O número de casos de covid-19 no mundo, confirmados por testes laboratoriais, diminuiu 16% na última semana, após aumento significativo na primeira quinzena de março. A informação é do relatório semanal da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado hoje (6).
Os números, segundo a OMS, devem ser interpretados com cautela, tendo em vista que a taxa de testes para detectar a doença caiu consideravelmente na grande maioria dos países, e parte das infecções não é detectada pelos sistemas de vigilância epidemiológica.
"Muitos países estão mudando progressivamente as estratégias de teste, resultando em menos diagnósticos e, consequentemente, menos casos detectados", explica a organização.
Em relação às mortes relatadas, a OMS informa que o número de mortes atribuídas à covid-19 diminuiu consideravelmente na última semana (-43%).
No entanto, essa redução é considerada "artificial", pois na semana anterior havia pico de mortes devido a alterações técnicas na contagem feitas em países como Estados Unidos, Chile ou Índia, que relataram casos correspondentes a meses anteriores.
Em números, os casos da semana passada chegaram a 9 milhões, enquanto 26 mil pessoas perderam a vida devido à doença causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, elevando o número total de infecções para 489 milhões e de mortes para 6 milhões desde o início da pandemia.
- Xangai alivia regra de separação de crianças, mas prorroga lockdown
Xangai fez concessões hoje (6) a uma impopular política de isolamento da covid-19 que separa crianças dos pais, mas estendeu o lockdown a toda a cidade, o que deixou alguns moradores com dificuldades para comprar comida.
O isolamento na cidade mais populosa da China, que começou em partes de Xangai há dez dias e agora confinou quase todos os seus 26 milhões de habitantes, interrompeu a vida cotidiana e os negócios.
As críticas públicas às restrições, parte da estratégia chinesa de eliminação da covid-19, variaram de reclamações sobre centros de quarentena lotados e insalubres a dificuldades na compra de alimentos ou no acesso a tratamento médico.
Embora o número de casos em Xangai permaneça pequeno para os padrões globais, a cidade tornou-se um banco de testes para a estratégia anticovid da China, que busca testar, rastrear e colocar em quarentena todos os casos positivos e seus contatos próximos.
Analistas dizem que o impacto das restrições na economia está aumentando, especialmente para pequenas empresas, com quase 200 milhões de pessoas em toda a China sob algum tipo de lockdown, segundo estimativas.
A mais controversa das práticas de Xangai tem sido separar as crianças com exame positivo para covid de seus pais, o que desencadeou irritação generalizada em todo o país.
O governo de Xangai respondeu, há dois dias, permitindo que os pais também infectados acompanhassem seus filhos aos centros de isolamento. As queixas, no entanto, persistiram.
Fonte: Agência Brasil