar a verdade sem separá-la da caridade. Nunca separe os fatos do coração! E depois, ter coragem. Não é por acaso que "coragem" deriva de cor (coração). Aquele que tem coração também tem a coragem de ser alternativo, sem se tornar polêmico ou agressivo; de ser confiável, sem ter a pretensão de impor seu próprio ponto de vista; de ser um construtor de pontes.

A terceira palavra é responsabilidade. Todos devem fazer sua parte para garantir que todas as formas de comunicação sejam objetivas, respeitem a dignidade humana e estejam atentas ao bem comum. Dessa forma, poderemos consertar as fraturas, transformar a indiferença em acolhimento e relacionamento.

A sua profissão tem o caráter de uma vocação: vocês são chamados a ser mensageiros que informam com respeito e competência, combatendo as divisões e a discórdia. E sempre lembrando que no centro de cada serviço, cada artigo, cada programa está a pessoa.

Prossigam nesse caminho, concluiu Francisco, lembrando-se do que seu patrono, São Francisco de Sales, costumava dizer: "Não é pela grandeza de nossas ações que agradamos a Deus, mas pelo amor com que as praticamos".

 

- O Papa: a vida, como o esporte, é um desafio que nos permite melhorar

"Nem no tênis nem na vida podemos vencer sempre, mas será um combate enriquecedor se, jogando educadamente e de acordo com as regras, aprendermos que não é um combate, mas sim um diálogo que envolve o nosso esforço e nos permite melhorar", disse Francisco ao Real Clube de Tênis de Barcelona.

O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta segunda-feira (29/01), na Sala dos Papas, no Vaticano, uma delegação do Real Clube de Tênis de Barcelona pelos seus 125 anos de fundação.

O Pontífice manifestou satisfação em receber este clube esportivo e em seu discurso salientou "mais uma vez as oportunidades que o esporte oferece para o crescimento de cada pessoa e de cada sociedade". Francisco parabenizou os italianos pela vitória, no último domingo, na Austrália, do tenista italiano Jannik Sinner.

O tênis em particular, por não ser um jogo de equipe, mas individual ou em pares, apresenta uma faceta interessante para nossa reflexão. Parece que o confronto entre os jogadores tem a ver, acima de tudo, com o desejo de estar acima do adversário. No entanto, se olharmos para a história do seu clube podemos constatar que na realidade, desde sua origem inglesa, ele é uma expressão da abertura dos fundadores para o bem que poderia vir do exterior e para um diálogo com outras culturas, o que lhes permitiu dar vida a novas realidades.

Segundo Francisco, "esta é uma lição tão válida para os nossos dias como foi 125 anos atrás. Nem no tênis nem na vida podemos vencer sempre, mas será um combate enriquecedor se, jogando educadamente e de acordo com as regras, aprendermos que não é um combate, mas sim um diálogo que envolve o nosso esforço e nos permite melhorar".

No campo de jogo, assim como no campo da existência, às vezes nos sentimos sozinhos, às vezes apoiados por quem joga conosco neste jogo da vida. Mas, mesmo quando jogamos "individualmente", estamos sempre na presença do Senhor, que nos ensina o que significa o respeito, a compreensão e a necessidade de comunicação constante com o outro.

Para finalizar, o Papa recordou que o Real Clube de Tênis de Barcelona formou "figuras internacionais do tênis". Isso "é um grande desafio, mas quando trabalhamos com as crianças, que sonham com um futuro esportivo de excelência, as exigências do treinamento não podem estar acima do crescimento integral delas", disse ainda o Papa.

Segundo Francisco, "não há nada mais importante do que esse desenvolvimento humano e espiritual. Portanto, cuidem das crianças, daquelas que podem se beneficiar dos valores do esporte em ambientes sociais complexos e também daquelas que poderão ter sucesso na alta competição". "Que elas não deixem de ser crianças", concluiu.

 

- Guerra na Terra Santa, o Papa: sem os dois Estados, a verdadeira paz permanece distante

Entrevista de Francisco ao jornal italiano La Stampa: “é urgente um cessar-fogo global, estamos à beira do abismo”. Sobre a declaração Fiducia supplicans: “Confio que todos se tranquilizem, visa incluir, não dividir”. “Sinto-me um pároco. De uma paróquia planetária"

"Havia o acordo de Oslo, muito claro, com a solução de dois Estados. Enquanto esse acordo não for aplicado, a verdadeira paz permanece distante." Esta é a consideração sobre o que está acontecendo na Terra Santa, depois dos ataques do Hamas e da guerra que destrói as cidades da Faixa de Gaza, que o Papa Francisco confia a Domenico Agasso, vaticanista do jornal La Stampa, na entrevista hoje nas bancas. Francisco, falando dos numerosos conflitos em curso, convida a rezar pela paz, indica o diálogo como único caminho e pede para “parar imediatamente as bombas e os mísseis, pôr fim às atitudes hostis. Em todos os lugares”, um “cessar-fogo global” porque “estamos à beira do abismo”.

