Economia

Ministro se reúne com ministra da Economia da Espanha





A  continuidade da agenda de reformas estruturais tornará o Brasil atraentes para investimentos estrangeiros, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, em reunião com a ministra da Economia espanhola, Nadia Calviño. No encontro, em Madri, ele reiterou o compromisso do Brasil com o desenvolvimento sustentável.

Na avaliação de Guedes, as reformas econômicas são essenciais para garantir a recuperação econômica no cenário pós-pandemia. O ministro, informou a pasta, destacou os avanços no ambiente regulatório no Brasil e lembrou que o país tem R$ 1,1 trilhão em investimentos privados contratado para os próximos anos.

Em relação ao desenvolvimento sustentável, os dois ministros concordaram sobre a necessidade de avançar na agenda da economia verde. Guedes ressaltou que o Ministério da Economia lançou dois programas que ratificam o compromisso do Brasil com a agenda ambiental: o Programa Nacional de Crescimento Verde e a Cédula de Produto Rural (CPR) Verde.

Por meio das redes sociais, a ministra espanhola informou que a reunião com o ministro brasileiro foi produtiva. Segundo Nadia Calviño, os dois também trataram do impacto da guerra entre Rússia e Ucrânia sobre a economia global.

Além de ministra da Economia e Digitalização, Nadia Calviño é primeira vice-presidente da Espanha e atua em órgãos internacionais. Ela preside o Comitê Monetário e Financeiro Internacional (IMFC, da sigla em inglês), que assessora o Conselho de Governadores do Fundo Monetário Internacional (FMI) na supervisão e gestão do sistema monetário e financeiro internacional.

Empresários

Ontem (30), Guedes reuniu-se com 40 empresários espanhóis de diversos setores com investimentos no Brasil. No encontro, organizado pelo Conselho Empresarial Brasil – Espanha, o ministro destacou o seu compromisso com a atração de investimentos externos por intermédio da agenda de reformas, que simplificam a participação do setor privado, melhoram o ambiente de negócios, reduzem custos e aumentam a transparência.

Segundo o Ministério da Economia, os representantes empresariais manifestaram entusiasmo com a agenda econômica em curso no Brasil e reforçaram o interesse em ampliar os investimentos no país.

 

Confira outras notícias 

- Ministro apresenta Programa Metano Zero em reunião da OCDE

O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, reforçou durante reunião ministerial do comitê ambiental da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o compromisso do Brasil com ações concretas para reduzir emissões de carbono e com o desenvolvimento de uma nova economia verde. Segundo o ministro, o Brasil é parte da solução para o mundo criar uma nova economia verde neutra em emissões até 2050.

Leite disse que o governo federal trata como prioridade a melhora na qualidade do ar, a redução da poluição por plásticos e a questão da mudança do clima, que foram os temas da reunião ministerial da OCDE. "Nossas grandes cidades apresentam baixos níveis de poluição, pois há anos contamos com robusto programa de biocombustíveis, como etanol, um exemplo para o mundo, além de Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores bem estruturado desde 1990”, disse.

Em relação à mudação do clima, o ministro destacou o Programa Nacional de Redução de Emissões de Metano (Metano Zero), lançado na semana passada, com foco em resíduos orgânicos dos setores de suínos, aves, laticínios, cana-de-açúcar e aterros sanitários. "O programa pode reduzir 36% da emissões de metano no Brasil", disse. Leite destacou ainda o Mercado Regulado Nacional de Emissões, que iniciou a implementação de um mercado regulado com foco em exportação de crédito de carbono de diversas fontes.

O ministro também anunciou, durante a reunião da OCDE, a regulamentação do setor de energia eólica marinha. “Estudos do Ministério do Meio Ambiente, em parceria com a União Europeia, apontam para um cenário de enorme potencial, da ordem de 700 Gwatts e com alta atratividade econômica", disse. 

Leite disse ainda que começaram os estudos para o desenvolvimento do Plano Nacional de Hidrogênio Verde, que terá o objetivo de tornar o Brasil um grande exportador de energia limpa.

Fonte: Agência Brasil