Política

Lula tem 44%; Bolsonaro; 30%; Ciro, 9%, diz Ipespe





Pesquisa Ipespe contratada pela XP Investimentos e divulgada hoje aponta o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente da corrida presidencial com 44% das intenções de voto na pesquisa estimulada —quando é apresentada a lista de nomes dos pré-candidatos. O presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição, aparece em segundo lugar, com 30%.

Esta é a primeira pesquisa Ipespe feita este ano em que não consta o ex-ministro Sergio Moro (União Brasil) como pré-candidato. Desta forma, não é possível fazer uma comparação do desempenho dos pré-candidatos em relação à pesquisa anterior, divulgada há duas semanas, já que há diferença na lista de nomes apresentados como opções.

No levantamento divulgado hoje, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) vem na sequência, com 9% das intenções de voto. Ele empata tecnicamente, dentro da margem de erro que é de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos, com o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB), que somou 3%.

Doria, por sua vez, empata com a senadora Simone Tebet (MDB), com 2%, e com o deputado federal André Janones (Avante), que somou 1%.

Segundo o Ipespe, Felipe D´Ávila (Novo), o ex-deputado federal José Maria Eymael (DC) e Vera Lúcia (PSTU) foram citados, mas não chegaram a 1% de citações.

Brancos e nulos somam 9%, e 3% disseram que não sabiam responder.

Veja a seguir o resultado do cenário testado para o 1º turno (estimulada):

  • Lula (PT): 44%
  • Bolsonaro (PL): 30%
  • Ciro (PDT): 9%
  • Doria (PSDB): 3%
  • Tebet (MDB): 2%
  • Janones (Avante): 1%
  • Eymael (DC): 0%
  • Felipe D´Ávila (Novo): 0%
  • Vera (PSTU): 0%
  • Nenhum/não iria votar/branco/nulo: 9%
  • Não sabe/não respondeu: 3%

Na sondagem de 25 de março, apareciam os nomes de Moro e e do ex-governador Eduardo Leite (PSDB). Moro deixou o Podemos no dia 31 de março e seu novo partido, o União Brasil, diz que ele não concorrerá ao Palácio do Planalto em outubro. O novo levantamento traz também os nomes de Eymaele de Vera Lúcia, que até então não apareciam.

Leite anunciou sua renúncia ao governo gaúcho em 28 de março, confirmando que não deixaria o PSDB e que "se sente preparado para ser presidente", embora Doria tenha sido o escolhido nas prévias do partido para disputar a Presidência. Nesta semana, ele sinalizou que pode ser vice na chapa de Tebet.

Pesquisa espontânea

Na pesquisa espontânea, quando os entrevistados não recebem uma lista prévia de nomes de pré-candidatos, Lula também aparece na liderança, com 36% dos votos. Bolsonaro fica com 27%, e Ciro, 4%.

Veja o resultado a seguir

  • Lula (PT): 36%
  • Bolsonaro (PL): 27%
  • Ciro (PDT): 4%
  • Moro (União Brasil): 2%
  • Doria (PSDB): 1%
  • Janones (Avante): 1%
  • Tebet (MDB): 1%
  • Leite (PSDB): 0%
  • Marina Silva: 0%
  • Não sabe/não respondeu: 21%
  • Nenhum/branco/nulo: 7%

Simulações de 2º turno

A pesquisa Ipespe fez a simulação de cinco cenários para o segundo turno das eleições presidenciais. Em todas as simulações nas quais está presente, Lula sai vencedor. Bolsonaro perde contra o petista e contra Ciro e empata com Doria na margem de erro. Veja os resultados a seguir:

Cenário 1

  • Lula (PT): 53%
  • Bolsonaro (PL): 33%
  • Branco/nulo/não votaria/não sabe/não respondeu: 14%

Cenário 2

  • Lula (PT): 52%
  • Ciro (PDT): 25%
  • Branco/nulo/não votaria/não sabe/não respondeu: 23%

Cenário 3

  • Lula (PT): 55%
  • Doria (PSDB): 20%
  • Branco/nulo/não votaria/não sabe/não respondeu: 25%

Cenário 4

  • Ciro (PDT): 47%
  • Bolsonaro (PL): 37%
  • Branco/nulo/não votaria/não sabe/não respondeu: 17%

Cenário 5

  • Bolsonaro (PL): 39%
  • Doria (PSDB): 38%
  • Branco/nulo/não votaria/não sabe/não respondeu: 24%

A pesquisa Ipespe foi realizada no período de 2 a 5 de abril e contratada pela XP Investimentos. Foram ouvidos 1.000 entrevistados de 16 anos ou mais em todas as regiões do país por telefone. O índice de confiança é de 95,5% e o número de protocolo junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) é BR-03874/2022. Os percentuais que não totalizam 100% são decorrentes de arredondamento ou de múltiplas alternativas de resposta.

Sobre o instituto

O Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas) é uma empresa de pesquisas fundada em 1986 e com sede no Recife. O instituto geralmente faz pesquisas eleitorais por telefone. Operadores ligam para eleitores selecionados conforme a distribuição de todo eleitorado brasileiro e os questionam sobre suas preferências eleitorais.

 

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- “Falta experiência”, diz Mourão sobre Caio Paes assumir a Petrobras

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse nesta 4ª feira (6.abr.2022) que Caio Paes de Andrade, cotado para a presidência da Petrobras, não tem experiência no setor de óleo e gás. Declarou também que o atual secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital tem feito um “excelente trabalho”.

Eu conheço o Caio. Ele tem feito um excelente trabalho nessa parte de desburocratização. Mas vamos ver o que pode progredir disso aí porque, na realidade, ele não tem experiência nessa área de óleo e gás. Ele tem uma experiência como gestor, mas não especificamente nessa área”, declarou em conversa com jornalistas nesta manhã.

Para Mourão, pode “dar problema” a indicação de um nome sem afinidade com o setor. “É a mesma coisa que você botar um advogado para comandar o Exército. Vai dar problema”, afirmou.

O vice-presidente afirmou que as regras da petroleira dificultam a escolha de um nome que não é próximo ao setor. “Pelas próprias regras de compliance e accountability da Petrobras, fica difícil você trazer alguém que não tenha uma experiência nessa área”, disse.

O governo busca uma nova indicação para comandar a estatal depois da desistência de Adriano Pires. Caio Paes é assessor de Paulo Guedes (Economia) e já havia sido cotado para o cargo.

Na 2ª feira (4.abr), o economista e especialista em óleo e gás Adriano Pires, por exemplo, desistiu de concorrer à presidência da Petrobras porque não poderia conciliar seu trabalho de consultor com o exercício da presidência da Petrobras.

Mourão disse ainda que o atual presidente da petrolífera, general Joaquim Silva e Luna, não irá “abandonar o barco” sem um nome para substituí-lo.

Eu estou vendo a dificuldade para conseguir um nome.  O que pode ocorrer é um adiamento da assembleia de acionistas até que se consiga. Até porque existe um período de análise desses nomes […] O general Silva e Luna é um cara que cumpre a missão. Ele não vai abandonar o barco se não tem ninguém para substituí-lo”, declarou.

Fonte: UOL - Poder360