Cultura

Papa Francisco demite bispo Strickland do cargo nos EUA





O Vaticano anunciou hoje (11) que o papa Francisco destituiu o bispo Joseph Strickland de suas funções na diocese de Tyler, no Texas (EUA) e para substituí-lo nomeou um administrador apostólico.

A demissão do bispo Strickland ocorre após a conclusão de uma investigação formal, chamada visita apostólica, iniciada este ano pelo Dicastério para os Bispos do Vaticano sobre a diocese, que, segundo uma fonte, foram analisados o uso da mídia social pelo bispo e assuntos relacionados à administração diocesana.

Monsenhor Strickland, de 65 anos, atua como bispo de Tyler desde 2012. Ele era muito popular, mas polêmico. Enfrentou críticas por suas publicações fortes nas mídias sociais, entre elas um tweet de 12 de maio dizendo que o papa Francisco estava " enfraquecendo o depósito da fé".

O anúncio do Vaticano não revelou o motivo da demissão do prelado. O bispo de Austin, Joe Vasquez, será o administrador apostólico da diocese de Tyler até que um novo bispo seja nomeado.

Ao longo destes 10 anos de liderança do bispo Strickland em Tyler, a diocese vivenciou algumas mudanças significativas, incluindo a renúncia, em 2018, de três funcionários diocesanos, uma decisão que Strickland afirmou na época que colocaria a diocese na melhor situação possível para cumprir sua missão.

Mas o mandato do monsenhor Strickland também coincidiu com sinais favoráveis de saúde espiritual e administrativa em Tyler. Há atualmente 21 homens em formação sacerdotal para um território de 119.168 católicos. A diocese também está em boa situação financeira, em parte devido à sua capacidade de arrecadar 99% de sua meta de US$ 2,3 milhões para o "Apelo do Bispo" de 2021, seis meses antes do previsto.

Papa Francisco se reuniu na manhã de hoje (11),com o prefeito do Dicastério para os Bispos, cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, antes do anúncio da destituição do bispo Strickland.

A decisão do papa de retirar o prelado de seu governo pastoral da diocese do leste do Texas ocorre apenas dois dias antes do início da reunião plenária de outono dos bispos dos EUA, que será realizada entre 13 e 16 de novembro em Baltimore, Maryland.

 

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- Papa Francisco reza por Indi Gregory, menina que foi removida do suporte de vida

A decisão dos médicos do Queen's Medical Centre em Nottingham (Inglaterra) foi tomada depois que os juízes ingleses se recusaram a transferir a criança para a Itália. A partir de hoje, a criança tem cidadania italiana e o apoio do Hospital Pediátrico Bambino Gesù, em Roma, conhecido como o Hospital do Papa, que se dispôs a recebê-la e tratá-la.

O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, revelou hoje sábado o posicionamento do papa sobre o caso: "O papa Francisco se une à família da pequena Indi Gregory, seu pai e sua mãe, reza por eles e por ela, e dirige seu pensamento a todas as crianças que, neste exato momento, em todo o mundo, estão sofrendo ou correndo perigo por causa de doenças e guerras".

Dean Gregory, o pai da criança, agradeceu o gesto do papa. "Claire, Indi e eu estamos muito gratos e honrados por ouvir essas belas palavras do papa Francisco, estamos muito gratos", disse o pai da menina a um meio de comunicação local. Apesar de não serem religiosos, os pais decidiram batizar Indi no dia 22 de setembro.

A justiça do Reino Unido determinou que as 14h (horário local) do dia 11 de novembro seria o prazo final para desligar os aparelhos médicos que mantêm viva a menina, que sofre de uma grave doença mitocondrial.

Segundo os juízes, a transferência da menina, mesmo para sua casa, não era o melhor e ela foi transferida para um hospício, onde passará suas últimas horas ou dias de vida enquanto seu oxigênio é gradualmente reduzido.

O pai da criança disse que está "arrasado e com raiva porque o Reino Unido condenou uma criança viva à morte em vez de aceitar a oferta da Itália de tratá-la sem nenhum custo para o governo britânico".

O porta-voz do movimento Pro Vita e Famiglia, Jacopo Coghe disse em um comunicado hoje que proibir a transferência de Gregory para a Itália é "uma derrota para a humanidade, para a medicina, para a ciência e para a civilização ocidental".

"Esperamos que seja promovido rapidamente um acordo político institucional bilateral entre a Itália e o Reino Unido para permitir que no futuro os pais que desejarem possam trazer seus filhos doentes para a Itália. As pessoas devem ser tratadas na Itália para evitar eventos semelhantes a esse", disse ele.

Para o líder pró-vida, a sentença dos juízes ingleses "foi adotada com base em parâmetros totalmente eutanásicos com relação à dignidade da vida que nos levam aos períodos mais sombrios da nossa história atual: uma menina hoje morrerá de asfixia, não por causa de sua doença, mas porque um juiz impediu que seus pais a ajudassem a respirar".

Fonte: ACI Digital