Política

Lula pede desculpa após fala sobre policiais:





O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu desculpa, durante ato pelo Dia do Trabalhador hoje na praça Charles Muller, em São Paulo, após sua fala sobre policiais em um evento ontem. Na ocasião, o petista disse: "Ele [Bolsonaro] não gosta de gente, ele gosta de policial".

"Quero aproveitar e pedir desculpa aos policiais desse país, porque, muitas vezes, cometem erros, mas muitas vezes salvam muita gente do povo trabalhador. Temos que tratá-los como trabalhadores nesse país", disse, ao lado de lideranças sindicais e políticas.

"Resolvi pedir desculpas junto a vocês porque, nesse país, não é habitual pedir desculpa. Eu, por exemplo, estou esperando que as pessoas que me acusaram o tempo inteiro peçam desculpas".

Além de viralizar nas redes sociais, a gafe cometida por Lula foi criticada por Bolsonaro. O presidente usou as redes sociais para responder à fala do petista e afirmar que defende "o cidadão de bem'.

Sem citar Lula, Bolsonaro publicou um vídeo antigo no qual ele fala sobre redução da maioridade penal, chama detentos de "vagabundos" e defende a legítima defesa no campo contra o MST.

"Enquanto uns acham que policial não é gente e que tem que soltar jovens ladrões, traficantes e latrocidas, nós sempre defendemos o cidadão de bem", escreveu.

Lula diz que "milicianos de Bolsonaro" podem ter matado Marielle Franco

O ex-presidente Lula também reservou parte do seu discurso para criticar seu principal adversário na disputa presidencial, o atual mandatário, Jair Bolsonaro (PL). Ele disse que, "quem sabe", milicianos ligados ao chefe do Executivo mataram a ex-vereadora carioca Marielle Franco.

"Esse atual dirigente, que eu chamo de fascista e genocida, nunca se reuniu com dirigentes sindicais, governadores, prefeitos, movimentos sociais. Esse cidadão só governa para, quem sabe, os milicianos dele e alguns, quem sabe, com responsabilidade pela morte de Marielle [Franco, ex-vereadora carioca assasinada]".

Na fala, Lula também defendeu a garantia de direitos aos trabalhadores de aplicativo. O petista disse que eles são escravizados pelas empresas.

"A gente vai ter que sentar numa mesa e regulamentar a vida das pessoas que trabalham com aplicativo. A gente vai ter que dizer que esses companheiros que trabalham com aplicativo não podem ser tratados como se fossem escravos".

Lula diz que está "tudo formalizado" sobre eleição

Apesar de começar o discurso explicando à militância que não poderia falar sobre eleição, por causa da legislação eleitoral, o ex-presidente Lula disse que já está "tudo formalizado" sobre o pleito, sugerindo uma vitória.

"Logo, logo vai estar tudo formalizado e vamos acordar num belo dia do mês de outubro agradecendo a Deus pela liberdade, porque a liberdade finalmente abriu as asas sobre o povo brasileiro e vamos voltar a ser um país civilizado, as instituições vão se respeitar", afirmou o petista.

Pesquisa PoderData divulgada hoje pelo site Poder360 aponta o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na liderança da disputa pela Presidência, com 41% das intenções de voto. O presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição, aparece em segundo, com 36%, uma diferença de cinco pontos percentuais.

 

 

-Alguém melhor que Bolsonaro vai ganhar as eleições, diz Lula

O pré-candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que alguém melhor que o presidente Jair Bolsonaro (PL) vai ganhar as eleições. Deu as declarações durante ato que celebra o Dia Internacional do Trabalhador, em São Paulo, neste domingo (1º.maio.2022). O petista também afirmou que ainda não é candidato, mas que vai confirmar a chapa no próximo sábado, 7 de maio.

O ato foi marcado pelas críticas aos militares no governo Jair Bolsonaro, taxa de desemprego elevada, encarecimento dos preços nos supermercados e redução da renda dos trabalhadores. Veja fotos das manifestações contra o governo pelo país.

“Vocês se preparem porque é muito fácil vocês ficarem na rua xingando o presidente. Eu ainda não sou candidato. Mas se preparem se preparem porque alguém melhor do que o presidente vai ganhar as eleições. E aí em vez de vocês ficarem xingando o presidente da rua, vocês vão ser convidados para sentar numa mesa de negociação para gente restabelecer as condições de respeito aos direitos do trabalhador”, disse o ex-presidente. Assista (3min10): 

Lula também declarou que tem esperança de acordar em outubro com a visão de um novo país. “Nós vamos acordar num belo dia de outubro e vamos agradecer que a liberdade abriu as asas sobre o povo brasileiro”, disse.

Pesquisa PoderData realizada de 24 a 26 de abril de 2022 mostra Lula com 41% das intenções de voto para o 1º turno das eleições de 2022. Em 2º lugar está Bolsonaro, com 36%. A diferença, de 5 pontos percentuais, é a mesma registrada na rodada de 15 dias antes.

A pesquisa foi realizada por meio de ligações para telefones celulares e fixos. Foram 3.000 entrevistas em 283 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, e o intervalo de confiança é de 95%.

O estudo foi realizado com recursos próprios do PoderData, empresa de pesquisas que faz parte do grupo de mídia Poder360 Jornalismo. A pesquisa está registrada no TSE sob o número BR-07167/2022.

ALIADOS CRITICAM BOLSONARO

Em discurso, Fernando Haddad, candidato do PT ao Palácio do Planalto em 2018, disse que o país está num momento “delicado” e as centrais sindicais estão “sendo destruídas” pelo governo Bolsonaro. “O trabalhador tem menos serviços públicos a sua disposição. Nós temos 5 meses até as eleições. Só quero deixar um recado. Nós temos 5 meses [para virar votos]. Vamos recolocar o Brasil na mão dos trabalhadores e tirar da mão dos fascistas. Viva o 1º de maio. Viva o trabalhador“, afirmou.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse que o governo Jair Bolsonaro não tem projeto para o país. Culpou ele pelos preços altos da gasolina, diesel, gás de cozinha e comida. Chamou o chefe do Executivo de genocida.

“Nós lutamos pela democracia, pelas nossas instituições, pelo voto na urna eletrônica, mas sobretudo a democracia tem que ser consistente para vida do povo. Democracia para nós é ter direito ao emprego, é ter direito a renda, é ter direito a comida, é ter direito a saúde, é ter direito a educação, é isso que nós queremos”, disse Gleisi.

O deputado federal Ivan Valente (PSol-SP) afirmou que o 1º de maio é um “dia de luto e luta da trabalhador brasileiro”. Disse que Bolsonaro representa a destruição dos diretos trabalhistas, da democracia e do meio ambiente.

Atos das centrais sindicais

A manifestação na Praça Charles Miller, no Pacaembu, contou com a presença do ex-presidente Lula, da presidente nacional do PT Gleisi Hoffmann, do ex-ministro Fernando Haddad, do vereador Eduardo Suplicy, dos deputados federais Orlando Silva (PCdoB-SP) e Ivan Valente (PSol-SP) e do coordenador do MTST Guilherme Boulos. O ato foi organizado pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) e outras centrais.

O evento teve como tema “Emprego, Direitos, Democracia e Vida”. Shows de Daniela Mercury, Francisco El Hombre, Leci Brandão, Dexter e DJ KL Jay marcaram presença no ato.

 

Fonte: UOL - Poder360