Cultura

O Papa: Jesus está ao nosso lado, nos acompanha nos caminhos mais difíceis





Jesus está vivo e nos acompanha, está ao nosso lado, oferece-nos a sua Palavra e a sua graça, que nos iluminam e restauram no caminho: Ele, guia experiente e sábio, tem a satisfação em nos acompanhar nos caminhos mais difíceis e nas subidas mais inacessíveis: disse Francisco este 27 de agosto, no Angelus deste XXI Domingo do Tempo Comum

Jesus não quer ser um protagonista da história, mas do seu hoje, do meu hoje; não um profeta distante, Jesus quer ser o Deus próximo! Foi o que disse o Papa no Angelus ao meio-dia deste Domingo, XXI do Tempo Comum, em que refletiu sobre o Evangelho do dia.

Na alocução que precedeu a oração mariana rezada com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro, Francisco apresentou a pergunta que Jesus faz a seus discípulos: "Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?"

Essa é uma pergunta que também podemos nos fazer: o que as pessoas dizem sobre Jesus? Em geral, coisas boas - ressaltou Francisco: muitos o veem como um grande mestre, como uma pessoa especial: boa, justa, coerente, corajosa... Mas isso é suficiente para entender quem é e, sobretudo, é suficiente para Jesus? Não.

De fato, prosseguiu o Pontífice, se Ele fosse apenas um personagem do passado - como as figuras mencionadas no Evangelho, João Batista, Moisés, Elias e os grandes profetas eram para as pessoas da época -, seria apenas uma bela lembrança de um tempo que se foi. E isso não agrada a Jesus. Por isso, logo em seguida, o Senhor faz aos discípulos a pergunta decisiva: "Mas vós, quem dizeis que eu sou?" Quem sou eu para vós agora?

Cristo não é uma lembrança do passado, mas o Deus do presente. Se fosse apenas um personagem histórico, imitá-lo hoje seria impossível: nós nos encontraríamos diante da grande vala do tempo e, sobretudo, diante de seu modelo, que é como uma montanha altíssima e inalcançável, querendo escalá-la, mas sem a capacidade e os meios necessários.

Em vez disso, ressaltou o Santo Padre, Jesus está vivo e nos acompanha, está ao nosso lado, oferece-nos a sua Palavra e a sua graça, que nos iluminam e restauram no caminho: Ele, guia experiente e sábio, tem a satisfação em nos acompanhar nos caminhos mais difíceis e nas subidas mais inacessíveis.

Queridos irmãos e irmãs, na estrada da vida não estamos sozinhos, porque Cristo está conosco e nos ajuda em nosso caminho, como fez com Pedro e os outros discípulos. É justamente Pedro, no Evangelho de hoje, que entende isso e, pela graça, reconhece em Jesus "o Cristo, o Filho do Deus vivo": não um personagem do passado, mas o Cristo, ou seja, o Messias, aquele que é esperado no presente; não um herói morto, mas o Filho do Deus vivo, feito homem e que veio compartilhar as alegrias e as fadigas do nosso caminho.

Não desanimemos, portanto, se às vezes o cume da vida cristã parecer muito alto e o caminho muito íngreme. Olhemos para Jesus, que caminha ao nosso lado, que acolhe nossas fragilidades, compartilha nossos esforços e apoia seu braço firme e gentil em nossos ombros fracos. Com Ele por perto, também nós estendamos a mão uns aos outros e renovemos nossa confiança: com Jesus, o que sozinhos parece impossível não o é mais!

Hoje nos fará bem repetir a pergunta decisiva que sai de sua boca: "Vós quem dizeis que eu sou?". Em outras palavras: quem é Jesus para mim? Um grande personagem, um ponto de referência, um modelo inatingível? Ou o Filho Deus, que caminha ao meu lado, que pode me levar ao topo da santidade, onde não posso chegar sozinho? Jesus está realmente vivo em minha vida, Ele é meu Senhor? Eu me confio a Ele em momentos de dificuldade? Cultivo sua presença por meio da Palavra e dos Sacramentos? Deixo-me guiar por Ele, junto com meus irmãos e irmãs, na comunidade?

Maria, Mãe do caminho, ajude-nos a sentir seu Filho vivo e presente ao nosso lado, concluiu o Papa.

