Cultura

O Papa: confiemos a Maria a paz na Europa





Na audiência geral desta quarta-feira (04), Francisco, recordando que o mês de maio é dedicado à Mãe de Deus, exortou as pessoas a rezarem o terço todos os dias. E saudando os fiéis nas principais línguas da audiência, também em português, pediu-lhes que confiassem a paz no continente europeu à Virgem Maria

No mês de maio, que começamos há pouco, o povo de Deus expressa com particular intensidade sua devoção à Virgem Maria. Neste mês tradicionalmente mariano, o Papa exorta as pessoas a rezarem o terço todos os dias. Nesta manhã, na audiência geral, dirigindo-se aos peregrinos na sua saudação em italiano, o Santo Padre convidou "todos a venerar a Mãe de Jesus com confiança filial: olhar para ela como mestre de oração e de vida espiritual". As mesmas palavras foram também dirigidas por Francisco aos fiéis de língua portuguesa:

Começamos há pouco o mês de maio, que tradicionalmente chama o povo cristão a multiplicar os gestos diários de veneração à Virgem Maria. O segredo da sua paz e coragem era esta certeza: ‘a Deus, nada é impossível’. Precisamos aprender isto com a Mãe de Deus; mostremo-nos agradecidos, rezando o terço todos os dias. Que Deus vos abençoe e Nossa Senhora vos proteja!

Confiar a paz na Europa a Maria

Ao saudar os fiéis de língua alemã, o Papa disse ainda:

Convido-vos a invocar sua intercessão por suas intenções pessoais, pelas intenções da Igreja e pela paz no mundo”.

Por fim, o Papa Francisco recordou que ontem, na Polônia, foi celebrada a solenidade da Bem-Aventurada Virgem Maria, Rainha do país. Aos fiéis poloneses, ele dirigiu estas palavras:

Em Jasna Góra vós recordastes do Beato Cardeal Wyszyński, que vos ensinou a confiar em Maria nos momentos mais difíceis da sua história. Seguindo seu exemplo, confiem à Santíssima Virgem o destino de sua pátria e a paz na Europa”.

 

- Papa: A fé não é "coisa de velho", merece respeito e honra

Diante de milhares de peregrinos na Praça São Pedro, Francisco afirmou que a fé não é "coisa de velho", mas "coisa de vida". E se desculpou por saudar os fiéis sentado devido ao problema no joelho.

Bianca Fraccalvieri – Vatican News

A fé merece respeito e honra: no ciclo de catequeses sobre a velhice, o Papa Francisco propôs esta quarta-feira (04/05) um episódio envolvendo o personagem bíblico Eleazar.

Um decreto do rei Antíoco Epífanes obrigava os judeus a comer carne imolada aos ídolos. Os executores do decreto, pela amizade que nutriam por Eleazar, sugeriam-lhe fingir que a comia, mas sem realmente o fazer; deste modo teria a vida salva. “Uma hipocrisia religiosa”, definiu o Papa. Afinal – insistiam eles – era um gesto mínimo, insignificante. Não é assim! – retorquiu Eleazar.

Um idoso que concordasse em considerar irrelevante a prática da fé, levaria os jovens acreditar que a fé não tem verdadeira relação com a vida, tratando-se apenas de um conjunto de atitudes e costumes que poderiam, em caso de necessidade, ser simulados ou disfarçados.

Tal comportamento não honraria a fé, mesmo diante de Deus, e o efeito desta banalização seria devastador para os jovens. Uma pessoa idosa, que tivesse vivido os seus dias na coerência da fé e agora aceitasse fingir, levaria a nova geração a pensar que tal fé não tem uma relação com a vida, que era uma ficção, uma cobertura externa que poderia ser abandonada com a desculpa de manter a fé dentro de si mesma.

A fé merece respeito e honra

A antiga gnose heterodoxa, "que está na moda em muitos centros de espiritualidade", teorizava precisamente isto: que a fé é uma espiritualidade, não uma prática; uma força da mente, não uma forma de vida. 

