Política

Conselheiro de Zelensky adverte que dias à frente não serão fáceis na Ucrânia





Tropas ucranianas recuperaram mais de 30 assentamentos do controle russo na região de Kiev

O conselheiro presidencial ucraniano, Oleksiy Arestovych, disse que ainda são esperados combates pesados ​​no leste da Ucrânia, perto de Mariupol e no sul do país. Ele alertou que o esforço militar “não será fácil” nessas regiões.

“Acho que retomaremos Mariupol, o leste da Ucrânia e o sul”, disse ele. “Mas – ouça com atenção – não será fácil lá”.

Arestovych e outros altos funcionários ucranianos aumentaram os pedidos nos últimos dias para que os Estados Unidos e seus aliados entreguem mais armamento pesado.

Falando durante seu briefing diário, Arestovych disse que as principais direções dos militares no último dia foram na região de Kiev, onde as tropas ucranianas recuperaram mais de 30 assentamentos do controle russo.

“Apreendemos muitos equipamentos vazios, sem combustível, e transferimos para as Forças Armadas da Ucrânia”, afirmou. “Ou seja, a ofensiva está indo bem”.

Arestovych – que dá briefings regulares na televisão ucraniana – também exortou as pessoas a voltarem à vida normal.

“Nas áreas que são libertadas do inimigo, que não representam uma ameaça imediata, e ainda mais nas cidades do centro e no oeste da Ucrânia ou no leste e centro da Ucrânia, onde não há ameaça imediata, a recuperação econômica é fundamental para restaurar a vida social e política normal, até mesmo a vida psicológica”.

 

- Tropas russas se retiram da região de Kiev, mas querem tomar leste e sul, diz Ucrânia 

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou neste sábado (2), que as forças russas pretendem tomar o leste e o sul do país e reclamou que as nações ocidentais não forneceram a Kiev sistemas antimísseis suficientes.

Em um discurso por vídeo, Zelensky também elogiou os soldados que defendem o porto cercado de Mariupol, dizendo que a resistência estava permitindo que outras cidades ganhassem um tempo valioso.

Mais cedo, o governo declarou que a região de Kiev foi retomada pelas tropas ucranianas e que está “livre” do inimigo. A informação foi confirmada por Hanna Maliar, vice-ministra da Defesa da Ucrânia, em uma publicação no Facebook.

A CNN não pôde verificar imediatamente se toda a região de Kiev foi liberada das tropas russas pelas forças ucranianas, mas, nos últimos dias, o exército ucraniano recuperou o controle dos subúrbios ao redor da capital.

Segundo Mykhailo Podolyak, um dos assessores da presidência ucraniana, a retirada do exército russo do norte da Ucrânia faz parte de uma estratégia. Podolyak reforçou o apelo por ajuda militar ao ocidente, dizendo que os ataques russos devem se intensificar no sudeste e sul do país, região onde está a cidade de Mariupol, uma das mais afetadas pelo conflito no leste europeu.

O próprio Kremlin afirmou neste sábado que um dos objetivos da operação militar de Moscou na Ucrânia é salvar a região de Donbas, onde estão localizadas as repúblicas autoproclamadas de Donetsk e Luhansk, e restaurar seu estado nas fronteiras.

A Ucrânia acredita que o propósito russo vai além da região separatista. Analistas acreditam que os bombardeios constantes no sul e sudeste ucranianos estejam ligados ao objetivo de construir um corredor terrestre que ligará a Rússia à Crimeia, região anexada há oito anos.

Enquanto as forças russas se reagrupam para concentração no sudeste ucraniano, pelo menos sete corredores humanitários são abertos neste sábado para a retirada de civis, segundo informou a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk.

Anunciando os corredores em um post no Facebook, Vereshchuk disse que a lista inclui a rota da cidade sitiada de Mariupol, no sul, até a cidade de Zaporizhzhia, controlada pelo governo, no sudeste da Ucrânia.

Mariupol é uma das cidades mais afetadas desde o início da guerra, em 24 de fevereiro.

O conselheiro presidencial ucraniano, Oleksiy Arestovych, disse que ainda são esperados combates pesados ​​no leste da Ucrânia, perto de Mariupol e no sul do país. Ele alertou que o esforço militar “não será fácil” nessas regiões.

“Acho que retomaremos Mariupol, o leste da Ucrânia e o sul”, disse ele. “Mas – ouça com atenção – não será fácil lá”.

 

- Trégua oferece fiapo de esperança para iemenitas assolados por guerra

Iemenitas receberam de braços abertos um cessar-fogo nacional mediado pela ONU que entrará em vigor na noite deste sábado, um fiapo de esperança em um país assolado por um conflito de sete anos que deixou milhões de pessoas com fome, na pobreza e desabrigadas.

Mas após várias tentativas sem sucesso de paz e mais um ano de violência cada vez pior, os cidadãos locais receberam as notícias com cautela.

"A trégua é boa, mas eu não tenho fé em seu sucesso, porque cada um dos lados tem uma interpretação diferente de como implementá-la e ela entrará em colapso", disse um eletricista de 38 anos chamado Murad Abdullah, em Aden, capital interina do governo do Iêmen.

A trégua de dois meses, que coincide com o começo do mês do Ramadã, é a primeira vez desde 2016 que os lados do conflito concordam em aplicar um cessar-fogo nacional.

A funcionária pública Ibtihal al-Arashi viu o acordo como temporário, apontando para fracassos anteriores em tentativas de paz durante o Ramadã.

"Queremos encerrar esta guerra absurda. Queremos paz de verdade, sob um Estado civil que protege direitos e liberdades", disse.

O acordo inclui uma paralisação de operações militares, incluindo ataques entre fronteiras, e também permite importações de combustível em regiões controladas pelo grupo Houthi, alinhado com o Irã, e alguns voos comerciais que operam da capital tomada pelos houthis, Sanaa.

Fonte: Agência Brasil - CNN Brasil