Grande festa na Sala Paulo VI para o encontro do Papa Francisco com os crismandos da arquidiocese de Bari-Bitonto, no sul da Itália.
Acolhido com cantos e muita animação, o Pontífice recordou que o Sacramento da Crisma também é chamado “Confirmação”, porque confirma o dom e o compromisso do Batismo. Francisco reforçou a importância de conhecer a data do batizado, não só as crianças, mas também pais e catequistas. E festejá-la como um segundo aniversário, com bolo e velas. “Um bolo a mais não é mal!”
Trata-se de uma “data importantíssima”, afirmou, porque nascemos para vida cristã, para a vida em Jesus, que dura para sempre, é eterna! Depois, se entra na grande família da Igreja e se recebe a maior herança que existe: o paraíso! Com a Crisma, tudo isto é confirmado, ou seja, se torna mais forte, graças ao Espírito Santo e à própria Igreja, que nos confia a tarefa de anunciar Jesus e o seu Evangelho. A quem recebe o sacramento, cabe a tarefa de vivê-lo como uma missão, como protagonistas e não expectadores.
Francisco propôs então o exemplo de um jovem como eles, Carlo Acutis, que usou a internet para evangelizar. E indicou três características do beato: oração, testemunho e caridade.
Carlo passava muito tempo com Jesus, especialmente na Missa, da qual participava diariamente. Rezava diante do Tabernáculo para depois anunciar a todos, com as palavras e os gestos de amor, que Deus nos ama e nos espera sempre.
“Então, jovens, enquanto se aproxima o dia da Crisma, proponho que também vocês façam assim. Vão até Jesus, encontrem-No, para depois dizer a todos que é belo estar com Ele, porque nos ama e nos espera sempre! Ou melhor, vamos dizê-lo juntos agora: Jesus nos ama e nos espera sempre!”
O Papa os incentivou a gritar esta mensagem não só com as palavras, mas sobretudo com os gestos de amor, ajudando os outros, especialmente os mais necessitados.
- Papa recorda o genocídio de Ruanda: "Guerra nunca mais!"
O genocídio de Ruanda foi tema de uma audiência do Papa na manhã deste sábado, 27 de janeiro.
Francisco acolheu os membros da Associação “Nolite timere”, que nasceu em prol das crianças de “Cité des Jeunes Nazareth” em Mbare, Ruanda, por iniciativa do então Núncio no país, Dom Salvatore Pennacchio. São João Paulo II foi o encorajador desta iniciativa em favor dos inúmeros órfãos provocados pelo genocídio em Ruanda em 1994.
“Aquele genocídio foi terrível, foi terrível. Jamais esquecê-lo para que não se repita.”
A Associação tem por tema “Doamos a esperança para recomeçar” e funciona através da adoção à distância, de modo que as crianças possam receber formação escolar e religiosa.
Num mundo em que se parecem multiplicar sempre mais muros e divisões entre as pessoas e os povos, esta história demonstra que a caridade não tem barreiras, disse o Papa. A guerra e as armas, acrescentou, tiram o sorriso e o futuro das crianças “e isso é trágico”.
Francisco agradeceu a contribuição de benfeitores e de quem oferece sua contribuição de maneira voluntária. “Ser voluntários è muito mais que prestar um serviço ou dar uma contribuição econômica: é uma escolha que nos torna abertos às necessidades do outro. O voluntário está aberto às necessidades do outro, nos torna artesãos de misericórdia: com as mãos, com os olhos, com os ouvidos atentos e com a proximidade.”
Por fim, um pedido de oração:
“Rezemos para que cessem no mundo violências e conflitos, devido aos quais ainda, infelizmente, demasiadas crianças continuam sofrendo, sendo exploradas e morrendo. E façamos eco, com força, das palavras de São Paulo VI: ‘Nunca mais a guerra!’.”
- Papa sobre o Holocausto: a lógica do ódio e da violência nunca pode ser justificada
O Santo Padre recebeu em audiência na manhã deste sábado, 27, no Vaticano, os embaixadores da Ordem Soberana Militar Hospitalária de São João de Jerusalém de Rodes e de Malta (Cavaleiros Hospitalários), que durante séculos serviu a Deus e à Igreja, segundo as regras do seu fundador, Beato Geraldo: "Promover a glória de Deus e a santificação dos membros, através do “tuitio fidei e obsequium pauperum"(“defesa da fé e respeito pelos pobres”), ao mesmo tempo.
Em relação ao “respeito pelos pobres”, disse o Papa, os membros da Ordem Soberana têm o costume de chamar seus assistidos de modo muito significativo: “senhores doentes”, na pessoa dos quais servem a Jesus.
Antes da sua paixão, Jesus recebeu, de Maria de Betânia, um ato de "obséquio": uma unção com óleo perfumado precioso. De fato, Cristo acolheu de bom grado este gesto, como um verdadeiro ato de amor, em vista da sua sepultura. Este mesmo obséquio de Maria foi continuado no tempo pelos seus discípulos, que, prestavam homenagem aos pobres, com amor e humildade, sem retórica e ostentação.
