Economia

Prévia do PIB sobe 0,34% em fevereiro, diz BC





A prévia do PIB (Produto Interno Bruto) subiu 0,34% em fevereiro contra janeiro, divulgou o BC (Banco Central) nesta 2ª feira (2.mai.2022). O resultado do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) da autoridade monetária veio dentro das expectativas do mercado financeiro, que estimava crescimento de 0,04% a 0,64% no mês. Eis a íntegra do relatório (48 KB).

A greve dos funcionários do Banco Central atrasou a divulgação do indicador em duas semanas. Estava previsto para 19 de abril. A paralisação tem postergado o resultado de outros índices financeiros e econômicos da autoridade monetária. Os atos devem retomar a partir de 3ª feira (3.mai.2022).

O Banco Central havia informado, em março, que o indicador de janeiro tinha caído 0,99%. Revisou o percentual para uma queda de 0,73%. No 1º bimestre, a economia cresceu 0,44% em relação ao mesmo período de 2021. Já em 12 meses, a prévia do PIB cresceu 4,82%.

O IBC-Br

Divulgado todos os meses desde 2010, o IBC-Br é uma medição antecedente do crescimento econômico do país. O índice incorpora estimativas para a agropecuária, indústria e serviços, assim como impostos sobre os produtos.

Já o PIB oficial do país é medido pelo IBGE e considera o resultado de todos os bens e serviços produzidos pelo país em 1 determinado período.

 

Confira outras notícias 

- Inflação projetada pelo mercado para 2022 sobe pela 16ª semana

O mercado financeiro voltou a subir suas projeções para a inflação deste ano, de acordo com o Relatório Focus divulgado hoje (2) pelo Banco Central. Pelas novas estimativas, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar o ano em 7,89%. Essa foi a 16ª alta consecutiva.

Há uma semana, a projeção para o índice estava em 7,65%, e há quatro semanas, em 6,97%. O patamar atual encontra-se acima da meta oficial para a inflação deste ano, que é de 3,5% com tolerância de 1,5% para mais ou para menos.

As projeções para 2023 subiram ligeiramente. Para o mercado financeiro, no ano que vem a inflação deve fechar em 4,1% (4% há uma semana). Para 2024, a estimativa permaneceu em 3,2%.

Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todos os bens e serviços produzidos –, a previsão segundo o Focus é que a economia do país cresça 0,7% neste ano. Na semana passada, a expectativa era de 0,65%, e há um mês, 0,52%.

Nesta semana, as estimativas relativas à taxa de juros Selic (13,25% ao ano ao fim de 2022) e o câmbio (dólar a R$ 5,00 em dezembro) ficarão estáveis. Para 2023, contudo, a expectativa é que a Selic fique em 9,25% ao ano, contra 9% da semana passada. A projeção para o câmbio ao fim do ano subiu de R$ 5,00 para R$ 5,04 para um dólar.

Esta é a segunda divulgação semanal do Boletim Focus desde a interrupção da greve dos servidores do Banco Central, que fez o relatório deixar de ser divulgado por três semanas. Por reivindicações salariais, os funcionários ameaçam voltar a cruzar os braços amanhã (3).

 

- Servidores do Banco Central retomam estado de greve nesta terça-feira - Congresso em Foco

Os servidores do Banco Central retornam ao estado de greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira (3).

“As razões principais foram o descumprimento por parte do presidente do BC em conseguir em abril/2022 uma reunião entre o sindicato e o Ministro Ciro Nogueira, a não apresentação de uma proposta alternativa aos 5% e a não apresentação de uma proposta sobre a parte não-salarial de nossas demandas”, disse o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Fábio Faiad.

A greve dos servidores foi aprovada em Assembleia no final da última semana. Até a manhã desta segunda-feira (2) não estavam previstas reuniões com a equipe do governo para tentar um acordo.

Os servidores da autoridade monetária estiveram em greve do dia 1 de abril até o dia 19, quando decidiram converter a paralisação em uma operação padrão. Eles reinvidicavam reajuste salarial e de 27% já no primeiro semestre deste ano.

Na mesma linha, no final da semana passada, as categorias policiais federais divulgaram uma dura nota reafirmando a interpretação de que o presidente Jair Bolsonaro quebrou o compromisso feito com eles no ano passado, quando prometeu reestruturar as carreiras e até reservou R$ 1,7 bilhão no Orçamento para isso.

Mais recentemente, Bolsonaro, diante da reação dos demais servidores, recuou dessa promessa e acenou com um reajuste linear de 5% para todo o funcionalismo. Uma solução que não agradou as demais categorias e desagradou profundamente os policiais.

Esta semana, estão previstas assembleias dos policiais para definir se avançam para paralisações e outros atos.

Fonte: Poder360 - Agência Brasil - Congresso em Foco