Foram 8.430 km a bordo do A330/AZ² da Ita Airways, percorridos em cerca de 10 horas e 10 minutos. O avião tendo a bordo o Papa Francisco aterrisou na pista do Aeroporto Internacional de Edmonton às 11h08 min deste domingo, 24 de julho.
Como de costume, antes de descer, o Pontífice foi saudado ainda no avião pelo núncio apostólico, neste caso Dom Ivan Jurkovič, arcebispo titular de Corbavia, e pelo chefe do Protocolo. Após, em cadeira de rodas, Francisco foi conduzido a um hangar para a cerimônia de boas-vindas na presença da governadora-geral do Canadá Mary May Simon, do primeiro ministro canadense Justin Trudeau, lideranças indígenas e autoridades civis e eclesiásticas. Mas antes das saudações, indígenas entoando cantos com instrumentos tradicionais. Depois, muito sorridente, e com uma escuta atenta, a troca de saudações e presentes com chefes indígenas.
Após o breve encontro com as autoridades civis do Canadá, Francisco dirige-se para o Seminário São José, distante 31,1 km, onde repousará neste primeiro dia em terras canadenses. A recordar a diferença de fuso horário de 8 horas entre Roma e Edmonton.
O Papa começa suas atividades na segunda-feira em Maskwacis - distante 100 km - onde às 10 horas encontrará os povos indígenas Primeiras Nações, Métis e Inuit.
À tarde será a vez de encontrar outro grupo na Igreja do Sagrado Coração dos Primeiros Povos, distante 4,4 km, bem como membros da comunidade paroquial. Na ocasião, abençoará uma estátua de Santa Kateri Tekakwitha, a primeira nativa da América do Norte reconhecida como Santa pela Igreja Católica.
O Seminário São José, que acolherá o Papa na primeira etapa da viagem, foi inaugurado em 1927, quando era arcebispo Dom Henry Joseph O’Leary, naquele que anteriormente havia sido um seminário administrado pelos Oblatos de Maria Imaculada, entre a Rua 99 e Rua 110. Devido ao crescente número de seminaristas, a estrutura foi logo considerado muito pequena e em 1957 um novo seminário foi construído em St. Albert Trail.
Em 2010, o Seminário São José foi transferido para o cruzamento da 98ª Street e 84th Street, à beira do North Saskatchewan River Valley. O novo complexo tem uma forma quadrangular, com alas construídas em torno de pátios internos e jardins, e lembra os claustros dos mosteiros e casas religiosas do passado. É, no entanto, muito moderno na simplicidade das linhas e materiais utilizados: pedra Manitoba Tyndall, bem como tijolo, vidro, aço e concreto. No seu interior, a capela tem a planta clássica de uma basílica romana, onde é possível contemplar a série de vitraisde Rault, criados em Rennes, França, para o antigo seminário de St. Albert Trail, juntamente com os catorze ladrilhos de pedra cinzenta, marcados com uma cruz, retirados da antiga capela e fixados nas paredes da nova estrutura.
Ao sul da capela se encontra a torre com os sinos, que leva o nome do sacerdote estadunidense que fundou os Cavaleiros de Colombo, padre Michael McGivney. A torre, com cerca de 22 m e encimada por uma cruz, é uma estrutura proeminente em aço e vidro, visível mesmo à noite do centro de Edmonton, do outro lado do River Valley. Ela contém cinco sinos abençoados por monsenhor J. Hamilton, vigário geral da Arquidiocese de Edmonton em 16 de junho de 2010. O seminário também conta com uma capela mais menor, principalmente para uso dos padres que aqui vivem todo o ano.
A residência do seminário inclui mais de 60 quartos para seminaristas, convidados e sacerdotes que estão envolvidos na formação, espaços para reuniões de grupo e áreas para atividades de lazer, um ginásio, uma sala de jogos e uma sala de estudos dedicada a São Jerônimo, patrono dos Estudos Bíblicos.
Fonte: Vatican News