“A fé é outra coisa”, disse o Papa, sobretudo aquela cristã, que é realística. "A fé cristã não é só dizer o Credo", acrescentou, é pensar, sentir e fazer o Credo. É agir com as mãos. E nunca pode ser reduzida a um conjunto de regras alimentares ou práticas sociais.

“A fé merece respeito e honra até ao fim: mudou a nossa vida, purificou a nossa mente, ensinou-nos a adoração a Deus e o amor ao próximo. É uma bênção para todos! Toda a fé, não somente uma parte.”

A fé não é "coisa de velho"

Não podemos trocá-la por um punhado de dias tranquilos, como testemunhou Eleazar. Com humilde firmeza, concluiu Francisco, demonstraremos, precisamente na velhice, que acreditar não é "coisa de velhos". "Não! É coisa de vida!"

O Pontífice se dirigiu diretamente aos idosos: "Por favor, olhemos para os jovens. Eles nos olham, não se esqueçam disto. (...) E a nossa coerência pode abrir uma estrada de vida belíssima a eles. E o contrário, uma eventual hipocrisia, fará tanto mal. Rezemos uns pelos outros. Que Deus abençoo todos os idosos."    

 

- O Papa: do patrimônio cultural uma importante contribuição à fé

Mensagem do Pontífice aos participantes de uma Conferência sobre o patrimônio cultural dos Institutos de Vida Consagrada, com o tema: "Carisma e criatividade. Catalogação, gestão e projetos inovadores para o patrimônio cultural das comunidades de Vida Consagrada"

Amedeo Lomonaco – Vatican News

O Papa Francisco enviou uma mensagem aos participantes da Conferência sobre o patrimônio cultural dos Institutos de Vida Consagrada, promovida pela Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica e pelo Pontifício Conselho para a Cultura, com a colaboração da Conferência Episcopal Italiana, da Pontifícia Universidade Gregoriana e da Universidade de Bolonha. Na mensagem o Pontífice sublinhou: "Os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, de fato, têm sido e continuam sendo promotores de arte e cultura a serviço da fé, guardiães de uma parte muito significativa do patrimônio cultural da Igreja e da humanidade: arquivos, livros, obras artísticas e litúrgicas, os próprios edifícios". O valor que assumem "consiste essencialmente em sua capacidade de transmitir um significado religioso, espiritual e cultural que, para o patrimônio cultural dos Institutos de Vida Consagrada, consiste sobretudo no reconhecimento da relação que eles têm com a história, a espiritualidade e as tradições das Comunidades específicas, na prática com seu carisma".

A preservação é um compromisso, mas também uma oportunidade

A conferência internacional, organizada em Roma em 4 e 5 de maio com a participação da União Internacional de Superiores Gerais, da União de Superiores Gerais e da Secretaria de Assistência às Monjas, está centrada no tema: "Carisma e criatividade". O evento tem como objeto o patrimônio cultural das comunidades de vida consagrada em todas as suas expressões e visa consolidar e tornar efetivas as ações de proteção e valorização compartilhadas com todos os envolvidos neste patrimônio cultural. 

“Desde o início do meu Pontificado", escreve Francisco, "tenho chamado a atenção para a gestão dos bens temporais eclesiásticos, na convicção de que, como o administrador fiel e prudente, tem-se a tarefa de cuidar cuidadosamente do que lhe foi confiado. A necessidade e, às vezes, o peso da conservação, pode se tornar uma oportunidade para renovar, repensar o próprio carisma, recompô-lo no atual contexto sócio-cultural e planejá-lo para o futuro". O Pontífice reiterou o que foi dito na primeira conferência promovida pela Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica: "A fidelidade ao carisma fundador e ao consequente patrimônio espiritual, juntamente com os objetivos próprios de cada Instituto, continuam sendo o primeiro critério para avaliar a administração, a gestão e todas as intervenções feitas nos Institutos, em qualquer nível".