Esperanças para a Terra Santa e a Ucrânia

O Papa explica a sua contrariedade em definir uma guerra como “justa”, preferindo dizer que é legítimo defender-se, mas evitando “justificar as guerras, que são sempre erradas”. Afirma temer uma escalada militar mas que cultiva alguma esperança "porque estão sendo realizadas reuniões reservadas para tentar chegar a um acordo. Uma trégua já seria um bom resultado." Francisco define o cardeal Pizzaballa como “uma figura crucial”, que “se movimenta bem” e procura fazer uma mediação, recorda de diariamente fazer uma videochamada para a paróquia de Gaza e afirma também que “a libertação dos reféns israelenses” é uma prioridade. No que diz respeito à Ucrânia, na entrevista o Sucessor de Pedro recorda a missão ao cardeal Zuppi: "A Santa Sé está tentando mediar a troca de prisioneiros e o retorno dos civis ucranianos. Em particular, estamos trabalhando com a Sra. Maria Lvova-Belova, a comissária russa para os direitos da infância, para o repatriamento de crianças ucranianas levadas à força para a Rússia. Alguma já voltou para sua família".

Fiducia supplicans deseja incluir

Na entrevista, Francisco recorda que "Cristo chama todos para dentro" e referindo-se à declaração que permite bênçãos para casais irregulares e do mesmo sexo, explica: "O Evangelho é para santificar a todos. Claro, desde que exista boa vontade. E é necessário dar instruções precisas sobre a vida cristã (sublinho que não se abençoa a união, mas as pessoas). Mas pecadores somos todos: por que então fazer uma lista de pecadores que podem entrar na Igreja e uma lista de pecadores que não podem estar na Igreja? Este não é o Evangelho."

No que diz respeito às críticas ao documento, o Papa observa que " aqueles que protestam veementemente pertencem a pequenos grupos ideológicos", enquanto define o dos africanos como "um caso à parte", dado que "para eles, a homossexualidade é algo 'ruim' do ponto de vista cultural, não a toleram". Mas no geral, "confio que gradualmente todos se tranquilizem em relação ao espírito da declaração" que "visa incluir, não dividir. Convida a acolher e depois confiar as pessoas e confiar-nos a Deus”. Francisco admite que às vezes se sente sozinho, “mas de qualquer forma sigo em frente, dia após dia” e diz não temer cismas: “Na Igreja sempre houve pequenos grupos que manifestavam reflexões de nuances cismáticas... devemos deixá-los fazer e passar... e olhe em frente".

Inteligência artificial, oportunidades e perigos

O Papa aborda então o tema de sua recente mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, dedicado à inteligência artificial, que ele define como "um belo passo à frente que pode resolver muitos problemas, mas que potencialmente, se administrado sem ética, também pode provocar muitos danos ao homem". O objetivo é que ela "esteja sempre em harmonia com a dignidade da pessoa", caso contrário "será um suicídio".

Próximas viagens

Francisco diz que se sente bem, apesar de algumas dores, e não está pensando neste momento em renunciar. Ele recorda as próximas viagens à Bélgica, Timor Leste, Papua Nova Guiné e Indonésia em agosto. Define “entre parênteses” a hipótese de uma viagem à Argentina, dizendo que não se sentiu ofendido com as palavras de Milei durante a campanha eleitoral e confirma que se encontrará com o novo presidente nos próximos dias, logo após a canonização da santa argentina "Mama Antula", prevista para 11 de fevereiro. Pronto para dialogar com ele.

