O Papa presidiu, na manhã deste sábado, na Praça São Pedro, o nono Consistório de seu pontificado. Os 21 novos membros do Colégio Cardinalício foram anunciados por Francisco durante a oração do Angelus, no último dia 9 de julho.
Entre eles, 18 são eleitores: Robert Francis PREVOST, O.S.A., Claudio GUGEROTTI, Víctor Manuel FERNÁNDEZ, Emil Paul TSCHERRIG, Christophe Louis Yves Georges PIERRE, Pierbattista PIZZABALLA, Stephen BRISLIN, Ángel Sixto ROSSI, S.J., Luis José RUEDA APARICIO, Grzegorz RYŚ, Stephen Ameyu Martin MULLA, José COBO CANO, Protase RUGAMBWA, Sebastian FRANCIS, Stephen CHOW SAU-YAN, S.J., François-Xavier BUSTILLO, O.F.M. Américo Manuel ALVES AGUIAR e Ángel FERNÁNDEZ ARTIME, SDB. E três, possuem mais de 80 anos: Agostino MARCHETTO, Diego Rafael PADRÓN SÁNCHEZ, e Luis Pascual DRI, OFM Cap.
Em sua homilia, o Pontifice destacou o texto dos Atos dos Apóstolos: “Trata-se de um texto fundamental, a narração do Pentecostes, o batismo da Igreja. Mas aquilo que, na realidade, atraiu o meu pensamento foi um detalhe, ou seja, esta constatação saída da boca dos judeus, que então «residiam em Jerusalém»: são «partos, medos, elamitas...», e assim por diante. Esta longa lista de povos fez-me pensar nos Cardeais, que, graças a Deus, são de todas as partes do mundo, das mais diversas nações. Por isso mesmo escolhi esta passagem bíblica”, afirmou o Papa.
"Depois, ao meditar sobre isto, dei-me conta de uma espécie de «surpresa» escondida nesta associação de ideias, uma surpresa na qual, com alegria, me parecia reconhecer, por assim dizer, o humorismo do Espírito Santo”, e questionou: “Qual é essa surpresa?”:
“É o fato de que nós, pastores, ao lermos a narração do Pentecostes, normalmente nos identificamos com os Apóstolos. É natural que assim seja. Ao passo que aqueles «partos, medos, elamitas», etc. que, na minha mente, associava aos Cardeais, não pertencem ao grupo dos discípulos, estão fora do Cenáculo, fazem parte daquela «multidão» que se reuniu quando ouviu o ruído causado pela forte rajada de vento. Os Apóstolos eram «todos galileus», enquanto o povo que se reunira era «proveniente de todas as nações que há debaixo do céu», precisamente como o são os Bispos e os Cardeais no nosso tempo.”
Segundo Francisco, esta espécie de inversão de papéis faz pensar e, se olharmos com atenção, revela uma interessante perspetiva: “trata-se de nos aplicar a experiência daqueles judeus que, por dom de Deus, se viram protagonistas do acontecimento do Pentecostes, isto é, do «batismo» do Espírito Santo, que fez nascer a Igreja una, santa, católica e apostólica.
O Santo Padre recordou que é preciso repensar com gratidão no dom de ter sido evangelizados e de ter sido tirados de povos que, cada um no seu tempo, receberam o Kerygma, o anúncio do mistério de salvação, e acolhendo-o foram batizados no Espírito Santo e passaram a fazer parte da Igreja: a Igreja Mãe, que fala em todas as línguas, que é una e é católica.
“Isto deveria despertar em nós a maravilha e a gratidão por termos recebido a graça do Evangelho nos nossos respetivos povos de origem. Considero isto muito importante e que não se deve esquecer. Porque lá, na história do nosso povo – diria na «carne» do nosso povo –, o Espírito Santo operou o prodígio da comunicação do mistério de Jesus Cristo morto e ressuscitado. E chegou até nós «na própria língua», nos lábios e nos gestos dos nossos avós e dos nossos pais, dos catequistas, dos sacerdotes, dos religiosos... Cada um de nós pode recordar vozes e rostos concretos. A fé é transmitida, «em dialeto», pelas mães e pelas avós.”
