O Papa Francisco se vê obrigado a adiar sua próxima viagem à África, que o teria levado à República Democrática do Congo e ao Sudão do Sul na primeira semana de julho, para uma data ainda a ser definida. Foi o que anunciou na manhã desta sexta-feira, 10 de junho, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni.
"Aceitando o pedido dos médicos - declarou - e para não comprometer os resultados das terapias no joelho ainda em andamento, o Santo Padre, com pesar, é obrigado a adiar a Viagem Apostólica à República Democrática do Congo e ao Sudão do Sul, prevista para realizar-se de 2 a 7 de julho, para uma nova data a ser definida."
A peregrinação à África previa duas etapas no Congo, na capital Kinshasa e na cidade de Goma, e uma no Sudão do Sul, na capital Juba.
- Francisco recebe a Presidente da Comissão Europeia
Na manhã desta sexta-feira (10/06) o Papa Francisco recebeu no Vaticano a Presidente da Comissão Europeia, Sra. Ursula von der Leyen. Segundo informações da Sala de Imprensa do Vaticano, após o encontro com o Papa Francisco a Presidente da Comissão encontrou-se com o Cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin, acompanhado pelo arcebispo Dom Paul Richard Gallagher, Secretário para as Relações com os Estados e as Organizações Internacionais.
Durante o cordial encontro na Secretaria de Estado, foi falado sobre as boas relações bilaterais e o compromisso comum de trabalhar pelo fim da guerra na Ucrânia, com particular atenção aos aspectos humanitários e às consequências alimentares da prorrogação do conflito.
Também foi falado sobre as conclusões da Conferência sobre o Futuro da Europa e suas consequências nos futuros assentamentos da União.
O Papa Francisco deu à Presidente da Comissão Europeia como presente, uma peça em bronze, com duas mãos que se apertam, tendo como pano de fundo a colunata de São Pedro, com uma mulher carregando uma criança e um barco de migrantes com a inscrição "Vamos encher nossas mãos com outras mãos". Enquanto que a Sra. Ursula von der Leyen presenteou o Pontífice com um livro sobre a escola Bauhaus e a foto de um projeto dedicado ao urbanismo sustentável.
- Presidente do Yad Vashem: o Papa um aliado na luta contra o antissemitismo
Linda Bordoni e Cecilia Mutual – Vatican News
O presidente do Yad Vashem, o Centro Mundial para a Memória do Holocausto em Jerusalém, Sr. Dani Dayan, foi recebido pelo Papa Francisco no Vaticano na quinta-feira (09). Após o encontro afirmou à Rádio Vaticano/Vatican News que foi mais um passo avante na luta contra o antissemitismo, descrevendo o Papa como um "amigo" e um "aliado" na missão de derrotar todas as formas de aversão, hostilidade ou preconceito contra o judaísmo.
Yad Vashem, é o Centro Mundial para a Memória do Holocausto com sede em Jerusalém, e é universalmente reconhecido como a principal fonte de educação, documentação e pesquisa sobre o Holocausto. Francisco visitou o Centro em 2014 durante sua visita à Terra Santa. Em seu discurso na ocasião o Papa implorou ao Senhor: "Dai-nos a graça de nos envergonharmos daquilo que, como homens, fomos capazes de fazer", e gritou "Nunca mais, Senhor, nunca mais!".
Destacando que foi o primeiro presidente do Yad Vashem a ser recebido pelo Papa Francisco, Dayan revelou que ambos são nativos de Buenos Aires e estavam felizes em poder conversar em sua língua materna, o espanhol. O presidente do Centro agradeceu ao Papa pela abertura dos arquivos do Vaticano sobre o pontificado de Pio XII (1939-1958).
De fato, em março de 2020, o Arquivo Apostólico Vaticano, juntamente com vários outros arquivos da Santa Sé, foi aberto à consulta de estudiosos. "Quando lhe agradeci pela abertura aos nossos pesquisadores dos arquivos do Vaticano do período relevante do Holocausto - disse Dayan, - o Papa disse com decisão: 'isto é fazer justiça, abrir os arquivos à pesquisa significa fazer justiça'". O Papa reiterou o que já afirmara: "A Igreja não tem medo da história, aliás, ama-a". Acrescentou também que estava bem ciente de que, como em qualquer outra sociedade, "naquele terrível período da humanidade, na Igreja, havia aqueles que agiram corretamente e aqueles que não agiram".