A Igreja que virá e o Conclave de 11 anos atrás

Depois de recordar o Dia Mundial das Crianças, que "elas são mestras de vida" e devem ser escutadas, o Papa reitera seu sonho de uma "Igreja em saída" e lembra o que aconteceu depois de suas palavras durante as congregações gerais que precederam o Conclave de 2013: "depois de meu discurso houve aplausos, inéditos em tal contexto. Mas eu absolutamente não havia intuído o que muitos me revelariam mais tarde: aquele discurso foi minha 'condenação' (sorri, nda). Quando eu estava saindo da "Sala do Sínodo", um cardeal que falava inglês me viu e exclamou: "Muito bom o que você disse! Belo. Belo. Precisamos de um Papa como o senhor!" Mas eu não havia percebido a campanha que estava se formando para me eleger. Até o almoço de 13 de março, aqui na Casa Santa Marta, poucas horas antes da votação decisiva. Enquanto comíamos, fizeram-me duas ou três perguntas "suspeitas"... Então, na minha cabeça, comecei a dizer a mim mesmo: "Algo estranho está acontecendo aqui...". Mas ainda consegui tirar uma soneca. E quando me elegeram, tive uma surpreendente sensação de paz dentro de mim". Enfim, Francisco confidenciou à “La Stampa” que se sente como "um pároco. De uma paróquia muito grande, planetária, é claro, mas gosto de manter o espírito de um pároco. E estar entre as pessoas. Onde eu sempre encontro Deus".

 

- Papa diz que africanos são "caso especial" sobre bênçãos a casais LGBT 

O papa Francisco disse, em entrevista publicada nesta segunda-feira (29), que os africanos são um "caso especial" na oposição dos bispos e de outras pessoas no continente à homossexualidade.

Ele afirmou que está confiante de que, com exceção dos africanos, os críticos de sua decisão de permitir bênçãos para casais do mesmo sexo acabarão entendendo.

As bênçãos foram permitidas no mês passado, em documento chamado Fiducia Supplicans (Confiança Suplicante), que causou debate generalizado na Igreja Católica, com uma resistência particularmente forte dos bispos africanos.

"Aqueles que protestam veementemente pertencem a pequenos grupos ideológicos", disse Francisco ao jornal italiano La Stampa. "Um caso especial são os africanos: para eles, a homossexualidade é algo 'ruim' do ponto de vista cultural, eles não a toleram".

"Mas, em geral, confio que gradualmente todos serão tranquilizados pelo espírito da declaração Fiducia Supplicans do Dicastério para a Doutrina da Fé: ela visa incluir, não dividir", afirmou o papa.

Na semana passada, Francisco pareceu reconhecer a resistência que o documento recebeu, especialmente na África, onde os bispos efetivamente o rejeitaram e onde, em alguns países, a relação homossexual pode levar à prisão ou até mesmo à pena de morte.

Ele disse que quando as bênçãos são dadas, os sacerdotes devem "naturalmente levar em conta o contexto, as sensibilidades, os lugares onde se vive e as formas mais apropriadas de fazer isso".

Na entrevista ao La Stampa, Francisco disse que não está preocupado com o risco de os conservadores se afastarem da Igreja Católica devido às suas reformas, dizendo que a conversa sobre um cisma é sempre liderada por "pequenos grupos"

Voltando-se para Israel e os palestinos, o papa afirmou que a "verdadeira paz" entre eles não se materializará até que uma solução de dois Estados seja implementada e lamentou que o conflito esteja se ampliando.

Francisco confirmou que está programado encontro com o presidente de seu país natal, a Argentina, Javier Milei, em 11 de fevereiro, e há possibilidade de finalmente visitar o país - para onde ele não voltou desde que se tornou papa em 2013.

 

- Presidente da Guiné-Bissau Umaro Embaló recebido pelo Papa no Vaticano

O encontro teve início às 8h55 e se estendeu até às 9h15. A situação social do país africano foi um dos temas do encontro entre os dois Chefes de estado.

Hoje, 29 de janeiro de 2024, o Santo Padre Francisco recebeu em Audiência no Palácio Apostólico Vaticano, o Presidente da República da Guiné-Bissau, S.E. Umaro Sissoco Embaló, que posteriormente se encontrou com Sua Eminência o Senhor Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado de Sua Santidade, acompanhado por S.E. Monsenhor Paul Richard Gallagher, Secretário para as Relações com os Estados e as Organizações Internacionais.

Durante os cordiais colóquios na Secretaria de Estado, foram destacadas as boas relações entre a Santa Sé e a Guiné-Bissau, focou-se em alguns aspetos da situação social do país e foi posto em relevo o contributo da Igreja para o bem comum, especialmente nos campos educativo e sanitário.

O Santo Padre ofereceu ao mandatário africano uma escultura em bronze, uma coletânea de documentos pontifícios e a Mensagem para a Paz de 2024.