O Papa sublinhou que somos evangelizadores na medida em que conservamos no coração a maravilha e a gratidão de ter sido evangelizados; melhor, de ser evangelizados, porque trata-se, na realidade, de um dom sempre atual, que pede para ser continuamente renovado na memória e na fé. "Evangelizadores e evangelizados, e não funcionários", exortou Francisco.
Dirigindo-se aos cardeais, o Pontífice recordou que o Pentecostes – tal como o Batismo de cada um de nós – não é um fato do passado, é um ato criador que Deus renova continuamente. E como exemplo, o Papa apresentou a imagem da orquestra: “o Colégio Cardinalício é chamado a assemelhar-se a uma orquestra sinfônica, que representa a dimensão harmônica e a sinodalidade da Igreja. Digo também «sinodalidade», não só por estarmos nas vésperas da primeira Assembleia do Sínodo que tem precisamente este tema, mas porque me parece que a metáfora da orquestra pode muito bem iluminar o caráter sinodal da Igreja”.
“A diversidade é necessária, é indispensável. Mas cada som deve concorrer para o resultado comum”, destacou o Francisco, e prosseguiu com um convite: “Proponho de modo particular a vós, membros do Colégio Cardinalício, na consoladora confiança de que temos como maestro o Espírito Santo:, que é o maestro interior de cada um e o maestro do caminhar juntos: que seja Ele o protagonista, Ele é a própria harmonia”, concluiu.
O Santo Padre finalizou sua homilia, confiando os novos cardeais “à doce e forte orientação, e à guarda solícita da Virgem Maria”.
- Neste sábado criados 21 novos cardeais: quem são eles?
Agostiniano, o prefeito do Dicastério para os Bispos, Dom Robert Francis Prevost, nasceu em 14 de setembro de 1955 em Chicago (Illinois, Estados Unidos). Entrou no noviciado da Ordem de Santo Agostinho e emitiu os votos solenes em 29 de agosto de 1981. Seis anos depois obteve o título de Doutor em Teologia. Foi em 1988 que foi enviado à missão de Trujillo, para ser o diretor do projeto de formação comum dos aspirantes agostinianos dos vicariatos de Chulucanas, Iquitos e Apurímac. Uma missão que durou 11 anos e foi seguida pela sua nomeação, depois de algum tempo, como Prior Provincial da sua Província “Mãe do Bom Conselho” (Chicago), e posteriormente como Prior Geral. Assim, foi responsável pelos processos de planejamento e gestão da Ordem Agostiniana ao redor do mundo. Em 3 de novembro de 2014, o Papa Francisco o nomeou administrador apostólico da Diocese de Chiclayo (Peru), elevando-o à dignidade episcopal como bispo titular de Sufar. Foi ordenado bispo de Chiclayo em 12 de dezembro de 2014. Em 15 de abril de 2020, o Pontífice o nomeou administrador apostólico da Diocese de Callao. Seguiu-se a nomeação como prefeito.
Prefeito do Dicastério para as Igrejas Orientais desde janeiro de 2023, Dom Claudio Gugerotti nasceu em Verona, Itália, em 1955, ingressou na Pia Sociedade de Pe. Nicola Mazza e foi ordenado sacerdote em 1982. Seus estudos estão ligados às línguas e literaturas orientais. Como docente, leciona nas Universidades de Veneza, Pádua e Roma, bem como na Gregoriana e no Pontifício Instituto Oriental. Está na Congregação para as Igrejas Orientais desde 1985 e foi seu subsecretário em 1997. Em 2022 foi nomeado arcebispo e depois serviu em várias nunciaturas de países de tradição cristã oriental: a partir de 2002 na Geórgia, Armênia e Azerbaijão; em 2011, Bento XVI o enviou à Belarus. O Papa Francisco o nomeou núncio na Ucrânia de 2015 a 2020 (o país com mais católicos de rito oriental) e depois na Grã-Bretanha.
