Cultura

O pesar do Papa pelas vítimas dos incêndios no Havaí





Francisco enviou um telegrama, assinado pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, ao núncio apostólico nos Estados Unidos. O Pontífice assegura a sua oração e sua solidariedade às famílias dos mortos, aos desaparecidos e às equipes de resgate. Enquanto isso, o governador do Havaí declarou estado de emergência na ilha: "Cerca de mil pessoas estão inacessíveis".

O Papa Francisco expressa seu pesar pelos mortos e vários desaparecidos dos terríveis incêndios na ilha de Maui, no Havaí, que praticamente destruíram a cidade histórica de Lahaina, uma das "pérolas" do oceano e meta turística popular. Num telegrama assinado pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, enviado ao núncio apostólico nos Estados Unidos, dom Cristophe Pierre, que será cardeal no Consistório de setembro próximo, o Papa escreve que recebeu "com profunda tristeza" a notícia da "perda de vidas humanas” e a “destruição causada pelos incêndios na ilha havaiana de Maui”.

Solidariedade com quem sofre

Francisco expressa “sua solidariedade aos que sofrem com esta tragédia, em particular aqueles cujos entes queridos estão mortos ou desaparecidos”. Precisamente pelos mortos, feridos e deslocados, o Pontífice assegura suas orações, assim como pelos que trabalham nas operações de socorro. Sobre todos eles, "como sinal de sua proximidade espiritual", o Papa invoca "as bênçãos de Deus onipotente de força e paz".

Destruição e desaparecidos

Entretanto, nas últimas horas foi declarado estado de emergência em toda a ilha e as viagens foram desaconselhadas. Segundo as autoridades do Condado de Maui, o número de mortos subiu para 55, nesta sexta-feira (11/08), e 11 mil são as pessoas deslocadas. Em Lahaina, mais de 1.770 edifícios do centro histórico estão devastados e muitas pessoas correram para o mar para fugir das chamas. Testemunhas falam de cenas apocalípticas. O governador do Havaí, Josh Green, disse que cerca de "80%" da cidade foi destruída, "como se tivesse sido atingida por uma bomba". Green disse ainda que o número de mortos irá aumentar "significativamente" e que, neste momento, existem cerca de mil pessoas inacessíveis.

 

- Delegado pontifício nomeado em junho pelo Papa já está em missão na Índia

Cyril Vasil', arcebispo de Košice dos Bizantinos, está no país desde 4 de agosto. O Papa Francisco o nomeou como delegado pontifício para assegurar a implementação da reforma litúrgica aprovada para a Igreja Siro-Malabar com sede em Cochim, na Índia.

O Papa Francisco nomeou o arcebispo Cyril Vasil' como delegado pontifício com faculdades especiais "para resolver a situação da Arquieparquia de Ernakulam-Angamaly da Igreja Siro-Malabar". A nomeação do eparca di Košice foi realizada em audiência de 23 de junho deste ano concedida a dom Claudio Gugerotti, prefeito do Dicastério para as Igrejas Orientais, conforme comunicado divulgado nesta quinta-feira (10) pelo próprio Dicastério.

Ainda segundo a declaração, o arcebispo eslovaco já está em missão na Índia desde 4 de agosto para "garantir a implementação da reforma litúrgica aprovada pelo Sínodo da Igreja Arquiepiscopal Siro-Malabar".

O convite à unidade

Numa carta enviada em julho de 2021 aos bispos, sacerdotes, religiosos e leigos da Igreja Siro-Malabar, o Papa Francisco recordava a importância do acordo alcançado por unanimidade pelo Sínodo dos Bispos da Igreja Siro-Malabar, em 1999, e confirmado nos anos seguintes, para uma forma uniforme de celebrar a Santa Qurbana, a missa da tradição local da Igreja Católica de rito oriental. A mensagem era intitulada "Caminhar junto com o povo de Deus e que a unidade prevaleça sobre o conflito" e também destacava os frutos amadurecidos aos longo dos anos.

Segundo o Pontífice, o acordo foi "um passo importante para o crescimento da estabilidade eclesial e da comunhão dentro do corpo de sua amada Igreja", ressaltando o empenho de São João Paulo II que, além de beatificar o Pe. Kuriakose Elias Chavara e a Ir. Alfonsa Muttathupandathu, elevou a Igreja Siro-Malabar a sede arquiepiscopal maior. Apesar de algumas dificuldades que exigem discernimento contínuo na vida da Igreja, escrevia ainda Francisco, "as normas aprovadas para a celebração eucarística deram frutos notáveis, incluindo a evangelização naqueles lugares, especialmente as Eparquias missionárias, onde toda a comunidade se uniu em observância pacífica e orante, interpretando o consentimento contínuo da hierarquia como um fruto do Espírito Santo".

A propósito da nova Raza Qurbana Taksa, o Pontífice ainda usou a carta para exortar todo o clero, religiosos e fiéis a "caminharem em direção à uniformidade da celebração para o bem maior de sua Igreja. Que o Espírito Santo promova a harmonia, a fraternidade entre todos os membros de sua Igreja enquanto trabalham para implementar uma decisão sinodal", concluia o Papa.

Fonte: Vatican News