 

-  O Papa: sinto-me feliz por ir à Mongólia, onde estarei como irmão de todos

Ao término do Angelus dominical, Francisco ressaltou que na próxima quinta-feira, 31 de agosto, partirá para a Mongólia, para uma visita muito esperada ao país situado no coração da Ásia, onde abraçará uma Igreja pequena em números, mas vibrante na fé e grande na caridade, e também para conhecer de perto um povo nobre e sábio

Após a oração mariana do Angelus, este domingo, 27 de agosto, o Santo Padre destacou aos fiéis e peregrinos presentes na Praça São Pedro que na próxima quinta-feira partirá para a Mongólia para mais uma viagem apostólica internacional, pedindo a todos que acompanhem com a oração esta visita ao país:

Uma visita muito esperada ao coração da Ásia

Na quinta-feira, partirei para uma viagem de alguns dias ao coração da Ásia, à Mongólia. Essa é uma visita muito desejada, que será uma oportunidade para abraçar uma Igreja pequena em números, mas vivaz na fé e grande na caridade; e também para conhecer de perto um povo nobre e sábio, com uma grande tradição religiosa que terei a honra de conhecer, especialmente no contexto de um evento inter-religioso. Gostaria agora de me dirigir a vocês, irmãos e irmãs da Mongólia, dizendo que estou feliz por viajar para estar entre vocês como um irmão de todos.

Francisco aproveitou a oportunidade para, desde já, agradecer às autoridades do país asiático pelo gentil convite e àqueles que, com grande empenho, estão preparando sua vinda. “Peço a todos que acompanhem esta visita com orações”, exortou por fim o Pontífice.

 

-O Papa: orações pelas vítimas na Grécia e proximidade ao povo ucraniano

Francisco assegurou suas orações pelas vítimas dos incêndios destes dias na Grécia expressou solidária proximidade ao povo grego, bem como ao povo ucraniano que sofre muito por causa da guerra, exortando a não esquecer a Ucrânia. O Pontífice lembrou também Santa Mônica, celebrada liturgicamente este 27 de agosto, pedindo orações pelas mães que sofrem

No Angelus deste domingo, XXI do Tempo Comum, após a oração mariana, o Santo Padre voltou seu pensamento para a Grécia, devastada por incêndios no nordeste do país, assegurando suas orações; e mais uma vez pediu proximidade ao povo ucraniano, que sofre com a guerra, insistindo para que não nos esqueçamos da Ucrânia:

Asseguro a recordação também na ração pelas vítimas dos incêndios desencadeados estes dias no nordeste da Grécia e expresso solidária proximidade ao povo grego. E também continuemos próximos do povo ucraniano, que sofre com a guerra e sofre muito: não nos esqueçamos da Ucrânia.

Santa Mônica, mãe de Santo Agostinho

O Pontífice lembrou também Santa Mônica, celebrada liturgicamente este 27 de agosto. Com suas orações e com suas lágrimas, a mãe de Santo Agostinho pedia ao Senhor a conversão de seu filho, disse o Papa, pedindo orações por tantas mães que sofrem quando seus filhos estão um pouco perdidos ou em caminhos difíceis na vida.

 

- Pesar do Papa pela morte do cardeal Geraldo Majella Agnelo e sua gratidão

Em um telegrama, Francisco se diz entristecido com a morte, este sábado, 26 de agosto, do purpurado brasileiro de quem recorda os muitos cargos importantes que ocupou a serviço da Igreja, "sempre guiado pelo zelo apostólico"

Foi com profunda dor que o Papa Francisco recebeu a notícia do falecimento do cardeal brasileiro Geraldo Majella Agnelo, ocorrida no sábado, 26 de agosto, aos 89 anos de idade, em Londrina, no Estado do Paraná. É o que diz um telegrama dirigido ao cardeal Sérgio da Rocha, arcebispo metropolitano de São Salvador da Bahia e primaz do Brasil, em que o Santo Padre expressa suas condolências e no qual assegura sufrágios elevados ao Senhor "pelo eterno repouso do venerável prelado".

Grato ao Senhor por seus longos anos de serviço à Igreja

"Minhas orações - continua Francisco - são também de gratidão a Deus pelos longos anos de seu serviço dedicado à santa mãe Igreja, sempre guiado pelo zelo apostólico, nas várias missões que lhe foram confiadas como bispo de Toledo, arcebispo de Londrina, secretário da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos e, por fim, arcebispo primaz do Brasil e presidente da Conferência episcopal".

A bênção de Francisco

O Papa Francisco então envia ao arcebispo dom Sérgio "e a todos aqueles que se unem em oração pelo descanso eterno" do falecido cardeal, sua bênção apostólica como "penhor de consolação e esperança na vida eterna".