Desde 1º de julho de 2023, Dom Víctor Manuel Fernández é prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé. Nasceu em 18 de julho de 1962 no município de Alcira Gigena, Província de Córdoba, Argentina. Obteve a Licenciatura em Teologia com especialização Bíblica na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma e em 1990 o Doutorado em Teologia na Faculdade de Teologia da Universidade Católica Argentina, tornando-se posteriormente seu reitor. O Papa Francisco o nomeou arcebispo titular de Tiburnia em 13 de maio de 2013. Em 2017 foi eleito presidente da Comissão de Fé e Cultura da Conferência Episcopal Argentina. Em 2 de junho de 2018 foi nomeado arcebispo titular da arquidiocese de La Plata.
Núncio na Itália e San Marino desde 2017, Dom Emil Paul Tscherrig é o primeiro não italiano a ocupar este cargo. Nascido em Unterems, Suíça, em 3 de fevereiro de 1947, recebeu a ordenação sacerdotal em 11 de abril de 1974 e obteve o Doutorado em Direito Canônico na Pontifícia Universidade Gregoriana. O Papa João Paulo II o nomeou membro do serviço diplomático da Santa Sé em 1978, como secretário da nunciatura apostólica, servindo em Uganda, Coreia do Sul, Mongólia e Bangladesh. Em 4 de maio de 1996 tornou-se arcebispo titular de Voli e núncio apostólico em Burundi. Em 2000 foi núncio em Trinidad e Tobago, República Dominicana, Jamaica, Granada, Guiana, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas e Bahamas; desde 2001 em Barbados, Antígua e Barbuda, Suriname e Saint Kitts e Nevis. Em 2004 assumiu a nunciatura na Coreia do Sul e na Mongólia. Em 2008, o Papa Bento XVI o nomeou núncio nos países nórdicos (Suécia, Dinamarca, Finlândia, Islândia e Noruega) e, a partir de 2012, foi núncio apostólico na Argentina.
Núncio Apostólico nos Estados Unidos da América desde abril de 2016, Dom Christophe Louis Yves Georges Pierre nasceu em Rennes, Ille et Vilaine, França, em 30 de janeiro de 1946. Em 1970 tornou-se sacerdote, após ter interrompido por dois anos seus estudos no seminário de Saint-Yves de Rennes em 1963 para cumprir o serviço militar. Em seguida, ingressa na Pontifícia Academia Eclesiástica de Roma. Sua primeira missão foi em Wellington, Nova Zelândia, em 1977. Posteriormente, foi enviado a Moçambique, Zimbábue, Cuba, Brasil e à Missão Permanente da Santa Sé junto ao Escritório das Nações Unidas e a instituições internacionais em Genebra. Em 12 de julho de 1995, João Paulo II o nomeou núncio apostólico no Haiti, conferindo-lhe o título de arcebispo titular de Gunela. Em 1999 foi transferido para Kampala em Uganda. Em 2007 foi nomeado núncio apostólico no México.
Desde 2020 Patriarca latino de Jerusalém, Sua Beatitude Pierbattista Pizzaballa nasceu em Cologno al Serio, província de Bérgamo, Itália, em 21 de abril de 1965. Vestiu o hábito religioso em 5 de setembro de 1984 em Ferrara e passou o ano de noviciado em o Santuário Franciscano de La Verna. Em Bolonha emitiu a profissão solene em 10 de outubro de 1989 e em 15 de setembro de 1990, novamente em Bolonha, foi ordenado sacerdote. Em 1990 transferiu-se para a Terra Santa, para Jerusalém, onde obteve a Licenciatura em Teologia Bíblica no Studium Biblicum Franciscanum de Jerusalém. Responsável pela publicação do Missal Romano em hebraico e de vários outros textos litúrgicos, a partir de 2 de julho de 1999 entra formalmente ao serviço da Custódia da Terra Santa. Ocupa o cargo de vigário geral do Patriarca Latino de Jerusalém para o cuidado pastoral dos católicos de língua hebraica em Israel.
