O Papa Francisco está pronto para embarcar em sua 41ª Viagem Apostólica ao exterior, para a Europa Central, a Hungria, mesmo que não seja a primeira vez. O Santo Padre esteve na capital do país após ter presidido a Missa de Encerramento do 52º Congresso Eucarístico Internacional, lembrou Matteo Bruni, Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, em uma coletiva para compartilhar detalhes sobre a Visita que tem início na próxima sexta-feira.
Com o lema "Cristo é o nosso futuro", o Papa Francisco se apresentará em sua visita de três dias à nação majoritariamente cristã, sublinhou o Diretor da Sala de Imprensa, mesmo que desta vez a mensagem de esperança do Papa ecoe de uma nova maneira, já que a guerra na Ucrânia provoca maior sofrimento na fronteira nordeste da nação.
Desde o início da guerra na Ucrânia, cerca de milhões de refugiados provocados pela invasão russa passaram pela Hungria para a Europa, onde receberam ajuda, e onde uma parcela dos quais ficaram.
Esta viagem marca a segunda Viagem Apostólica de 2023, após sua viagem às nações africanas da República Democrática do Congo e Sul do Sudão, no início do ano.
O Papa São João Paulo II visitou a Hungria duas vezes, em 1991 e 1996, após a queda do Muro de Berlim, lembrou o Sr. Bruni.
Diante de alguns questionamentos acerca do porquê o Santo Padre retorna geograficamente ao mesmo país pela segunda vez em dois anos, foi esclarecido que a diferença está no fato de que em 2021 ele estava lá para participar de um evento internacional reunindo fiéis de cerca de 83 países, enquanto desta vez ele retorna para visitar a Igreja local e o povo do país, o que não era a situação quando ele permaneceu em Budapeste para a missa por algumas horas, antes de fazer sua Viagem Apostólica à Eslováquia.
O Santo Padre havia expressado seu desejo de visitar a Hungria por mais tempo em seu voo de volta da Eslováquia para Roma em 2021.
"O Papa Francisco está mantendo sua promessa ao povo da Hungria de retornar", lembrou Matteo Bruni.
O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé passou o programa completo da Viagem Apostólica, observando que o Papa fará seis discursos, incluindo sua homilia e seu discurso durante o Regina Caeli, e que falará em italiano.
Entre os destaques da programação da Visita Apostólica estará um encontro com migrantes e pessoas pobres, outro com crianças cegas e deficientes, e seus encontros com as autoridades civis e o corpo diplomático, o clero, os jovens.
Ele celebrará uma missa para fiéis húngaros, recitará o Regina Caeli, e terá seu habitual encontro particular com seus companheiros jesuítas.
O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé anunciou que também haverá um encontro no dia 29 de abril com a comunidade greco-católica.
A visita inteira será realizada em Budapeste, observando que a Hungria suscitou vários santos, muitos dos quais vieram de origens nobres, e depois dedicaram suas vidas a cuidar dos doentes ou pobres.
O conhecimento dos exemplos de santidade na história da Hungria, observou o Sr. Bruni, permitirá aos que seguem a Viagem do Santo Padre "reconhecer e compreender nosso destino".
Como de costume, os funcionários do Vaticano que viajam com o Santo Padre serão o Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin; o Secretário de Relações com os Estados e Organizações Multilaterais do Vaticano, Arcebispo Paul Richard Gallagher; Secretário Substituto do Vaticano, Arcebispo Edgar Pena Parra; Prefeito do Dicastério das Igrejas Orientais, Arcebispo Claudio Gugerotti; Prefeito do Dicastério dos Bispos do Vaticano, Arcebispo Robert Francis Prevost; Prefeito do Dicastério das Comunicações do Vaticano, Sr. Paolo Ruffini.
A presença do Prefeito do Dicastério das Igrejas Orientais, observou o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, é para oferecer uma proximidade adicional aos que sofrem nas proximidades.
Esta Viagem Apostólica acontece em razão da guerra na Europa e de uma crise humanitária e migratória através das fronteiras ao redor do mundo.
Bruni reconheceu que entre os temas que o Papa destacará, certamente estará o sofrimento e o apelo à paz nas proximidades.
O governo húngaro adotou medidas para facilitar a participação na visita do Papa, incluindo o trânsito livre para os participantes dos eventos.
O governo da nação promulgou leis e políticas que favorecem o apoio às famílias no país.
O cristianismo tem mais de 1.000 anos de história no país, desde Santo Estêvão, rei da Hungria, mas viveu sob o comunismo e sob a Guerra Fria, e resiste forte, graças ao testemunho de mártires, e de uma igreja escondida, ao longo dos séculos.
Como é costume, está previsto que o Santo Padre realizará uma breve coletiva durante o voo de retorno a Roma.
Fonte: Vatican News