Política

Não podemos admitir que interfiram na liberdade, diz Bolsonaro





O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta 3ª feira (26.abr.2022) que a liberdade de expressão é algo “inegociável” e que não se pode admitir que interferências de “alguns” nesse “bem maior”.

Obviamente, não podemos admitir que alguns de nós que possa ter certos poderes interfira no destino final da nossa nação, nesse nosso bem maior que é nossa liberdade de expressão”, disse na abertura da XXIII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios.

Bolsonaro fez a declaração 5 dias depois de conceder perdão da pena ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ). No decreto de graça constitucional ao congressista, o presidente afirmou que “a liberdade de expressão é pilar essencial da sociedade em todas as suas manifestações”.

Silveira é aliado do presidente e foi condenado a 8 anos e 9 meses de prisãopelo STF (Supremo Tribunal Federal) por declarações contra ministros da Corte.

No evento desta 3ª feira (26.abr) com prefeitos, ministros e congressistas, o chefe do Executivo afirmou que existem “mecanismos” para evitar ocorrências de agressões contra autoridades na vida pública.

Eu sempre digo, tem um bem maior do que a nossa própria vida, essa é a nossa liberdade. Inegociável. Quantos de nós somos agredidos ao longo da nossa vida pública? Lamentamos, não queremos ser agredidos. Mas temos mecanismos, temos como buscar reparar isso daí”, disse.

O evento, promovido pela CNM (Confederação Nacional de Municípios), também teve a participação dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Bolsonaro declarou que o governo tem atualmente um alinhamento “quase perfeito” com o Congresso Nacional.

Temos um quase perfeito alinhamento, não pode ser 100%, obviamente, com a Câmara e com o Senado e juntos nós trabalhamos para o futuro do nosso país. Muitas coisas aprovamos, debatemos, poucas coisas divergimos, mas isso é natural e normal na política”, disse.

Marcha

A conferência reúne prefeitos, secretários, vereadores e congressistas. Também participaram 18 ministros do governo Bolsonaro e presidentes de bancos oficiais. Segundo o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, mais de 3.000 e 2.000 vereadores, prefeitos participam da conferência.

O tema da marcha, que começou dia 25 e vai até dia 28, é “Município: o caminho para um Brasil melhor”. O movimento vinha sendo realizado anualmente desde 1998, mas em 2020 e em 2021 foi suspenso por causa da pandemia.

 

- Brasil não sobrevive sem fertilizantes e aguarda navios russos, diz Bolsonaro

Discursando em evento em Brasília, presidente argumentou que país adotou "posição de equilíbrio" sobre guerra, mas depende de insumos: "27 navios russos estão navegando para trazer fertilizantes para o Brasil"

Ao falar da guerra na Ucrânia, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta terça-feira (26), que o Brasil adotou “uma posição de equilíbrio nessa questão conflituosa, mas não sobrevive sem fertilizantes”.

Bolsonaro destacou a posição “equilibrada” do governo e a visita que fez à Rússia pouco antes do início do conflito.

“No momento, temos 27 navios russos navegando para o Brasil para trazer fertilizantes”, informou.

O presidente discursou na abertura da “Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios”, promovida pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), em Brasília.

O evento também contou com a participação do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

Em sua fala, Bolsonaro também comentou sobre a visita ao Brasil da diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala.

“Há poucos dias recebi a presidente da OMC. Ela veio pedir que exportássemos mais alimentos, porque as consequências da guerra e da pandemia estão se fazendo presentes no mundo todo. Inflação e falta de alimentos”, disse o presidente.

Ele conta que explicou que o Brasil não possui estoques e, por isso, não tem como exportar mais. “Mas pedi para ela, dada a influência que ela tem junto ao mundo, que não permitisse que o fluxo de fertilizantes fosse cortado. Não só para o Brasil, como no mundo todo”, completou.

 

- Bolsonaro repete lema de inspiração fascista em Marcha de Prefeitos

Slogan usado por Bolsonaro em evento nesta terça-feira (26/4) em discurso com tom de campanha é uma versão ampliada do lema do movimento fascista Ação Integralista Brasileira (AIB), cunhado da década de 1930

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a repetir o lema de inspiração fascista “Deus, pátria, família” ao final de seu discurso na abertura oficial da 23ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, ocorrida na manhã desta terça-feira (26/4).

Em tom de campanha, Bolsonaro afirmou aos prefeitos presentes que seu governo foi responsável por promover facilidades, como isenções, carteira digital e lucro em estatais revertidos aos municípios. “Trabalhamos em conjunto, queremos o bem do nosso Brasil e como disse: não existe satisfação melhor do que bem servir àqueles que votam na gente. A todos vocês, muito obrigado pelo apoio, consideração e pelo carinho. Deus, pátria, família”, disse.

O slogan é uma versão ampliada do slogan do movimento fascista Ação Integralista Brasileira (AIB), cunhado da década de 1930. O lema já foi utilizado outras vezes pelo chefe do Executivo, mas com a inclusão da palavra “liberdade”, que desta vez não foi dita.

Fonte: Poder360 - CNN Brasil - Correio Braziliense