Bens a serem catalogados e administrados

Apontando para a necessidade de identificar, antes de tudo, "elementos específicos de compreensão destes bens, de modo a definir suas características históricas, espirituais, teológicas, eclesiológicas e jurídicas", o Papa afirma que é necessário "promover a catalogação dos bens em sua totalidade e variedade (arquivos, livros, arte móvel e imóvel)". A catalogação é necessária "por razões de serviço à cultura, transparência de gestão e prudência, considerando os milhares de perigos naturais e humanos aos quais esses frágeis tesouros estão expostos". Também é importante "abordar as questões envolvidas na gestão dos bens culturais, tanto em termos de sua sustentabilidade econômica quanto da contribuição que podem dar à evangelização e ao aprofundamento da fé".

O abandono do patrimônio

Na mensagem, Francisco destaca a necessidade de focalizar "a reutilização de bens imóveis abandonados, uma necessidade que hoje é ainda mais urgente devido não só à contração numérica das comunidades de vida consagrada e a necessidade de encontrar os recursos necessários para cuidar das irmãs e dos irmãos idosos e doentes, mas também, em particular, os efeitos da aceleração das mudanças legislativas e os requisitos necessários para a adaptação". O abandono também é causado pelo "peso econômico da manutenção e preservação ordinária e extraordinária suportada por essas comunidades, especialmente na Europa". O problema deve ser enfrentado "não com decisões imprevistas ou precipitadas, mas com uma visão geral e um planejamento de longo prazo, e possivelmente também através do uso de profissionais com experiência comprovada". O abandono do patrimônio é uma "questão particularmente sensível e complexa, que pode atrair interesses enganosos por parte de pessoas inescrupulosas e ser uma ocasião de escândalo para os fiéis". “Daí", conclui a mensagem, "a necessidade de agir com grande prudência e cautela e também de criar estruturas institucionais para acompanhar as comunidades menos equipadas".

 

- Papa ao Primeiro-Ministro japonês: inconcebível o uso e posse de armas nucleares

Mais um forte apelo do Papa Francisco contra o uso de armas nucleares durante a audiência desta manhã (04) ao Primeiro-Ministro do Japão, Fumio Kishida. Suas palavras reiteram seu pensamento já dito em várias ocasiões sobre as armas nucleares

Na manhã desta quarta-feira (04), antes da audiência geral, Francisco encontrou-se com o Primeiro-Ministro do Japão, Fumio Kishida. “No encontro, que durou cerca de 25 minutos – segundo o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé –, falou-se de armas nucleares e do quanto seja inconceptível seu uso e posse”.

Muitas vezes o Papa, seguindo os passos de seus antecessores, indicou o caminho do desarmamento e reiterou o quanto é "imoral" a própria posse de armas nucleares, o quanto isso representa uma "ameaça". Isso foi dito em 10 de novembro de 2017 durante seu discurso aos participantes do Simpósio Internacional sobre Desarmamento: a existência de armas nucleares - disse naquela ocasião - "é funcional à lógica do medo que não diz respeito apenas às partes em conflito, mas a todo o gênero humano. As relações internacionais não podem ser dominadas pela força militar, pelas intimidações recíprocas, pela ostentação dos arsenais bélicos. As armas de destruição de massa, em particular as atômicas – acrescentara o Papa - não podem constituir a base da convivência pacífica entre os membros da família humana, que ao contrário deve inspirar-se numa ética de solidariedade”.