 

- China: consagrado o bispo da nova diocese de Weifang

O sacerdote Anthony Sun Venjun foi nomeado por Francisco em 20 de abril de 2023. O Papa ha ereto a diocese após ter suprimido a Prefeitura Apostólica de Yiduxian: ambas as decisões foram tornadas públicas nesta segunda-feira, 29, dia da consagração

Foi criada na China a nova Diocese de Weifang e hoje, segunda-feira, 29 de janeiro, foi consagrado seu novo pastor. Trata-se do sacerdote Anthony Sun Venjun. Ambas as decisões – a relativa à nova diocese e à nomeação do seu primeiro pastor – remontam a abril de 2023, mas foram divulgadas no dia da consagração do bispo. A nomeação ocorreu no âmbito do Acordo Provisório entre a Santa Sé e a República Popular da China.

"No desejo de promover o cuidado pastoral do rebanho do Senhor e de atender de forma mais eficaz ao seu bem espiritual, na data de 20 de abril de 2023 - lê-se no comunicado divulgado pela Sala de Imprensa da Santa Sé - , o Sumo Pontífice Francisco decidiu suprimir na China continental a Prefeitura Apostólica de Yiduxian, erigida em 16 de junho de 1931 pelo Papa Pio XI, desmembrando o território do Vicariato Apostólico de Zhifu (hoje Diocese de Yantai), e ao mesmo tempo erigir a nova Diocese de Weifang, sufragânea de Jinan, Província de Shandong, com sede episcopal na igreja catedral de Cristo Rei, localizada em Quingzhou, cidade de Weifang."

"As fronteiras eclesiásticas da nova diocese – continua o comunicado – compreenderão as seguintes áreas: os bairros de Weicheng, Hanting, Fangzi e Kuiwen; as quatro “zonas” de desenvolvimento municipais; os condados de Linju e Changle; as cidades de Qingzhou, Zhucheng, Shouguang, Anqiu, Gaomi e Changyi. Por sua vez, a parte oriental dos bairros de Laiwu foi anexada à Arquidiocese de Jinan; enquanto os bairros de Boshane di Linzi, os condados de Guangrao, Boxing e Gaoquing foram anexados à Diocese de Zhoucun".

O bispo de Linyi, Giovanni Fang Xingyao – relata a Agência Fides – presidiu a solene consagração. Participaram da liturgia outros quatro bispos chineses, 44 sacerdotes e mais de 330 entre religiosos e fiéis leigos. “Graças ao Senhor, correu tudo muito bem!” comentaram os fiéis católicos da nova Diocese de Weifang.

O novo bispo consagrado esta segunda-feira, Anthony Sun Wenjun nasceu em novembro de 1970. Estudou no Seminário de Sheshan, em Xangai, de 1989 a 1994. Foi ordenado sacerdote em 1995, na Paróquia de Xishiku, em Pequim. Posteriormente, prestou serviço pastoral em Shandong de 2005 a 2007. Entre 2007 e 2008 morou na Irlanda para dar continuidade à sua formação. Sucessivamente retornou a Weifang, onde continuou a exercer seu ministério.

Fides sublinha que a história da Diocese de Weifang, antiga Prefeitura Apostólica de Yiduxian desde 1931, está ligada à missão evangelizadora realizada naquela terra pelos franciscanos franceses. A diocese estava sem bispo (“sede vacante”) desde 2008.

Durante os anos de vacância da sede episcopal, a comunidade eclesial diocesana – continua Fides – continuou a caminhar na unidade e a manifestar vivamente o seguimento de Cristo e a paixão de anunciar o Evangelho, em comunhão com o Papa e com a Igreja de Roma .

O território da nova Diocese de Weifang conforma-se ao da capital Weifang, com uma área total de 16.167,23 km2 e uma população de 9.386.705 habitantes, dos quais cerca de 6 mil são católicos, assistidos por 10 sacerdotes e 6 religiosas.

Na diocese atua a Congregação feminina diocesana das Irmãs da Imaculada Conceição, muito presente na pastoral das paróquias e na animação das obras sociais. Em 2005, algumas delas participaram do Encontro da Comissão católica-chinesa para Obras de Caridade e Serviços Sociais, intitulado “Cuidar da Sociedade”. Nesta ocasião – conclui a informação de Fides – Irmã Zong Huaiying sublinhou que apesar das dificuldades e da escassez de recursos, era possível realizar um bom trabalho de assistência social, “com a bênção de Deus”.

Fonte: Vatican News