Desde 2008 é consultor na Comissão para as relações com o Judaísmo do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos. Foi nomeado Custódio da Terra Santa pela primeira vez em maio de 2004, por um período de seis anos. Em maio de 2010 foi reconfirmado para mais um mandato de três anos e, em junho de 2013, para os três anos seguintes. Em 24 de junho de 2016, o Papa Francisco o escolheu como Administrador Apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém, sede vacante, até a nomeação de um novo Patriarca. Em 15 de julho de 2016, por ocasião da reunião do Colégio de Consultores do Patriarcado Latino, Sua Beatitude o Patriarca Emérito Fouad Twal procedeu à transferência de seus poderes ao arcebispo Pizzaballa, designado administrador apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém por decreto do Papa. A ordenação episcopal teve lugar em setembro de 2016 em Bérgamo. Ele fala italiano, hebraico moderno e inglês.
O arcebispo da Cidade do Cabo (África do Sul) Dom Stephen Brislin, nasceu em Welkom em 24 de setembro de 1956. Entrou no Seminário para estudar Filosofia em St John Vianney, Pretória e Teologia no Missionary Institute de Londres. Foi ordenado sacerdote em 19 de novembro de 1983. Em 17 de outubro de 2006, Bento XVI o nomeou bispo de Kroonstad, na África do Sul, em 2007 bispo de Kroonstad, dois anos depois é arcebispo da Cidade do Cabo. De 2013 a 2019 foi presidente da Conferência Episcopal Sul-Africana.
Arcebispo de Córdoba, Argentina, Dom Ángel Sixto Rossi, jesuíta, nasceu em 11 de agosto de 1958. Em 1976 ingressou no noviciado da então Província argentina da Companhia de Jesus. Após os estudos de Filosofia e Teologia, realizados em parte no Equador, em 12 de dezembro de 1986 recebeu a ordenação sacerdotal, depois o diploma em Teologia Espiritual na Pontifícia Universidade Gregoriana com uma tese sobre o discernimento espiritual em Santo Inácio. De 1990 a 1992 foi reitor da Igreja de El Salvador, em Buenos Aires, e nesse período abriu o Lar San José, para moradores de rua. Em 1992 criou a Fundação Manos Abiertas, que atualmente presta ajuda às pessoas mais pobres e vulneráveis em vários centros de assistência social localizados em dez cidades da Argentina. De 1992 a 1995 foi mestre de noviços da Companhia de Jesus e de 2013 a 2019 foi Superior da comunidade da Residência de Córdoba. Ofereceu numerosos Exercícios Espirituais inacianos a grupos de sacerdotes, religiosos e leigos.
Arcebispo de Bogotá, Dom Luis José Rueda Aparicio, nasceu em San Gil (Santander, Colômbia) em 3 de março de 1962. Antes de entrar no Seminário, trabalhou com seu pai na construção, vendas do jornal e numa fábrica de cimento. Recebeu o diaconato em 23 de novembro de 1988 e o presbitério em 23 de novembro de 1989, completou seus estudos de especialização (setembro de 1992-julho de 1994) na Academia Alfonsiana de Roma, onde obteve a Licenciatura em Teologia Moral. Em 2 de fevereiro de 2012, o Papa Bento XVI o nomeou bispo de Montelíbano (Córdoba). Em 2018 o Papa Francisco o nomeou arcebispo de Popayán (Cauca), três anos depois foi nomeado arcebispo metropolitano de Bogotá. Em 6 de julho de 2021 foi eleito presidente da Conferência Episcopal Colombiana para o triênio 2021-2024.
