Cotidiano

Ouro perdido: estabelecimentos comercializavam ouro ilegalmente, em Oiapoque





A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (18), a operação Ouro Perdido, que investiga a exploração e comercialização de ouro extraído ilegalmente em garimpos clandestinos localizados no município de Oiapoque. Segundo as investigações, estabelecimentos comercializavam o ouro ilegalmente na cidade fronteiriça.

A ação contou com o apoio do Centro de Cooperação Policial, na Guiana Francesa, da Receita Federal, do Ministério Público Federal, da Força Aérea e do Exército Brasileiro.

Ao todo, 128 policiais federais deram cumprimento a 20 mandados de prisão temporária e 36 mandados de busca e apreensão nos municípios de Oiapoque e Macapá. Além disso, a ação também aconteceu nas cidades de Itaituba (PA), Goiânia (GO), São Paulo (SP), Guarulhos (SP), Jundiaí (SP) e Limeira (SP).

A Justiça Federal determinou também o bloqueio de R$ 146 milhões e a suspensão e proibição das atividades comerciais e financeiras dos investigados.

Assim como no Brasil, as autoridades francesas também realizaram uma série de medidas investigativas e fiscalizatórias, com a finalidade de combater a exploração e comércio ilegal de ouro clandestino.

A Polícia Federal e a Cooperação Policial e Jurídica Internacional trocaram informações sobre a possível pratica de crimes em território francês. De acordo com as investigações, estabelecimentos comerciais em Oiapoque eram destinos de ouros clandestinos da região fronteiriça entre Brasil, Guiana Francesa e Suriname.

Os estabelecimentos comerciais vendiam o ouro extraído ilegalmente para pessoas físicas e jurídicas de diversas regiões do país. Os nomes das pessoas envolvidas não foram revelados.

Os investigados responderão pela prática dos crimes de associação e organização criminosa, crimes financeiros, lavagem de dinheiro, receptação, usurpação de matéria prima da união e crimes tributários.