Dayan disse ainda que o Papa Francisco foi muito claro ao condenar o flagelo do antissemitismo e enfatizou a importância de continuar a combatê-lo para derrotá-lo. "Para Yad Vashem, que é dedicado à memória dos 6 milhões de judeus mortos pela Alemanha nazista e seus colaboradores, este é um momento histórico", disse o presidente do Centro. "Esta é a primeira vez que o Papa recebe o presidente do Yad Vashem em audiência privada", declarou, "e acredito que isto mostra ao mundo a importância que o Papa Francisco, líder da Igreja Católica, atribui à memória do Holocausto e à luta contra o antissemitismo".
No final da audiência, Dani Dayan disse que deu um presente a Francisco e que o Papa teve a gentileza de lhe dar um também, dizendo: "Nunca se esqueça que aqui você tem um amigo".
- Bispos brasileiros se encontram com o Papa no Vaticano
Silvonei José - Vatican News
Muitos brasileiros presentes na Audiência Geral com o Papa Francisco nesta quarta-feira na Praça São Pedro, entre eles o bispo emérito de Taubaté e presidente da Pró-Saúde, Dom Carmo João Rhoden que conversou com a Rádio Vaticano – Vatican News
Dom Carmo o encontro com Papa Francisco durante audiência geral é sempre uma experiência de unidade de amor e de encontrar o sucessor de Pedro...
“É claro que é, por quanto o Papa é sempre aquele que representa mais de perto o Cristo. Ele é e deve ser sempre o grande Bom Pastor. E como foi falado hoje se ressente disso. O povo tá um pouco perdido precisa de gente que dê mais carinho, que esteja mais perto, que saiba ouvir, que tenha uma palavra de entusiasmo, de carinho para com todos. E isso a gente percebe. O pode ter gente que o critique, porém, pela presença de tanta gente hoje ali num solzinho meio pesado, isso representa que a figura do Papa é importantíssima para o mundo. O pessoal se alegrava com ele e a gente também, é claro”...
Ainda presente na Audiência geral desta quarta-feira e no encontro com o Papa Francisco, o arcebispo emérito de Diamantina Dom João Bosco. Ele conversou com a gente...
Silvonei, muita satisfação em revê-lo e sobretudo depois dessa Audiência geral com o Santo Padre e estar com ele e vê-lo. Percebe-se que ele está muito atento e participando de toda Audiência, acompanhando com os olhos o que era falado e com suas colocações também muito oportunas para todos nós. Colocações que foram reproduzidas nas diversas línguas, sempre muito agradável. favor de voltou a falar também da recordando inclusive.
O Papa voltou a falar sobre a velhice e recordando Nicodemos e “renascer do alto”...
Justamente o valor da idade na vida das pessoas, tanto para aquelas receberam esse prêmio de Deus – velhice não é castigo - Cícero escreveu um livro muito interessante sobre a velhice e ele falava que a velhice também é uma doença, velhice não é doença, velhice é um dom de Deus. Que Deus conceda a todos a graça de chegar a maturidade da vida e poder assim, depois, dividir com os amigos a experiência acumulada ao longo dos anos. E assim os cabelos brancos não pesam..
Para o senhor tá pesando os cabelos brancos?...eu esqueço que os tenho”.
Conversamos também com dom Anuar Battisti, arcebispo emérito de Maringá que saudou o Papa Francisco nesta quarta-feira...
“É sempre bom a gente se reencontrar. Você Silvonei que ia fazer cobertura das Assembleias dos bispos lá em Aparecida, quem sabe este ano vai voltar... é esse o momento de comunicar os acontecimentos da Igreja e também da Igreja Brasil do através da Rádio Vaticano. E hoje essa graça de estar aqui em Roma participando dessa audiência pública do Papa Francisco, escutá-lo, vê-lo, receber a sua benção. Isso tudo é graça de graça de Deus. É graça para gente continuar firme e forte da Fé com coragem independentemente da idade. Como Nicodemos não precisa nascer de novo, mas sim nascer do Alto das coisas de Deus. Por isso que ele dizia que a melhor idade, a velhice, é que nos faz olhar para a eternidade, nos faz olhar para a eternidade, este olhar de esperança. Um olhar também de ternura, Eu penso aqui para nós que estamos na terceira idade é fundamental. Para nós vivermos e também para que a gente possa tratar de modo diferente também os idosos nas nossas comunidades, na nossa Igreja. Nossa Pastoral do idoso que existe na Igreja do Brasil, que essa atenção, esse carinho, este afeto pelos idosos, mas que todos nós possamos ter essa presença do amor de Deus, principalmente naquelas pessoas mais necessita.
Fonte: Vatican News