Arcebispo de Łódź, Dom Grzegorz Ryś nasceu em 9 de fevereiro de 1964 em Cracóvia, Polônia. Ordenado sacerdote em 22 de maio de 1988 na Catedral de Wawel, em 1994 Ryś obteve o Doutorado em Ciências Teológicas com base na tese "Piedade popular medieval na Polônia". De 2007 a 2011 Ryś foi reitor do Seminário Maior da Arquidiocese de Cracóvia; em 16 de julho de 2011 foi nomeado bispo titular de Arcavica e bispo auxiliar da Arquidiocese de Cracóvia pelo Papa Bento XVI. Em 14 de setembro de 2017, o Papa Francisco o nomeou arcebispo de Łódź. Em 2018, Ryś convoca o quarto sínodo da história da Arquidiocese de Łódź sobre o tema da introdução do diaconato permanente para combater a escassez de sacerdotes. Em 2019 introduziu o diaconato permanente na arquidiocese e criou também o Seminário Missionário Diocesano Redemptoris Mater Internacional do Caminho Neocatecumenal. Em 21 de novembro de 2020, o Papa Francisco o nomeou membro do Dicastério para os Bispos.
Arcebispo de Juba desde 2019, Dom Stephen Ameyu Martin Mulla nasceu em 10 de janeiro de 1964 em Ido, na região oriental de Equatoria, no Sudão do Sul. Recebeu o Sacramento da Ordem pela Diocese de Torit em 21 de abril de 1991. Depois de seu trabalho pastoral na capital sudanesa Cartum, obteve seu Doutorado na Pontifícia Universidade Urbaniana de Roma de 1993 a 1997. Sua tese é intitulada "Rumo ao diálogo religioso e a reconciliação no Sudão”. Ameyu então lecionou no Seminário de Juba, capital do Sudão do Sul, do qual também foi reitor. Em 3 de janeiro de 2019, o Papa Francisco o nomeou Bispo de Torit, após a diocese ter ficado vacante por mais de cinco anos.
Arcebispo de Madri desde 2017, Dom José Cobo Cano, nasceu em 20 de setembro de 1965 em Jaén (Andaluzia, Espanha), mas se mudou para Madri quando jovem. Apresenta sólida formação acadêmica: Licenciatura em Direito Civil; Bacharelado em Teologia e Mestrado em Teologia Moral Social. Destaca-se o seu conhecimento da Doutrina Social da Igreja. Em 23 de abril de 1994 foi ordenado sacerdote, permanecendo incardinado na Arquidiocese de Madrid onde desempenhou cargos de acentuada ênfase social, como o de vice-conselheiro das Confrarias do Trabalho (1994-1996). Na Conferência Episcopal foi responsável pelo Secretariado para Migrações, e desde março de 2020 é membro da Comissão Episcopal de Pastoral Social e Promoção Humana.
Arcebispo coadjutor de Tabora desde abril de 2023, Dom Protase Rugambwa nasceu em 31 de maio de 1960 em Bunena (Tanzânia). No final da sua formação, a 2 de setembro de 1990, foi ordenado sacerdote para a Diocese de Rulenge-Ngara, na cidade de Dar es-Salaam, pelo Papa João Paulo II durante a sua visita pastoral à Tanzânia. Em 1994 decidiu mudar-se para a Itália, onde obteve o Doutorado em Teologia Pastoral na Pontifícia Universidade Lateranense de Roma. Após o Doutorado em 1998, voltou à Tanzânia e em 2002 voltou a Roma para se tornar um dos Oficiais da Congregação para a Evangelização dos Povos. Posteriormente, em 18 de janeiro de 2008, o Papa Bento XVI o nomeou bispo titular da Diocese de Kigoma. Em 2012 tornou-se secretário adjunto da Congregação para a Evangelização dos Povos e presidente das Pontifícias Obras Missionárias, com o título pessoal de arcebispo. Em 9 de novembro de 2017 foi nomeado secretário da mesma Congregação.
