Política

Em live, Bolsonaro culpa governadores por inflação e combustíveis





"O que os governadores que são simpáticos ao Lula fizeram? Impuseram as maiores medidas restritivas em todo país", atacou o presidente. Em mensagem aos caminhoneiros, ele disse que zerou imposto federal do diesel

Em tom de campanha, o presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou, durante live sobre o preço dos combustíveis no Brasil e a alta da inflação. O chefe do Executivo responsabilizou, mais uma vez, os governadores pela crise econômica no país.

“Inflação tá no mundo todo. Essa crise, esses problemas, né, a pandemia. A péssima condução por parte de muitos governadores levou a esse caos. Se não fôssemos nós, ao conceder o auxílio emergencial lá em 2020, e uma parte de 2021, como estariam as pessoas?”, disse.

“E, agora, vêm uns candidatos aí, que nem são governadores, e querem colocar a culpa em mim. Na inflação, nos combustíveis, no preço da energia elétrica. O que os governadores que são simpáticos ao Lula fizeram? Impuseram as maiores medidas restritivas em todo país”, afirmou o presidente.

Jair Bolsonaro ainda atacou a política do presidente da Argentina, Alberto Fernández. “Na nossa querida Argentina, se cria mais um imposto sobre lucros inesperados. Eu não sei o que é isso. Lamentavelmente ladeira abaixo. Na Argentina também, de acordo com o jornal Jovem Pan, o preço da carne aumentou 235% no governo Fernandez. A Argentina é um produtor e exportador de carne. No Brasil aumentou? Aumentou. Mas não foi tudo isso”, comparou.

No Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, chegou a 1,73% em abril deste ano. O resultado ficou acima das taxas de março deste ano e de abril de 2021. Essa é a maior variação mensal desde fevereiro de 2003 (2,19%) e a maior para um mês de abril desde 1995 (1,95%).

Caminhoneiros

Bolsonaro ainda fez um aceno aos caminhoneiros. Antiga aliada do presidente, a categoria se sente traída pelo governo. “Deixar bem claro para os caminhoneiros: o imposto do diesel, eu zerei. Eu gostaria que os governadores fizessem algo parecido. Eu sei que os governadores de Rondônia, de Roraima, diminuíram um pouco o preço dos combustíveis, levando em conta o que podem diminuir: o ICMS e tudo mais”, disse.

 

- Militares tentarão “convencer” TSE de propostas, diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que representantes das Forças Armadas continuarão a ter reuniões para “convencer” o TSE de sugestões para as eleições deste ano.

As Forças Armadas foram convidadas, continuam trabalhando, e com toda certeza terão mais reuniões para convencer o TSE de que as sugestões para o bem de todos deveriam ser acolhidas”, disse Bolsonaro durante live semanal nas redes sociais.

O chefe do Executivo afirmou ter visto “notícias na imprensa” de que “não querem aceitar as observações das Forças Armadas”. Entre as recomendações, os militares sugeriram a adoção de “medidas que permitam a validação e a contagem de cada voto sufragado” e “providências em caso de irregularidades nas eleições”.

A gente não fala nas observações de voto em papel. São 9 observações. O TSE não basta apenas trazer para si, tem que despachar, convencer a equipe técnica das Forças Armadas de algo diferente, que eles estão errados”, afirmou.

Em “ato pela liberdade de expressão” junto de congressistas na 4ª feira (27.abr), o presidente afirmou que o Brasil não precisa implantar voto com comprovante impresso para garantir a “lisura” das eleições de outubro. Defendeu, porém, a implantação de outros mecanismos de fiscalização.

Também disse que as Forças Armadas sugeriram oficialmente à Corte Eleitoral a implantação de um “computador das Forças Armadas” para a contagem de votos e que seria uma “ramificação da sala-secreta”.

Na transmissão ao vivo nesta 5ª feira, o chefe do Executivo afirmou que uma reunião para tratar das sugestões das Forças Armadas para o TSE foi realizada e “não se chegou a conclusão de nada”.

Ou seja, para o TSE está uma maravilha e vamos confiar nas eleições. E quem desconfiar? Ué, continua desconfiando. O que posso garantir para vocês: nós teremos eleições limpas no corrente ano. Isso é o que todo mundo quer, acredito, que sem exceção, a não ser aquelas pessoas que pensam em fazer algo que não concordamos”, declarou.

O presidente falou sobre as eleições e o TSE ao comentar declaração do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso. Recentemente, o ministro afirmou que as Forças Armadas estão sendo “orientadas” a atacar o processo eleitoral brasileiro, na tentativa de “desacreditá-lo”.

Na 4ª feira (27.abr), Bolsonaro afirmou que o ministro, que presidiu o TSE em 2021, “mente” ao dizer que o inquérito sobre a segurança das urnas eletrônicas é sigiloso. Foi na gestão de Barroso que as Forças Armadas foram convidadas para compor a Comissão de Transparência das Eleições.

Fonte: Correio Braziliense - Poder360