Cultura

Papa, Ucrânia: guerra desumana, as crianças perderam o sorriso





Na Audiência geral desta quarta-feira, no Vaticano, o pedido do Papa: no Natal pensemos nos ucranianos sem as coisas principais para sobreviver.

Na Audiência geral desta quarta-feira duplo pensamento do Papa Francisco para a Ucrânia devastada pela guerra. Primeiro Bergogli se dirige aos fiéis presentes na Sala Paulo VI provenientes da Polônia. "De acordo com sua tradição, vocês deixam um lugar vazio à mesa para o convidado inesperado". Este ano o convidado será a multidão de refugiados da Ucrânia aos quais vocês abriram as portas de suas casas com grande generosidade".

Depois, no momento da saudação em italiano, Francisco acrescentou: "é a festa de Deus feito criança, pensemos nas muitas crianças da Ucrânia que sofrem, e tanto, com esta guerra. Quando elas vêm aqui, a maioria delas não consegue sorrir, e quando se perde a capacidade de sorrir é grave. Elas carregam consigo a tragédia de uma guerra tão desumana e dura: pensemos no povo ucraniano sem luz e sem aquecimento, sem as coisas principais para sobreviver, e rezemos ao Senhor para lhes dê a paz o quanto antes”.

Silvonei José 

 

- Ucrânia, camisetas térmicas: meta alcançada, mas a coleta continua

Mais de 111.000 euros foram coletados até agora através da plataforma Eppela lançada para permitir que doações sejam feitas para a compra de roupas a serem enviadas ao país devastado pela guerra. O cardeal Krajewski, que partiu em missão, enviado pelo Papa, com um caminhão, já entregou parte do material coletado junto com os geradores de energia elétrica doados e comprados para a população.

Há alguns dias o apelo tinha chegado: com o inverno às portas a população ucraniana, duramente provada pela guerra, terá que enfrentar o frio e as fortes temperaturas, e cobertores térmicos são necessários. Foi o cardeal Konrad Krajewski, o esmoleiro do Papa, que partiu para a Ucrânia no fim de semana para uma nova missão, que em uma declaração havia lançado uma campanha de arrecadação de fundos através da plataforma Eppela para poder comprar camisetas adequadas para a temporada de inverno a serem enviadas para a Ucrânia. Eram necessários 100.000 euros. À meia-noite de 19 de dezembro, a meta foi atingida e agora foi superada, chegando a mais de 111 mil euros. O cardeal, enviado pelo Papa para levar aos ucranianos, com sua presença, não só conforto na fé, mas também o fruto da solidariedade demonstrada por tantas pessoas nas últimas semanas - geradores de eletricidade, roupas térmicas - já chegou a Lviv. Suas visitas também incluem Zaporizhzhia, Odessa e Kiev.

Pode-se doar até 6 de janeiro

A Esmolaria Apostólica agradece "a todos aqueles que quiseram contribuir" e "como a emergência do frio continua e a caridade pode ajudar a proporcionar pelo menos algum alívio", informa que "a coleta continuará até 6 de janeiro". "A receita adicional irá inteiramente para a compra de camisetas térmicas para o povo da Ucrânia". "Um Natal verdadeiramente cristão", sublinhou o cardeal Krajewski no comunicado, é tal se se acolhe a necessidade dos outros, se se abraça o sofrimento e se fornece mesmo com o pouco para aliviá-lo. Foi neste espírito que o escritório de caridade do Papa havia lançado a campanha de arrecadação de fundos na semana passada. Dias antes, havia um pedido para enviar ou levar ao Vaticano roupas para homens, mulheres e crianças.

Um presente de Natal para o povo ucraniano

O cardeal, que foi enviado várias vezes por Francisco à Ucrânia, falou de "uma resposta muito generosa" ao pedido de ajuda lançado. "Em minhas quatro viagens anteriores", disse ele, "eu vi o sofrimento do povo". Recordando as baixas temperaturas na Ucrânia no inverno e enfatizando a falta de aquecimento, gás e eletricidade, ele explicou porque a população ucraniana estava pedindo camisetas térmicas, "uma boa maneira de combater as baixas temperaturas". "Vamos fazer este presente de Natal", tinha sido seu convite. E o primeiro caminhão com o material solicitado, conduzido pelo próprio cardeal, já chegou.

Um coração generoso

"O coração dos italianos é doce, aberto e bom", acrescentou o esmoleiro, lançando o apelo para a compra das camisetas térmicas e insistindo na generosidade de tantos para com o povo ucraniano. Krajewski tinha assegurado que ele mesmo levaria o material coletado para o país. E de fato, o cardeal já entregou parte da carga da van com o qual ele deixou o Vaticano. Mas é necessário estar pronto para qualquer nova necessidade, pois o inverno é longo e frio. É por isso que a campanha de arrecadação de fundos continua até 6 de janeiro. A iniciativa seguiu o apelo do Papa, lançado na quarta-feira passada no final da audiência geral, para viver um Natal mais humilde, deixando algo para o povo ucraniano necessitado. "Eles sofrem tanto, passam fome", disse Francisco, "eles sentem o frio e muitos morrem porque não há médicos e enfermeiras". Um Natal sim, mas com os ucranianos em nossos corações".

Neste link https://e.va/magliettetermicheucraina  você pode fazer uma doação para as camisetas térmicas.

Benedetta Capelli e Tiziana Campisi

Fonte: Vatican News