Cotidiano

MP-AP acompanha monitoramento da Marinha para detectar ameaça de contaminação de rios por mancha de óleo





A prevenção ao risco da invasão das manchas de óleo na costa do Amapá foi o motivo do sobrevoo militar feito pela Marinha do Brasil, na última semana, no litoral amapaense. Foram percorridos 300 km, da ilha Maracá/Jipioca até a foz do Amazonas em busca de sinais da grande mancha vinda do Nordeste e que, caso chegue em águas amazônicas, será a responsável por um desastre ambiental sem precedentes na região. O assessor técnico Mainar Vasconcelos, da Promotoria de Meio Ambiente do Ministério Público do Amapá (MP-AP), acompanhou o trajeto, onde não foram encontrados sinais da contaminação.

O sobrevoo faz parte da Operação Amazônia Azul, que monitora as águas brasileiras para conter e evitar crimes ambientais. Os integrantes da missão estavam a bordo de uma aeronave da Marinha do Brasil, e durante três horas buscaram vestígios de óleo. O estado de alerta iniciou no final de outubro, quando as primeiras manchas foram detectadas nas praias nordestinas, chegando até o Espírito Santo. O litoral do Piauí e do Maranhão, mais próximos da Amazônia, foram atingidos pela mancha, tornando urgente a missão na região Norte.

Sobrevoo Marinha1

“Fizemos um sobrevoo longo e nada foi encontrado, mas isso não quer dizer que devemos nos despreocupar; ao contrário, temos que estar alertas. O Amapá está sob o comando do 4º Distrito Naval da Marinha, o que é uma segurança, porque estão vigilantes, e o MP-AP está acompanhando a operação Amazônia Azul, assim como a movimentação de órgãos ambientais que estão diretamente atuando”, disse Mainar Vasconcelos.

Últimas informações

As últimas notícias revelam que a mancha, de origem ainda desconhecida, alcançou o litoral do Rio Janeiro no final de semana, elevando para 11 o número de estados brasileiros atingidos. De acordo com a análise técnica, a macha é compatível com o material coletado no Nordeste. Os Ministérios Públicos dos estados atingidos pelo óleo acompanham o avanço da mancha. No Rio de Janeiro o MP está avaliando a necessidade de interdição para evitar contaminação de banhistas e população.  

No Amapá, o MP-AP irá continuar o acompanhamento junto à Marinha, que busca todas as formas de informação, com monitoramento marítimo e aéreo, e apoio de ribeirinhos e pescadores de toda a região.