Cultura

Gallagher: o risco de uma guerra nuclear está em seu ponto mais alto





“As armas nucleares oferecem uma falsa sensação de segurança baseada em ‘uma mentalidade de medo’ que arrisca consequências humanitárias e ambientais catastróficas.”

O arcebispo Paul Gallagher, secretário para as Relações com os Estados e Organizações Internacionais da Santa Sé, participou da Reunião de Alto Nível da ONU para Comemorar o Dia Internacional para a Eliminação Total das Armas Nucleares em Nova Iorque.

Em sua declaração ele agradeceu pela “oportunidade de falar sobre o imperativo moral de eliminar as armas nucleares”. Segundo dom Paul “o risco de uma guerra nuclear está em seu ponto mais alto em gerações, com ameaças inconcebíveis de uso nuclear, enquanto uma corrida armamentista não cessa. À medida que os Estados desperdiçam em armas nucleares os recursos necessários para as preocupações urgentes com o desenvolvimento, eles abandonam grande parte da arquitetura de controle de armas e desarmamento que sustenta a segurança internacional.”

O arcebispo citou o Papa Francisco dizendo que "o objetivo final da eliminação total das armas nucleares se torna tanto um desafio quanto um imperativo moral e humanitário". Dom Paul afirmou que “a Santa Sé espera que a Segunda Reunião dos Estados Partes (2MSP) chegue a um acordo sobre outras medidas para avançar na verificação e nas obrigações positivas baseadas no Plano de Ação de Viena” e “reitera sua esperança de que, independentemente de suas posições em relação ao tratado sobre a proibição de armas nucleares, os Estados que dependem deste tratado possam se comprometer com o cumprimento de suas obrigações positivas.”

Dom Gallagher concluiu seu discurso dizendo que “as armas nucleares oferecem uma falsa sensação de segurança baseada em ‘uma mentalidade de medo’ que arrisca consequências humanitárias e ambientais catastróficas.  Alcançar a eliminação total das armas nucleares exige uma resposta coletiva baseada na confiança mútua. A comunidade internacional deve continuar a explorar maneiras de aprimorar a segurança cooperativa para esse fim.”

 

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-Exercícios militares perto de Taiwan são para “combater arrogância separatista”, diz China

Aumento das atividades militares no estreito de Taiwan elevou o risco dos eventos "saírem do controle" e provocarem um confronto acidental, alerta o ministro da defesa da ilha

Tensão entre China e Taiwan cresce à medida que atividade militar na fronteira se torna mais intensa 

O goveno da China afirmou nesta quarta-feira (27) que a recente série de exercícios militares perto de Taiwan teve o objetivo de “combater a arrogância” das forças separatistas.

A declaração acontece enquanto o favorito para ser o próximo presidente de Taiwan disse que a China está tentando “anexar” a ilha.

Taiwan — que a China reivindica como parte de seu território — disse neste mês que havia observado dezenas de caças, drones, bombardeiros e outras aeronaves, bem como navios de guerra e o porta-aviões chinês Shandong, operando nas proximidades.

O aumento da frequência das atividades militares da China elevou o risco dos eventos “saírem do controle” e provocarem um confronto acidental, alertou o ministro da defesa da ilha.

Questionado sobre o aumento dos exercícios e as preocupações de Taiwan o risco elevado, Zhu Fenglian, porta-voz do Escritório de Assuntos de Taiwan da China, reconheceu os exercícios do Exército de Libertação Popular chinês.

“O objetivo é combater resolutamente a arrogância das forças separatistas de Taiwan e suas ações para buscar a independência”, disse Zhu em uma coletiva de imprensa em Pequim.

Ela pediu que as pessoas em Taiwan façam a distinção entre “certo e errado”, se oponham à independência da ilha e trabalhem com a China para manter a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan.

A China tem uma aversão particularmente forte a William Lai, o favorito para ser eleito presidente nas eleições de janeiro em Taiwan, devido a comentários anteriores em apoio à independência.

Entretanto, ele diz que não pretende mudar o status quo e se dispôs a conversar com Pequim.

A situação no Estreito de Taiwan “não melhorou com o passar do tempo”, disse Lai, que agora é o vice-presidente da ilha.

“As tentativas da China de anexar Taiwan não mudaram”, disse ele em um evento em Taipei, nesta quarta-feira (27), para marcar o 37º aniversário da fundação do Partido Democrático Progressista.

As Forças Armadas da China não mencionaram ou comentaram explicitamente os exercícios, em um momento em que o ministro da Defesa chinês, Li Shangfu, desapareceu da vista do público. Fontes disseram à Reuters que ele está sendo investigado por corrupção.

O governo democraticamente eleito de Taiwan afirma que somente o povo da ilha pode decidir seu futuro e ofereceu repetidamente, diálogo com a China, rejeitado por Pequim.

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O Ministério da Defesa de Taiwan relatou também outros movimentos militares chineses, dizendo que havia detectado e respondido a 16 aeronaves chinesas que entraram na zona de identificação de defesa aérea da ilha nas últimas 24 horas.

Dessas, 12 cruzaram a linha mediana do estreito de Taiwan, que serve como uma barreira não oficial entre os dois lados. A China começou a cruzá-la regularmente em agosto do ano passado.

Na quinta-feira, Taiwan deve lançar o primeiro de oito submarinos fabricados internamente, reforçando suas defesas contra a China.

Em Pequim, quando perguntado sobre os submarinos, Zhu disse que os esforços do DPP de Taiwan para “buscar a independência pela força” só exacerbariam as tensões e “empurrariam o povo taiwanês para uma situação perigosa”.

Em uma revelação incomum na semana passada, o Ministério da Defesa de Taiwan disse que estava monitorando os exercícios da China na província de Fujian, no sul, em frente a Taiwan. Normalmente, Taiwan fornece detalhes apenas dos exercícios nos céus e nas águas ao seu redor.

Uma autoridade graduada de Taiwan, familiarizada com o planejamento de segurança na região, disse à Reuters que as informações foram divulgadas para mostrar a capacidade de vigilância e inteligência da ilha.

“Podemos ver os detalhes e estamos preparados”, disse a fonte, falando sob condição de anonimato, pois não estava autorizada a falar com a imprensa.

Os militares chineses também não comentaram sobre os exercícios de Fujian.

Fonte: Vatican News - CNN