 

- Francisco: paremos para levantar aqueles que caem na escravidão das drogas

O Papa, em uma mensagem enviada aos participantes do 60º Congresso Internacional de Toxicologistas Forenses, em andamento em Roma, expressa preocupação com o aumento do uso de drogas entre adolescentes e jovens. Não se pode ficar indiferente, escreve ele, pois por trás dos vícios existem "experiências concretas, histórias de solidão, desigualdade, exclusão, falta de integração"

O abuso e o crescimento do uso de entorpecentes entre adolescentes e jovens e o aumento das vendas de drogas nas "praças digitais" da dark web estão causando um alarme cada vez maior, e o Papa confia sua preocupação a uma mensagem enviada aos participantes do 60º Congresso Internacional de Toxicologistas Forenses, que está sendo realizado em Roma de 27 a 31 de agosto, aos quais Francisco agradece pelo "compromisso, tempo e energia" dedicados à prevenção e ao combate à dependência de drogas.

O perigo das novas substâncias psicoativas

A delicadeza das fases da adolescência e da juventude, somada às fragilidades e inseguranças das sociedades atuais, são fatores - é a indicação de Francisco - que podem levar à busca de novas experiências. Medir-se com o inédito, explorar o desconhecido, o medo de se sentir excluído e a necessidade de se socializar com os coetâneos são elementos de risco, que podem induzir os jovens "a escolhas e comportamentos perigosos, como o uso de substâncias psicoativas e o abuso de álcool, ou à possibilidade de se deparar com situações extremas, tanto virtuais quanto reais". Na mensagem, o Pontífice aponta para o perigo das novas substâncias psicoativas (NPS) que, além de estarem em rápida expansão, são quimicamente fáceis de serem modificadas, tanto que permitem que o crime organizado escape do controle. "Muitos adolescentes - escrevendo ainda Francisco - abusam das NPS sem conhecer sua periculosidade", por isso é necessário desenvolver "técnicas de análise", implementar intervenções de prevenção e "incentivar planos terapêuticos adequados".

A obsessão com a eficiência e a produtividade

Outro ponto levantado pelo Papa em sua mensagem é a difusão de substâncias dopantes na esfera competitiva e esportiva, que "manifesta a obsessão de obter metas importantes e resultados a todo custo". Um fenômeno que deve nos fazer refletir, indica ainda Francisco, sobre a sociedade atual "permeada por uma cultura da eficiência e da produtividade, que não admite hesitações e fracassos". O desejo de estar à altura das expectativas, de dar a si mesmo uma imagem de desempenho e de vencedor, banindo a fragilidade e a fraqueza, torna-se, como adverte o Pontífice, "um obstáculo intransponível para a busca do desenvolvimento humano integral".

Ouvir o grito dos mais frágeis

O alarme é para a desorientação dos jovens que, em busca de pontos de referência, recorrem às drogas para conter a angústia e a falta de sentido, para superar o cansaço "de ser e de existir". Por trás dos vícios, lembra Francisco, existem "experiências concretas, histórias de solidão, desigualdade, exclusão, falta de integração", diante das quais "não podemos ser indiferentes", e seguindo o exemplo de proximidade oferecido por Jesus, "também nós somos chamados a agir, a parar diante de situações de fragilidade e dor, a saber ouvir o grito de solidão e de angústia, a inclinar-nos para levantar e trazer de volta à vida aqueles que caem na escravidão das drogas". Portanto, pede o Papa, devemos encorajar os jovens a "buscar razões para viver", por meio de percursos educativos, terapêuticos e de reabilitação e favorecendo modelos culturais alternativos.

 

- O Papa: orações pelas vítimas na Grécia e proximidade ao povo ucraniano

Francisco assegurou suas orações pelas vítimas dos incêndios destes dias na Grécia expressou solidária proximidade ao povo grego, bem como ao povo ucraniano que sofre muito por causa da guerra, exortando a não esquecer a Ucrânia. O Pontífice lembrou também Santa Mônica, celebrada liturgicamente este 27 de agosto, pedindo orações pelas mães que sofrem

No Angelus deste domingo, XXI do Tempo Comum, após a oração mariana, o Santo Padre voltou seu pensamento para a Grécia, devastada por incêndios no nordeste do país, assegurando suas orações; e mais uma vez pediu proximidade ao povo ucraniano, que sofre com a guerra, insistindo para que não nos esqueçamos da Ucrânia:

Asseguro a recordação também na ração pelas vítimas dos incêndios desencadeados estes dias no nordeste da Grécia e expresso solidária proximidade ao povo grego. E também continuemos próximos do povo ucraniano, que sofre com a guerra e sofre muito: não nos esqueçamos da Ucrânia.

Santa Mônica, mãe de Santo Agostinho

O Pontífice lembrou também Santa Mônica, celebrada liturgicamente este 27 de agosto. Com suas orações e com suas lágrimas, a mãe de Santo Agostinho pedia ao Senhor a conversão de seu filho, disse o Papa, pedindo orações por tantas mães que sofrem quando seus filhos estão um pouco perdidos ou em caminhos difíceis na vida.

Fonte: Vatican News