Desta forma, explicou Francisco, Cristo uniu a pregação do Evangelho ao serviço aos pobres. Porém, a “defesa da fé e o respeito pelos pobres” jamais devem ser separados. E acrescentou:
“Quando nos aproximamos dos últimos, dos doentes e aflitos, recordamos que este é um sinal da compaixão e ternura de Jesus. Por isso, o trabalho de vocês não é apenas humanitário, como algo digno de louvor de outras instituições, mas é um ato religioso, que dá glória a Deus no serviço aos mais frágeis e testemunha a predileção do Senhor por eles”.
Nesta perspectiva, afirmou o Papa, deve ser levada em consideração a atividade diplomática, que a Ordem desenvolve em 113 países e em 37 missões, junto a Organizações internacionais, pois esta é sempre uma das atividades de uma Ordem religiosa, que tem o objetivo de dar testemunho do amor de Deus aos necessitados.
Na verdade, recordou Francisco, não há duas realidades diferentes entre a Soberana Ordem Militar de Malta, organismo internacional, que se dedica às obras de caridade e à assistência social, e o Instituto religioso. A Ordem de vocês é “uma Ordem religiosa, aprovada pela Santa Sé”, que tem o objetivo de assegurar a realização dos seus objetivos e desenvolvimento no mundo".
Daqui, delineia-se a importância desta Ordem religiosa, no contexto internacional, como instrumento de ação apostólica, subordinada à Santa Sé e à obediência ao Papa, Supremo Superior de todos os Institutos religiosos. Por isso, é importante estabelecer uma relação de colaboração fecunda entre o representante diplomático da Ordem e o Legado Pontifício local, em uma ação conjunta para o bem da Igreja e da sociedade.
Neste sentido, o Santo Padre expressou sua satisfação pela terminologia utilizada no âmbito da Ordem, considerada “diplomacia humanitária”, e concluiu:
“O Representante Diplomático é portador do carisma da Ordem. Por isso, se sente chamado a desempenhar seu cargo como missão eclesial. A natureza peculiar da sua diplomacia é um testemunho precioso, um sinal eloquente também para outras embaixadas, cuja atividade visa o bem concreto do povo e a alta consideração pelos mais necessitados”.
- No encontro com Kiko Argüello, o encorajamento do Papa à missão
O encorajamento para continuar o trabalho de evangelização realizado há mais de cinquenta anos esteve no centro da audiência do Papa Francisco esta manhã, 27 de janeiro, à equipe internacional responsável pelo Caminho Neocatecumenal: o iniciador Kiko Argüello, o Padre Mario Pezzi e Ascensión Romero.
Durante o encontro, que teve lugar no Palácio Apostólico, a equipe – segundo uma nota – informou o Papa da Convivência mundial, recém concluída, com mais de mil itinerantes, responsável pelas 136 nações onde o Caminho Neocatecumenal está presente e os reitores dos 120 seminários diocesanos Redemptoris Mater.
Os responsáveis desta ampla realidade eclesial, nascida por volta da década de 1960 nos arredores de Madrid e difundida ao longo do tempo pelos cinco continentes, contaram ao Papa Francisco que durante a Convivência viveram “alguns dias de profunda comunhão no Senhor” e “viram, por meio experiências dos itinerantes, o poder do Espírito Santo que age em muitos afastados da Igreja que se alegram por terem encontrado o amor de Deus em Jesus Cristo”.
Da parte do Papa não faltou a memória da co-iniciadora Carmen Hernández, Serva de Deus, falecida em 2016. O Papa Francisco, segundo o comunicado do Caminho, “agradeceu e encorajou a Equipe a continuar o trabalho de evangelização que levam adiante em todo o mundo e com os Seminários Redemptoris Mater".
- Presidente da República Centro-Africana recebido pelo Papa no Vaticano
O Papa Francisco recebeu em audiência na manhã deste sábado, 27, o presidente da República Centro-Africana, Sr. Faustin Archange Touadéra, que posteriormente se encontrou com o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado, acompanhado pelo arcebispo Paul Richard Gallagher, secretário para as Relações com os Estados e Organismos Internacionais.
Durante os cordiais colóquios na Secretaria de Estado, foram destacadas as boas relações existentes entre a Santa Sé e a República Centro-Africana e recordado o importante papel desempenhado pela Igreja Católica no país em favor de toda a população. Ademais, foi recordada a visita do Santo Padre ao país em 2015, que contribuiu para promover gestos de distensão entre as confissões religiosas.
As partes também trocaram pontos de vista sobre alguns aspectos da situação social, política e humanitária, com votos de uma colaboração cada vez mais ativa a nível internacional para o bem comum da Nação. Também foram tratados temas concernentes à situação regional.
Na troca de presentes, o Santo Padre ofereceu ao mandatário africano uma escultura em bronze intitulada “Diálogo entre gerações", uma coletânia de documentos pontifícios e a Mensagem para a Paz deste ano.
Fonte: Vatican News