Política

G7 firma acordo para proibir importação de petróleo russo





O G7, grupo dos países mais desenvolvidos do mundo, anunciaram neste domingo (8.mai.2022) o compromisso de proibir ou eliminar gradualmente as importações de petróleo da Rússia.

A decisão foi anunciada pelos integrantes do G7 (França, Alemanha, Canadá, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos) depois de reunião com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para discutir a guerra da Rússia contra a Ucrânia.

Na declaração conjunta divulgada depois do encontro, os líderes não especificaram como será aplicada a nova sanção, apenas afirmaram que “trabalharemos juntos e com nossos parceiros para garantir suprimentos globais de energia estáveis ​​e sustentáveis ​​e preços acessíveis para os consumidores, inclusive acelerando a redução de nossa dependência geral de combustíveis fósseis e nossa transição para energia limpa de acordo com nossos objetivos climáticos”.

O grupo reforçou “a total solidariedade e o apoio à corajosa defesa da Ucrânia de sua soberania e integridade territorial, e sua luta por um futuro pacífico”, diz o comunicado.

O G7 também disse a Zelenskyy que está de prontidão para “assumir novos compromissos para ajudar a Ucrânia a garantir seu futuro livre e democrático”para que o país tenha condição de “se defender agora e impedir futuros atos de agressão”.  Os líderes afirmaram que vão continuar a fornecer assistência militar e de defesa às Forças Armadas da Ucrânia.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já havia proibido a importação de petróleo, gás natural e carvão da Rússia no início de março.

“Não vamos mais aceitar o petróleo russo nos portos norte-americanos. Nós não vamos mais subsidiar as importações de Putin”, afirmou o presidente norte-americano.

A Europa, por outro lado, é muito dependente do gás e do petróleo russo, e deve continuar discutindo formas de reduzir a dependência energética.

NOVAS SANÇÕES DOS EUA

No mesmo dia da reunião com o G7, os Estados Unidos anunciaram sanções a 7 executivos da Gazprombank, banco que atua nos negócios da principal exportadora de gás natural da Rússia; e a 3 estações de televisão controladas pelo Estado russo. As emissoras afetadas são “Joint Stock Company Channel One Russia”, “Television Station Russia-1” e “Joint Stock Company NTV Broadcasting Company”—as maiores receptoras de receitas estrangeiras e alimentam as receitas da Rússia.

O país ainda impôs restrições a aproximadamente 2.600 vistos de funcionários russos e bielorrussos.

 

- No aniversário da 2ª Guerra, Zelenskiy diz que o mal voltou à Ucrânia

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse neste domingo (8) que o mal havia retornado à Ucrânia, mas que Kiev prevalecerá, em um discurso emocionado no momento que a Europa marca a rendição da Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.

A invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro, que já matou milhares e deslocou milhões de pessoas, terminou 77 anos de paz, disse ele no Dia da Memória e Reconciliação da Ucrânia. A Ucrânia lutou ao lado da Rússia como parte da União Soviética na Segunda Guerra Mundial.

Seu discurso em vídeo, gravado em frente a edifícios de apartamentos carbonizados por ataques de mísseis russos, aconteceu um dia antes do líder do Kremlin, Vladimir Putin, comemora a vitória soviética com um vasto desfile militar.

"A escuridão voltou à Ucrânia décadas após a Segunda Guerra Mundial. O mal voltou", disse Zelenskiy. "De uma forma diferente, sob slogans diferentes, mas com o mesmo propósito"

"Nenhum mal pode escapar da responsabilidade, ele não pode se esconder em um bunker", disse.

O líder nazista Adolf Hitler passou os últimos dias de sua vida em um bunker em Berlim, onde cometeu suicídio nos últimos dias da guerra.

Zelenskiy não nomeou Putin em todo seu discurso, mas usou uma linguagem firme para expressar seu horror perante a devastação.

Moscou chama suas ações de uma "operação especial" para desarmar a Ucrânia e livrá-la do que a Rússia chama de "nazistas" e do nacionalismo anti-russo fomentado pelo Ocidente.

A Ucrânia e o Ocidente dizem que a Rússia lançou uma guerra de agressão sem provocação e descartam a retórica sobre os nazistas como propaganda.

Fonte: Poder360 - Agência Brasil