Política

Lula está destruindo organizações partidárias, diz Ciro





Pré-candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está destruindo as organizações partidárias. Durante sabatina no UOL, o ex-governador do Ceará disse que o ex-presidente o convidou para formar uma chapa com Fernando Haddad (PT) em 2018. 

“De dentro da cadeia, Lula chamou Haddad para que ele fizesse uma sondagem se eu aceitaria que o Haddad seria meu vice”, disse. 

O ex-ministro disse também que não há nenhuma possibilidade de se aliar a Lula em 2022. Ele voltou a dizer que está dialogando com o União Brasil e com o PSD. 

“Agora nós temos que entender qual o sentido desse diálogo. Pra mim, são 2: primeiro, aprofundar um diagnóstico para ver se é comum entre nós a inteligência do que está acontecendo com o Brasil, a causa da doença. […] Segundo, um diagnóstico: o que nós pretendemos fazer? O diálogo parte de uma página em branco e eu estou disposto a fazer esse diálogo, mas o fim dele eu não sei o que vai ser”, afirmou.

Ciro afirmou que está prevista em breva uma conversa com presidente do PSD, Gilberto Kassab. Ele contou que jantou com o pré-candidato do União Brasil, Luciano Bivar, há menos de 1 mês. Na ocasião, conversaram sobre o cenário eleitoral para este ano.

Ao ser questionado sobre não ser cabeça de chapa nas eleições de 2022, Ciro se esquivou e reafirmou que está dialogando. Segundo ele, não se trata apenas de derrotar o Bolsonaro ou impedir que o Lula volte a presidência, mas também construir um novo Brasil diante do cenário de crise. O presidente do PDT, Carlos Lupi, já afirmou que a candidatura de Ciro é “irreversível”. 

“Agora nem eu exijo que ninguém tire a candidatura e nem eu posso chegar dizendo que eu admito que vou tirar a candidatura. A condição é se nós vamos achar um traço em comum para que essa reunião não seja um grande conchavo”, afirmou. 

Na última 3ª feira (19.abr.2022), Ciro disse que também está aberto para conversar com a 3ª via depois da saída de Sergio Moro (União Brasil) da disputa. Ele afirmou que o ex-ministro da Justiça era a sua “única restrição” em relação aos partidos que negociam a chapa única. 

“Quando eu falo viúva do bolsonarismo, estou olhando para as pessoas, dos grupos políticos da eleição passada. Evidentemente se as pessoas rompem com esse passado de forma crível, honesta, e se colocando olhando para o futuro, inclusive fazendo autocrítica de que aquilo foi um erro, quem sou eu para julgar essas pessoas”, disse na sabatina. 

O pré-candidato também foi questionado sobre temas considerados polêmicos. Leia as respostas:

  • Descriminalização do aborto: se negou a falar se era contra ou favor. Diz que o aborto é uma “grande tragédia”;
  • Legalização da maconha: contra;
  • Privatização da Petrobras: contra;
  • Independencia do Banco Central: contra;
  • Continuidade do Auxilio Brasil: diz que virará outro programa mínima;
  • Regulamentação da imprensa: sim;
  • Marco temporal: contra;
  • Taxação de grandes fortunas: a favor;
  • Derrubada do Teto de Gastos: contra;
  • Liberação de jogos de azar: contra;
  • Semipresidencialismo: contra;
  • Revogação da reforma trabalhista: a favor;
  • Cotas raciais: a favor;
  • Porte/posse de armas: contra;
  • Prisão em 2ª instancia: diz que qualquer condenado deve pagar a pena imediatamente;
  • Vai aceitar a lista tríplice do Ministério Público para Procurador da República: não.

Fonte: Poder360