Cultura

Papa no dia dedicado aos mosteiros: um amparo maternal à Igreja





A Igreja celebra nesta segunda-feira, 21 de novembro, o Dia Mundial Pro Orantibus, um convite para se unir em oração por todas as comunidades de clausura. Em tuíte, Francisco escreveu: "os mosteiros contemplativos, com o silêncio orante e no sacrifício escondido, amparam maternalmente a vida da Igreja".

“Os mosteiros contemplativos, com o silêncio orante e no sacrifício escondido, amparam maternalmente a vida da Igreja. #ProOrantibus”

Assim o Papa Francisco quis recordar a data deste 21 de novembro, Dia Mundial Pro Orantibus, em que a Igreja em todo o mundo celebra o dom da vida contemplativa. Instituído por Pio XII em 1953, é celebrado na memória litúrgica da Apresentação de Nossa Senhora ao Templo num convite para se unir em oração pelas religiosas, religiosos e mosteiros com necessidades especiais em todo o mundo. 

Em Audiência Geral de 2018, no mesmo dia dedicado às comunidades religiosas de clausura, o Pontífice afirmou ser "a ocasião oportuna para dar graças ao Senhor pelas tantas pessoas que, nos mosteiros e ermidas, se consagram totalmente a Deus na oração, no silêncio e no escondimento. Não faltem a essas comunidades o carinho, a proximidade e a assistência também material de toda a Igreja!". Já no ano de 2013, Francisco chegou a visitar o mosteiro das monjas camaldolesas de Santo Antônio Abade, no Aventino, para se recolher em oração.

Documento de 2019

Em 2019, um novo documento sobre a formação da vida monástica foi apresentado em Roma, intitulado "A arte da busca da face de Deus".quer ser um instrumento que ajude a pessoa a viver em harmonia a relação com Deus, com o próximo e com o mundo. No documento lê-se: «A formação deve prever uma saudável e equilibrada informação que abra para toda a humanidade, especialmente aquela que sofre. A contemplativa é chamada a habitar a história cultivando o olhar interior "(A arte da busca da face de Deus, n. 42).

O Dia Pro Orantibus em Milão

Entre as iniciativas promovidas para celebrar a data deste ano, a Igreja em Milão organizou uma programação que começou neste domingo (20) e vai até o dia 3 de dezembro, entre missas e momentos de oração em comunhão com as religiosas contemplativas em todas as áreas pastorais da diocese local. Já é um costume a Vida Consagrada feminina propor a oração em colaboração com os mosteiros presentes na região, em partilha com os respectivos vigários episcopais.

A data de 21 de novembro desafia a comunidade cristã, mas a Vida Consagrada de maneira particular, através das Irmãs Contemplativas que vivem intensamente a união com o Senhor através do trabalho, do silêncio e da oração durante as horas diárias e noturnas. Neste dia particularmente dedicado a elas, religiosas e leigos irão rezar e refletir sobre o valor da vocação delas.

Andressa Collet

 

Ucrânia: "van do Papa" chega a Kherson com ajudas humanitárias para população

"Agradecemos ao Papa", porque "ele nunca perde a oportunidade de lembrar o povo ucraniano para que se reze pela paz. Ele o faz sempre, todas as quartas-feiras na audiência geral e todos os domingos no Angelus. Estes apelos são importantes para nós e é importante saber que o Papa não esquece o povo que sofre, que é torturado", diz o bispo de Odessa. A ajuda do Santo Padre também é concreta. "Recebemos dele uma ajuda financeira que nos foi trazida pessoalmente pela cardeal Krajewski", afirma ainda

Uma "van do Papa Francisco" carregada com ajudas humanitárias conseguiu chegar a Kherson, na Ucrânia, estes dias. Foi o que informou o bispo católico romano de Odessa-Simferopol, dom Stanislav Shyrokoradiuk.

Agradecimento ao Papa pela proximidade e ajuda concreta

"Agradecemos ao Papa", diz o bispo, porque "ele nunca perde a oportunidade de lembrar o povo ucraniano para que se reze pela paz. Ele o faz sempre, todas as quartas-feiras na audiência geral e todos os domingos no Angelus. Estes apelos são importantes para nós e é importante saber que o Papa não esquece o povo que sofre, que é torturado".

Mas a ajuda do Santo Padre também é concreta. "Recebemos dele - lembra dom Shyrokoradiuk – uma ajuda financeira que nos foi trazida pessoalmente pela cardeal Konrad Krajewski. Com este dinheiro, conseguimos comprar uma van com a qual carregamos as ajudas humanitárias". Dias atrás, elas também chegaram a Kherson.

Presença dos padres que permanecem com o seu povo

"Nós, no Papa, vemos as lágrimas em seus olhos quando ele fala sobre a Ucrânia. Elas nos fazem perceber que o Papa experimenta a mesma dor que nós". As ajudas foram levadas ao pároco da cidade de Kherson, que permaneceu ali durante a ocupação russa junto com outros dois padres, párocos de duas igrejas da região.

"Graças a Deus, pudemos transferir dinheiro mesmo durante a ocupação russa e com esse dinheiro, o pároco pôde alimentar as pessoas. Tantas pessoas fugiram da cidade, mas decidimos ficar porque nestes tempos é importante que a Igreja permaneça próxima ao povo. Nós representamos uma família para eles e o sacerdote é como um pai".

Fonte: Vatican News