Cotidiano

Governadores do AP e outros sete estados pretendem dialogar com países financiadores da Amazônia





 

Os governadores do Amapá, Acre, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins informaram que pretendem dialogar com Alemanha e Noruega para que voltem a repassar recursos para ajudar na preservação da Amazônia. A medida foi adotada após os dois países suspenderem a ajuda econômica.

Os estados, que compõem a Amazônia Legal, lamentaram a decisão dos países. O grupo ressaltou que as posições do governo brasileiro mediante aos dados oficiais de desmatamento da Amazônia foi o principal motivo para que os países financiadores suspendessem a ajuda.

Em nota, o presidente do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, governador do Amapá, Waldez Góes, frisou que o grupo é defensor incondicional do Fundo Amazônia e que estará dialogando diretamente com esses países financiadores.

"Os governantes do bloco amazônico desejam participar diretamente das decisões para reformulação das regras do Fundo Amazônia, que estão sendo feitas pelo BNDES. Queremos, ainda, que o Banco da Amazônia passe a ser o gestor financeiro do Fundo, em razão da proximidade da instituição financeira com os estados, já que o Banco da Amazônia possui sede em todas as unidades do bloco", diz a nota.

Segundo os dados, divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), alertas de áreas com sinais de devastação na floresta estão sendo confirmadas a cada ano. A informação gerou críticas do presidente Jair Bolsonaro, que afirmou que os números prejudicam a imagem do país, gerando a exoneração do diretor do Inpe, Ricardo Galvão.

No dia 10 de agosto, a ministra do Meio Ambiente da Alemanha, Svenja Schulze, informou a suspensão do financiamento de projetos para a proteção da floresta e biodiversidade na Amazônia devido ao aumento do desmatamento

A Noruega anunciou, no dia 15 de agosto, que irá congelar um repasse de R$ 132,6 milhões ao Fundo da Amazônia. O país é o principal doador do fundo, com cerca de 93% dos repasses realizados à Amazônia.