Bispo de Penang e desde 2017 presidente da Conferência dos Bispos Católicos da Malásia, Cingapura e Brunei, Dom Sebastian Francis, nasceu em 11 de novembro de 1951 em Johor Bahru. Foi ordenado sacerdote em Melaka-Johor em 28 de julho de 1977. Em 1983 obteve a Licenciatura em Teologia Dogmática na Pontifícia Universidade "San Tommaso d'Aquino". Em seu país é professor de Teologia Dogmática, diretor espiritual do Seminário Maior de Penang, capelão dos universitários de Penang. Em 1991 formou-se em Direito. Em 7 de julho de 2012, Bento XVI o nomeou Bispo de Penang. A ordenação episcopal foi conferida em 20 de agosto na Igreja paroquial de Sant'Anna em Bukit Mertajam, com a participação de 10.000 católicos.
O bispo de Hong Kong, Dom Stephen Chow Sau-Yan, é jesuíta e nasceu em 7 de agosto de 1959 em Hong Kong. Após seus estudos pré-universitários, obteve um Bacharelado e Mestrado em Psicologia pela Universidade de Minnesota (EUA). Entrou na Companhia de Jesus em 27 de setembro de 1984, foi ordenado sacerdote em Hong Kong em 16 de julho de 1994. Ocupou vários cargos: desde 2007, supervisor de dois colégios jesuítas em Hong Kong e Wah Yan, Kowloon; professor assistente honorário da Universidade de Hong Kong (2008-2015) e formador jesuíta (2009-2017). Desde 2009 é presidente da Comissão para a Educação da Província Jesuíta na China. De 1º de janeiro de 2018 até sua nomeação como bispo, foi provincial da Província chinesa da Companhia de Jesus e, a partir de 2020, vice-secretário da Associação dos Superiores Religiosos dos Institutos Masculinos de Hong Kong. Em maio de 2021 foi nomeado bispo da Diocese de Hong Kong (China). O cargo estava vago desde 3 de janeiro de 2019. Chow Layer revelou ter inicialmente recusado o título de bispo. Acabou aceitando, após ter recebido uma carta escrita pelo Papa Francisco. Ele foi consagrado em 4 de dezembro de 2021. Em abril de 2023, Chow visitou a Arquidiocese de Pequim. Ele encontrou o bispo Joseph Li Shan, visitou várias igrejas e o cemitério de Zhalan, onde está a lápide de Matteo Ricci. Esta foi a primeira visita de um bispo de Hong Kong a Pequim desde 1985.
Bispo de Ajaccio desde 2021, Dom François-Xavier Bustillo, franciscano conventual, nasceu em 23 de novembro de 1968 em Pamplona, Espanha. Ingressando no Seminário Menor de Baztán, iniciou o postulantado na Ordem dos Franciscanos Conventuais de Pádua (Itália), onde completou os estudos filosóficos e teológicos. Emitiu a profissão solene em 20 de setembro de 1992. Dois anos mais tarde foi ordenado sacerdote. No mesmo ano fundou, com alguns irmãos, o convento de São Boaventura em Narbonne (França). De 2018 até sua nomeação como bispo, ele foi guardião do convento Saint-Maximilien Kolbe em Lourdes, delegado episcopal para o Santuário de Lourdes e para a proteção de menores e desde 2020 membro do conselho episcopal da Diocese de Tarbes et Lourdes. Bustillo é o autor do livro “Testemunhas, não funcionários” (Livraria Editora Vaticano) que o Papa entregou aos sacerdotes na Missa crismal de 2022 e também em outras ocasiões.
