Cultura

O Papa: a Igreja na Amazônia testemunha a sinodalidade





Francisco se alegra pelo compromisso "das Igrejas Particulares da Amazônia Brasileira, por meio de suas comunidades, em levar adiante as indicações da última Assembleia Sinodal, testemunhando ao mesmo tempo, pela já enraizada e bela tradição dos encontros das Igrejas Locais, a vivência da sinodalidade – como expressão de comunhão, participação e missão – à qual toda a Igreja é chamada".

O Papa Francisco enviou uma carta aos participantes do IV Encontro da Igreja Católica na Amazônia Legal – 50 anos do Encontro de Santarém (1972 – 2022). O evento teve início nesta segunda-feira (06/06) e prossegue até o próximo dia 9, no Seminário Pio X, em Santarém (PA), com o objetivo de celebrar e recordar o Documento de Santarém que, 50 anos atrás, traçou linhas pastorais importantes para a missão da Igreja na Amazônia.

"Com o coração repleto de alegria e esperança, dirijo-me a todos os participantes do IV Encontro da Igreja Católica na Amazônia Legal, pois é motivo de especial alento para mim saber que sonhamos juntos “com comunidades cristãs capazes de se devotar e encarnar de tal modo na Amazônia, que deem à Igreja rostos novos com traços amazônicos”. Ao mesmo tempo, saber que esse encontro faz memória daquele ocorrido nesse mesmo local há 50 anos, é ocasião de intensa ação de graças ao Altíssimo pelos frutos da ação do Divino Espírito Santo na Igreja que está na Amazônia – durante estas últimas 5 décadas – e por quanto a mesma inspira", escreve o Papa na mensagem.

Francisco recorda que "aquele “Encontro de Santarém” propôs linhas de evangelização que marcaram a ação missionária das comunidades amazônicas e que auxiliaram na formação de uma sólida consciência eclesial. As intuições daquele encontro serviram também para iluminar as reflexões dos padres sinodais, no recente Sínodo para a região Pan-Amazônica, como recordei na Exortação Apostólica Pós-Sinodal Querida Amazônia, ao descrevê-lo como uma das “expressões privilegiadas” do caminhar da Igreja com os povos da Amazônia. De fato, nas conhecidas “linhas prioritárias”, frutos do recordado encontro, encontram-se esboçados os sonhos para a Amazônia que foram reafirmados no último sínodo".

O Papa se alegra pelo compromisso "das Igrejas Particulares da Amazônia Brasileira, por meio de suas comunidades, em levar adiante as indicações da última Assembleia Sinodal, testemunhando ao mesmo tempo, pela já enraizada e bela tradição dos encontros das Igrejas Locais, a vivência da sinodalidade – como expressão de comunhão, participação e missão – à qual toda a Igreja é chamada". Francisco recorda "com carinho e gratidão a participação intensa dos que vieram do Brasil a Roma trazendo vitalidade, força e esperança para as sessões do Sínodo de 2019".

"Sejam corajosos e audaciosos", exorta Francisco, "abrindo-se confiadamente à ação de Deus que tudo criou, nos deu a si mesmo em Jesus Cristo, e nos inspira através do Espírito a anunciar o Evangelho com novo empenho e a contemplar a beleza da criação, ainda mais exuberante nessas terras amazônicas, onde se experimenta a presença luminosa do Ressuscitado".

"Ao depositar tais votos aos pés de Nossa Senhora de Nazaré, Rainha da Amazônia – que jamais nos abandona nas horas escuras, envio-lhes, queridos irmãos e irmãs, de todo o coração, a Benção Apostólica, pedindo também que, por favor, continuem a rezar por mim e pela missão que o Senhor me confiou", conclui o Papa.

 

- Francisco: construamos um futuro inclusivo para migrantes e refugiados

“O que significa colocar os mais vulneráveis no centro?” Esta é a pergunta do Papa Francisco no vídeo publicado no âmbito da campanha de comunicação promovida pela Seção Migrantes e Refugiados do Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral da Santa Sé, em vista do 108º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado. O evento será celebrado no domingo 25 de setembro de 2022

No vídeo, em vista do 108º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado que será celebrado no domingo 25 de setembro de 2022, o Papa Francisco exorta a construir um futuro inclusivo, um futuro para todos no qual ninguém deve ser excluído, especialmente os mais vulneráveis, incluindo migrantes, refugiados, pessoas deslocadas e vítimas do tráfico. Além disso, o Santo Padre faz a todos uma pergunta direta: O que significa colocar os mais vulneráveis no centro?

Junto com o Papa, também o testemunho de uma jovem migrante venezuelana, Ana, que graças à ajuda da Igreja reconstruiu uma nova vida no Equador junto com sua família.

Todos estão convidados a responder à pergunta do Papa Francisco enviando sua própria contribuição, com um pequeno vídeo ou foto, para media@migrants-refugees.va ou respondendo diretamente nas redes sociais da Seção de Migrantes e Refugiados.

Todo o material da campanha de comunicação está disponível na página dedicada do site e pode ser livremente baixado, publicado, utilizado e compartilhado.

“Durante a preparação do 108º Dia Mundial do Migrante e Refugiado, a Seção de Migrantes e Refugiados", esclarece uma nota, "terá o prazer de receber das Igrejas locais e dos protagonistas católicos testemunhos escritos ou em vídeos e fotografias que apresentem o compromisso comum com o cuidado da pastoral de migrantes e refugiados".

Fonte:.Vatican News