Cultura

Pesar de Papa Francisco pelas vítimas do tiroteio em Praga





Num telegrama assinado pelo cardeal Parolin, o Papa expressa sua proximidade espiritual a quantos foram afetados pelo que ele define como uma verdadeira "tragédia ". Há 15 mortos e cerca de vinte feridos. O governo da República Tcheca proclamou luto nacional para amanhã.

Com um telegrama, assinado pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, Francisco expressa seu pesar pelas vítimas do tiroteio na Charles University, em Praga.

Orações e proximidade espiritual

O Papa está "profundamente triste" com a notícia da perda de vidas e dos ferimentos causados pelo tiroteio na Charles University, em Praga, e expressa sua "proximidade espiritual a todos os afetados por essa tragédia". O Pontífice confia aqueles que morreram nessa circunstância "à misericórdia amorosa de Deus Todo-Poderoso".

Invoca a força e o consolo divino sobre suas famílias e amigos em luto e garante à nação suas orações nesse momento difícil.

Luto nacional neste sábado

O tiroteio ocorreu na quinta, 21 de dezembro, e deixou 15 mortos e 25 feridos, dez dos quais em estado grave. A Polícia tcheca está procurando o motivo que levou David Kozak, aparentemente um estudante exemplar, matriculado na Faculdade de Letras e com uma licença regular de porte de arma, mas com um arsenal em casa, a realizar um massacre na prestigiosa universidade de Praga. A polícia acredita que ele também matou seu pai e talvez outras duas pessoas, um pai de 32 anos e sua filha de dois meses, encontrados mortos há alguns dias na floresta de Katovice, nos arredores da cidade. Enquanto isso, a República Tcheca proclama este sábado, um dia de luto nacional.

Um plano anunciado

O ministro do Interior garantiu que os investigadores não suspeitam de nenhuma ligação com ideologias ou grupos extremistas. O jovem é descrito por quem o conhecia como um "nerd", introvertido, mas fascinado por armas. Ele foi encontrado morto no final da tarde agitada, fortemente armado e com munições: não se sabe se ele cometeu suicídio ou morreu devido aos ferimentos muito graves. Seu plano tinha sido anunciado no Telegram: "Quero atirar na escola e talvez me suicidar". Ontem à tarde, Kozak deveria ter assistido a uma aula programada e foi a Praga vindo de sua aldeia natal, Hostoun. A Polícia recebeu um aviso e correu para o local, mas não foi suficiente para evitar o pior.

 

 

-Krajewski enviado pelo Papa à Terra Santa para uma mensagem de paz

O esmoleiro chegou a uma das áreas mais conturbadas do mundo para rezar pela paz, neste tempo de Natal, junto com o Patriarca Pizzaballa e a Igreja local.

"Paz" é o dom que o Papa Francisco, especialmente neste tempo de Natal, invocou várias vezes nos muitos apelos lançados para pôr fim ao conflito entre Israel e Hamas, mas também para a martirizada Ucrânia que sofre há quase dois anos. Nesta terceira guerra mundial em pedaços, a oração se torna ação e se torna missão através do cardeal Konrad Krajewski, que Francisco enviou à Terra Santa, "como um sinal concreto de sua participação no sofrimento daqueles que vivem pessoalmente as consequências da guerra", afirma um comunicado do Dicastério para o Serviço da Caridade.

"De fato, é desejo do Santo Padre que esta viagem seja acompanhada pela oração para obter o dom da paz nos territórios onde ainda ressoa o som das armas", ressalta a nota. Uma paz que será invocada numa grande oração que o esmoleiro do Papa fará junto com o patriarca latino de Jerusalém, cardeal Pierbattista Pizzaballa, e toda a Igreja local, "para celebrar o nascimento de Jesus, o Príncipe da Paz e a única esperança do mundo".

Missões de oração, ajuda e paz

Para o cardeal Krajewski, este será mais uma vez um Natal longe de Roma. No ano passado, ele foi à Ucrânia para levar à população camisetas térmicas, doadas por milhares de pessoas também por meio de uma assinatura on-line, mas também para entregar geradores de energia. Ajuda material e espiritual são os dois caminhos pelos quais o esmoleiro cumpre o seu mandato. Também na Páscoa, outro momento forte para a Igreja, sentiu-se a proximidade do Papa à população ucraniana, com imagens tocantes de sua oração diante das valas comuns de Borodjanka, uma das áreas mais devastadas pelo conflito. O cardeal chega à Terra Santa com uma oração no coração, a mesma que o Papa Francisco recitou em 8 de junho de 2014 nos Jardins Vaticanos, na presença do presidente israelense Shimon Peres e do presidente palestino Mahmoud Abbas. Uma oração lembrada no comunicado da Esmolaria Apostólica e ainda muito relevante hoje:

Senhor Deus da paz, ouça nossa súplica!

Dá-nos a paz, ensina-nos a paz, guia-nos para a paz. Abra os nossos olhos e os nossos corações e nos dê a coragem de dizer: "Guerra nunca mais! ". "Com a guerra se destrói tudo!".

Infunda em nós a coragem de realizar gestos concretos para construir a paz e que do coração de cada homem sejam banidas as palavras: divisão, ódio e guerra!

Senhor, desarme as línguas e as mãos, renove os corações e as mentes, para que a palavra que nos une seja sempre "irmão", e o estilo de nossas vidas se torne: shalom, paz, salam!

 

Fonte: Vatican News