Cultura

Guerra no Oriente Médio, telefonema entre o Papa e o presidente da Turquia





O líder de Ancara telefonou para Francisco nesta manhã (26/10) para expressar preocupação com a situação humanitária na Faixa de Gaza. Por meio de um comunicado, o diretor da Sala de Imprensa do Vaticano afirmou: "O Papa expressou tristeza pelo que está acontecendo e reiterou a posição da Santa Sé, esperando que seja possível alcançar uma solução de dois Estados e um estatuto especial para Jerusalém".

O presidente turco Recep Tayyip Erdoğan telefonou para o Papa Francisco nesta manhã para discutir a "situação dramática na Terra Santa". A informação foi divulgada pelo diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Matteo Bruni, confirmando as notícias difundidas pela presidência de Ancara.

"O Papa expressou sua tristeza pelo que está acontecendo e reiterou a posição da Santa Sé, esperando que seja possível alcançar uma solução de dois Estados e um estatuto especial para a cidade de Jerusalém", explicou Bruni.

O governo turco informou pela manhã que o presidente havia expressado ao Papa uma grande preocupação com o que está acontecendo em Gaza, referindo-se a isso como um "massacre".

Em 22 de outubro, Francisco conversou por telefone durante 20 minutos com o presidente dos EUA, Joe Biden, sobre situações de conflito no mundo e a necessidade de identificar caminhos para a paz.

 

- Francisco: devem ser desenvolvidas formas de economia que incluam os mais frágeis

O Papa enviou uma mensagem por ocasião da conferência "NINGUÉM EXCLUÍDO Crescer juntos num país mais igualitário", promovida pelo Banco Intesa: as finanças são uma arte que se baseia na confiança nas relações, que "só podem ser construídas através do desenvolvimento de uma cultura do encontro".

Economia e finanças, "orientadas para o bem comum e respeitosas da dignidade humana", foram e continuam sendo um tema querido aos magistérios dos Papas na era da globalização dos mercados.

Francisco o repetiu numa mensagem dirigida ao diretor administrativo do Banco Intesa, Carlo Messina, por ocasião da conferência "NINGUÉM EXCLUÍDO Crescer juntos num país mais igualitário" realizada nesta quinta-feira, 26 de outubro, em Bréscia, na Itália, que contou com a participação da irmã Alessandra Smerilli, secretária do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, que leu a mensagem do Papa.

Confiança, encontro e a arte das finanças

No texto, Francisco exorta a "fortalecer o processo de inclusão econômico-social dirigido com particular atenção aos mais frágeis e, em primeiro lugar, aos migrantes” e à implementação de “projetos de 'demografia para a sustentabilidade' que devem encontrar protagonistas jovens e idosos, e servir de antídoto contra a cultura do descarte".

O Papa recorda que as "razões e motivações originais da arte do crédito e das finanças" baseiam-se na “confiança e no uso do dinheiro como força vital do sistema econômico, para que todos possam ter a possibilidade de sucesso”. Uma arte que precisa de “confiança”, relações que Francisco espera que sejam “construídas apenas através do desenvolvimento de uma ‘cultura do encontro’ na qual cada voz possa ser ouvida e todos possam prosperar, encontrando pontos de contato, construindo pontes e imaginando projetos inclusivos a longo prazo”.

 

Fonte: Vatican News