Bispo auxiliar de Lisboa desde 2019, Dom Américo Manuel Alves Aguiar, nasceu a 12 de Dezembro de 1973 em Leça do Balio, Matosinhos, Portugal. Em 1995 ingressou no Seminário Maior do Porto; completou seus estudos acadêmicos na Universidade Católica primeiro em Teologia e depois um Mestrado em Ciências da Comunicação. Em 2001 foi ordenado sacerdote, em 2016 tornou-se diretor do Secretariado Nacional da Comunicação Social. Foi ordenado bispo titular de Dagno em 31 de março de 2019 na Igreja da Trindade, no Porto. É presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023. É diretor do Departamento de Comunicação do Patriarcado de Lisboa.
O Reitor-Mor dos Salesianos, P. Ángel Fernández Artime, nasceu em 21 de agosto de 1960 em Gozón-Luanco (Astúrias), Espanha; foi ordenado sacerdote em 4 de julho de 1987, em León. Originário precisamente desta Província, obteve a Licenciatura em Teologia Pastoral e a Licenciatura em Filosofia e Pedagogia. Depois de fazer parte da comissão técnica que preparou o 26º Capítulo Geral, em 2009 foi escolhido como Provincial da Província Argentina Sul, com sede em Buenos Aires. Em 23 de dezembro de 2013 foi nomeado Superior da nova Inspetoria da Espanha Mediterrânea, dedicada a "Maria Auxiliadora", mas antes de poder assumir este novo serviço, em 25 de março de 2014, foi eleito pelo 27º Capítulo Geral como o novo Reitor-Mor da Congregação Salesiana e X Sucessor de Dom Bosco. Em 11 de março de 2020 foi confirmado Reitor-Mor dos Salesianos, para o segundo sexênio 2020-2026.
Para o Papa Francisco, Dom Agostino Marchetto é a maior hermeneuta do Concílio Vaticano II. Nascido em Vicenza, Itália, em 28 de agosto de 1940, frequentou as escolas do Patronato Leão XIII de Vicenza. Mais tarde entra no seminário, sendo ordenado sacerdote na Catedral de Vicenza em 28 de junho de 1964. Em 31 de agosto de 1985 foi nomeado arcebispo titular de Astigi com o papel de núncio apostólico em Madagascar e Maurício. Em 7 de dezembro de 1990 foi transferido como núncio apostólico para a Tanzânia, e em 18 de maio de 1994 como núncio apostólico à Belarus. Em 6 de novembro de 2001, João Paulo II o nomeou secretário do Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes. Em 25 de agosto de 2010, quando completou 70 anos, aposentou-se do cargo para se dedicar ao estudo, em particular da hermenêutica do Concílio Vaticano II. Além do italiano, fala francês, inglês e espanhol.
Atualmente, Dom Diego Rafael Padrón Sánchez é pároco de La Inmaculada de Camoruco, na Arquidiocese de Valência, na Venezuela. Nascido em Montalbán em 17 de maio de 1939. É formado em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma e Diplomado em Ciências Bíblicas Orientais pelo Instituto “Franciscanum” de Jerusalém-Israel. É professor de espanhol, literatura e latim, formado pelo Instituto de Ensino Profissional do Instituto Pedagógico de Caracas. Ordenado sacerdote em 4 de agosto de 1963, foi pároco em várias paróquias de Valência. Em 1990 o Papa João Paulo II o nomeia bispo auxiliar da Arquidiocese de Caracas e bispo titular de Gisipa. Em 1994 é nomeado bispo da Diocese de Maturín e em 2002 arcebispo metropolitano da Arquidiocese de Cumaná. Foi presidente da Conferência Episcopal Venezuelana por dois períodos consecutivos.
