Política

PT vai ao TSE por propaganda eleitoral em motociata de Bolsonaro





O PT pretende acionar o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposta propaganda eleitoral antecipada. O partido, que deve protocolar representação, alega que a “motociata” realizada pelo mandatário nesta 6ª feira (15.abr.2022), em São Paulo, teve caráter eleitoreiro.

A sigla diz também que não é a 1ª vez que o chefe do Executivo participa desse tipo de ato com apoiadores, caracterizando reincidência. De acordo com o advogado Cristiano Zanin, a legenda acionará a Justiça Eleitoral até 2ª feira (18.abr.2022).

Bolsonaro saiu de São Paulo e percorreu estradas do interior paulista até a cidade de Americana. Em discurso, o presidente afirmou que o acordo firmado entre o TSE e o Whatsapp para barrar desinformação nas eleições deste ano é  “inadmissível, inaceitável e não vai ser cumprido”.

SEMANA MOVIMENTADA

Essa será a 6ª representação do PT enviada ao TSE em uma semana. O partido já havia acionado a Corte 3 vezes por outdoors contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva instalados em Minas Gerais, Maranhão e Mato Grosso.

Uma das peças foi colocada em Divinópolis (MG). Consta a seguinte mensagem, acompanhada de uma foto de Lula: “Nós aqui odiamos este ladrão comunista. Fora maldito”. Em Imperatriz (MA), o ex-presidente é chamado de “traidor da pátria”. Em Rondonópolis (MT), de “bandido”.

O partido também enviou 2 representações questionando supostas propagandas eleitorais antecipadas de Bolsonaro. A 1ª diz respeito a uma carreata realizada em 8 de abril, durante o evento ExpoLondrina 2022. Teria sido organizada pelo deputado federal Filipe Barros (PL-PR) e pela Sociedade Rural do Paraná, segundo o PT. A outra representação questiona a “motociata”feita em 9 de abril em Ibiporã, no Paraná.

O presidente participou dos 2 eventos. O partido pede que Bolsonaro, Filipe Barros e a Sociedade Rural do Paraná sejam multados em até R$ 25.000.

Os textos encaminhados ao TSE são assinados pelos advogados Cristiano Zanin, Eugênio Aragão, Valeska Zanin Martins, Angelo Longo, Maria de Lourdes Lopes, Marcelo Winch, Victor Lugan, Miguel Filipi Pimentel, Eduardo Quevedo, Gean Ferreira e Maria Eduarda Praxedes Silva.

 

- Lula cita "gasolina cara" e inflação e critica Bolsonaro por motociata

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)criticou hoje o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), por ter feito mais uma motociata no estado de São Paulo, citando o preço da gasolina e a inflação no Brasil.

"A gasolina cara leva a inflação nas alturas. Mas a prioridade para alguns é fazer motociata sem destino usando combustível caro e comprado com dinheiro público enquanto o povo sofre", escreveu Lula, em seu perfil no Twitter. Bolsonaro e o petista são pré-candidatos à Presidência da República nas eleições deste ano.

Lula incluiu na postagem um recorte de uma entrevista de uma mulher ao Jornal Nacional, da TV Globo. "Quem comia carne moída, agora tem que comer ovo. Ovo vai ficando caro e vamos para sardinha em lata. E assim só a gente vai sentindo no prato o empobrecimento", afirmou a mulher, identificada como Aline Lima.

A motociata saiu da cidade de São Paulo pela manha. Parte da Rodovia dos Bandeirantes foi interditada para a passagem de centenas de motociclistas gerando pontos de lentidão na saída do feriado prolongado de Páscoa —por volta das 13h40, a via já estava completamente liberada.

O presidente também montou palanque a cidade de Americana, no interior de São Paulo, e fez um discurso inflamado para centenas de motociclistas, em ritmo de campanha, onde também atacou o PT. Durante o trajeto, Bolsonaro parou ao menos três vezes para fazer lives em suas redes sociais e tirar fotos com motociclistas apoiadores.

O preço médio da gasolina no país fechou a primeira quinzena de abril em R$ 7,498, o maior preço já registrado. Em comparação com março, quando a média nacional era de R$ 7,288, o valor subiu 2,88%, segundo levantamento da ValeCard.

Já o índice oficial da inflação no Brasil teve alta de 1,62% em março, de acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Foi a maior variação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para o mês em 28 anos, desde 1994, antes da implementação do Plano Real. Esse salto sobe o preço de alimentos e outros itens essenciais.

Fonte: Poder360 - UOL