Dois anos mais tarde, durante sua viagem apostólica ao Japão, falando no Memorial da Paz em Hiroshima, em 24 de novembro de 2019, recordava o "crime" do uso da energia atômica para fins bélicos "não apenas contra o homem e sua dignidade, mas contra qualquer possibilidade de futuro em nossa casa comum. O uso da energia atômica para fins de guerra é imoral, assim como é imoral a posse de armas atômicas". Diante do cenário de morte que a bomba atômica deixou no Japão e falando com os sobreviventes das terríveis explosões em Hiroshima e Nagasaki de agosto de 1945, Francisco repetiu que se realmente quisermos construir uma sociedade mais justa e segura, devemos deixar que as armas caiam de nossas mãos: "As novas gerações erguer-se-ão como juízes da nossa derrota por havermos falado de paz, mas não a termos realizado com as nossas ações entre os povos da terra. Como podemos falar de paz, enquanto construímos novas e tremendas armas de guerra? Como podemos falar de paz, enquanto justificamos certas ações ilegítimas com discursos de discriminação e ódio?”.

Uma ameaça à existência e à esperança do homem

Voltando ao Japão com a memória, também por ocasião do 75º aniversário do bombardeio, o Papa havia falado sobre o assunto em 2020, em 6 de agosto, e depois, em 9 de janeiro, encontrando-se com o corpo diplomático. Na ocasião havia reiterado "o horror que nós seres humanos somos capazes de infligir a nós mesmos", expressando a esperança de que a consciência humana se tornaria cada vez mais forte contra toda a vontade de domínio e destruição, especialmente aquele provocado por armas de tão grande força destruidora, como as armas nucleares. Estas não só fomentam um clima de medo, desconfiança e hostilidade, mas também destroem a esperança. Ainda em janeiro deste ano, em seu discurso aos embaixadores da Santa Sé, Francisco também acrescentou um apelo à comunidade internacional para "dar um passo decisivo” na construção de um mundo livre de armas nucleares, é ‘possível e necessário’: "As armas nucleares são instrumentos inadequados e impróprios para responder às ameaças à segurança no século XXI" e "sua posse é imoral". "A sua fabricação desvia recursos que deveriam ser empregues na perspectiva de um desenvolvimento humano integral e a sua utilização, além de produzir consequências humanitárias e ambientais catastróficas, ameaça a própria existência da humanidade".

 

- O Papa nomeia novo bispo para Diocese de Iguatu, no Ceará

Trata-se de padre Geraldo Freire Soares, C.SS.R., até agora vice-pároco e formador em Arapiraca, na Diocese de Penedo, em Alagoas. Tendo feito sua profissão religiosa em 11 de fevereiro de 1996 na Congregação do Santíssimo Redentor, foi ordenado sacerdote em 1º de julho de 2000

O Santo Padre nomeou esta quarta-feira, 04 de maio, bispo da Diocese de Iguatu, no Estado do Ceará, o padre Geraldo Freire Soares, C.SS.R., até agora vice-pároco e formador em Arapiraca, na Diocese de Penedo, em Alagoas.

Formação

Monsenhor Geraldo Freire Soares, C.SS.R., nasceu em 6 de janeiro de 1967 em Sertânia, Diocese de Pesqueira, no Estado de Pernambuco. Estudou Filosofia no Instituto Salesiano de Filosofia em Recife, Pernambuco, e Teologia no Instituto São Paulo de Estudos Superiores-ITESP em São Paulo. Fez sua profissão religiosa em 11 de fevereiro de 1996 na Congregação do Santíssimo Redentor e foi ordenado sacerdote em 1º de julho de 2000.

Encargos desempenhados em seu ministério sacerdotal

Dentro da Vice-Província Redentorista de Recife foi formador em Campina Grande, na Paraíba, e Arapiraca, em Alagoas, e ecônomo e superior por três mandatos. Além disso, foi vigário paroquial de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em Campina Grande e pároco do Sagrado Coração de Jesus em Natal, no Rio Grande do Norte, naquela Arquidiocese Metropolitana, onde também foi vigário episcopal dos Religiosos.

Até agora era vice-pároco e formador em Arapiraca, na Diocese de Penedo, no Estado de Alagoas.

Fonte: Vatican News