Padre Luis Pascual tem 96 anos, continua servindo ao Senhor todos os dias administrando o Sacramento da Reconciliação. Nasceu em Federación, província de Entre Ríos, Argentina, em 17 de abril de 1927, em uma família onde todos, menos um dos filhos, se consagraram a Deus na vida religiosa. Desde muito jovem trabalhou na roça, cuidando dos animais e também plantando milho e alfafa. Entrou no Seminário Capuchinho em janeiro de 1938 com 11 anos de idade, vestiu o hábito capuchinho em 21 de fevereiro de 1945. Em 29 de março de 1952 foi ordenado sacerdote na Catedral de Montevidéu. Diretor do Seminário Menor San Francisco de Carrasco em 1953, em 1961 especializou-se na Europa como formador de noviços. Em 1962 iniciou sua missão como educador no Colegio y Liceo Secco Illa de Uruguay, até 1974. Pároco em várias igrejas, no início de 2000 foi transferido para o Santuário Nossa Senhora da Pompeia, Buenos Aires, onde passou três anos. Depois foi nomeado pároco em Mar del Plata. A partir de 2007 voltou ao Santuário de Nuestra Señora de Pompeya.
- Papa: o desperdício de alimentos é uma ofensa para os pobres
Em sua Mensagem enviada ao Diretor Geral da FAO, Qu Dongyu, por ocasião do “Dia Internacional da Consciencialização sobre Perdas e Desperdício Alimentar”, o Santo Padre afirmou: “A comida que jogamos no lixo é tirada, injustamente, das mãos de quem não tem e dos que têm direito ao pão de cada dia, em virtude da sua inviolável dignidade humana”.
O texto da Mensagem papal foi lido na Assembleia da FAO, (Fundo das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), por Dom Fernando Chica Arellano, Observador permanente da Santa Sé junto às organizações da FAO, FIDA e PMA.
Segundo o Papa, “a praga das perdas e desperdícios alimentares é tão preocupante quanto à tragédia da fome, duas tragédias unidas por uma única raiz subjacente: “A cultura dominante que levou à distorção do valor dos alimentos, reduzindo-os a uma mera mercadoria de intercâmbio”. A esta cultura o Papa acrescentou “a indiferença geral para com os pobres e a falta de cuidado com a criação, com a exploração irracional e voraz dos recursos naturais”.
“Não podemos mais limitar-nos a encarar a realidade em termos de economia ou de lucro insaciável”, adverte o Pontífice, ao invocar, com urgência, “uma mudança radical de paradigma”. E acrescentou: “É preciso investir recursos financeiros, unir as vontades e passar das meras declarações às decisões sensatas e incisivas. Mas, acima de tudo, é essencial fortalecer em nós a convicção de que os alimentos jogados fora são uma ofensa aos pobres e que o desenvolvimento deve estar ligado mais intimamente à sobriedade da vida”.
“A alimentação, diz ainda o Santo Padre, garante a vida e nunca deve ser considerada um problema”: “Não podemos continuar a apontar o crescimento da população mundial como causa da incapacidade da terra de alimentar todos, de modo suficiente; na realidade, os verdadeiros motivos, que estão à base da proliferação da fome no mundo, são a falta de vontade política concreta para redistribuir os bens da terra; assim, todos poderiam se beneficiar do que a natureza nos oferece, ao invés da deplorável destruição dos alimentos”.
Em sua Mensagem, Francisco observa ainda: “A alimentação tem um fundamento espiritual e sua correta gestão implica a necessidade de adoção de comportamentos éticos. A alimentação, mais do que qualquer outro bem, pode garantir o direito fundamental à vida; ela deve ser vista no respeito da sacralidade que lhe é própria: a sacralidade fundamental de cada pessoa, reconhecida por muitas tradições, culturas e religiões”. E o Papa pondera ainda: “Jogar comida no lixo significa não dar valor ao sacrifício, trabalho, meios de transporte e custos de energia, empregados para levar alimentos de qualidade à mesa”.
O Santo Padre conclui a sua Mensagem para a FAO, com uma recomendação: “Reavivar a consciência da nossa pertença comum à única família humana universal. Somente assim, a família das Nações poderá voltar a ser verdadeira. Quem vai dormir com o estômago vazio é nosso irmão. Por isso, devemos compartilhar com ele o que temos: este é um imperativo tanto da justiça quanto daquela solidariedade fraterna, que surge das relações familiares”.
Fonte: Vatican News