Cultura

O Papa: acolher é testemunhar o amor de Jesus





Hoje, responder à necessidade de um lar acolhedor para que os pais possam acompanhar a cura de seus filhos nos hospitais, em um contexto de precariedade e pobreza extrema, é um testemunho do amor de Jesus pelos mais pobres". Palavras do Papa Francisco na carta à Associação UNITALSI, por ocasião da pedra fundamental de uma casa de acolhida para pais com filhos internados em hospitais locais 

O Papa Francisco enviou uma carta à UNITALSI (União Nacional Italiana para o Transporte de Doentes a Lourdes e Santuários Internacionais) da região da Lombardia por ocasião da colocação da pedra fundamental, hoje, 29 de março de 2022, da casa com o nome do artista italiano já falecido “Fabrizio Frizzi”. A casa abrigará em Milão os pais das crianças que devem ser tratadas nas clínicas e hospitais locais e a pedra fundamental é um tijolo da Porta Santa do Jubileu da Misericórdia, doado pelo Papa para a ocasião.

Na sua carta do Papa parabeniza a associação pelos 100 anos de vida e pela energia por construir um abrigo para as famílias dos doentes. E ao recordar que o carisma da Associação é a proximidade com os que estão sofrendo, recorda novos percursos: “partindo da experiência das grandes peregrinações, hoje a associação organiza peregrinações locais, transformando-as em pequenas peregrinações domésticas para se colocar ao serviço dos que necessitam”.

Tijolo da Porta Santa

E seguida recorda: “Hoje vocês colocam como pedra fundamental desta casa de acolhida, que seu presidente Vittore De Carli tanto queria por causa de sua experiência pessoal de sofrimento e dor, um tijolo da Porta Santa do Ano Jubilar de Misericórdia”. E cita um trecho do texto da Bula de Proclamação do Ano Jubilar, Misericordiae vultus: "Vendo que a multidão de pessoas que O seguia estava cansada e abatida, Jesus sentiu, no fundo do coração, uma intensa compaixão por elas. Em virtude deste amor compassivo, curou os doentes que Lhe foram apresentados e, com poucos pães e peixes, saciou grandes multidões. Em todas as circunstâncias, o que movia Jesus era apenas a misericórdia, com a qual lia no coração dos seus interlocutores e dava resposta às necessidades mais autênticas que tinham”.

Concluindo sua carta o Papa exortou a Associação:

“Não percam a força de responder às necessidades reais e concretas das mulheres e dos homens que vocês encontram no seu caminho. E responder à necessidade de um lar acolhedor para que os pais possam acompanhar a cura de seus filhos nos hospitais, hoje em um contexto de precariedade e pobreza extrema, é um testemunho do amor de Jesus pelos mais pobres”.

 

- Cardeal Krajewski entrega na Ucrânia ambulância doada pelo Papa

Pela segunda vez em poucos dias, o esmoleiro do Papa foi a Lviv para entregar a ambulância abençoada por Francisco e destinada às autoridades da cidade ucraniana.

Benedetta Capelli – Vatican News

O esmoleiro do Papa, cardeal Konrad Krajewski, não descansa. O purpurado presidiu na tarde de sexta-feira (25/03), no Santuário Mariano de Fátima, em Portugal, o Ato de Consagração da humanidade, em particular da Rússia e da Ucrânia, ao Imaculado Coração de Maria. Chegou a Roma na manhã de sábado (26/03), e imeditamente partiu para Lviv, na Ucrânia, com "uma ambulância, doada e abençoada pelo Papa Francisco nos últimos dias", informou o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni. Nesta terça-feira de manhã (28/03) o veículo foi entregue às autoridades da cidade que o destinarão à estrutura que mais precisar. O responsável da Administração militar padre Maxim Kozic levará a ambulância ao Centro regional de saúde materna e infantil.

Uma ajuda concreta para a população, cujo número aumentou consideravelmente devido à chegada de muitos refugiados.

No coração de Maria

"O cardeal Krajewski disse à mídia vaticana antes de partir: "Diante da Virgem de Fátima, pedi proteção para a Ucrânia, provada pela guerra, mas também para a missão que me preparo para cumprir, a pedido do Papa, voltando ao país. Irei com o coração cheio de esperança", disse o purpurado, "depois de ter rezado junto com cerca de 15 mil fiéis no Santuário Mariano, em conexão direta com o Papa na Basílica Vaticana". A celebração de sexta-feira contou com a presença de cerca de 25 bispos e também do presidente de Portugal, Marcelo Nuno Duarte Rebelo de Sousa, que, como um fiel, se misturou com o povo para seguir o Ato de Consagração a Maria. "Todas as pessoas rezaram comigo a oração do Papa", enfatizou o esmoleiro do Papa. "Todos tinham o texto nas mãos. De Fátima, surgiu "um grito de paz", explicou o purpurado, "para pedir o milagre do fim da guerra na Ucrânia". "Com a fé se detém a guerra, e com toda a minha fé vou à Ucrânia para ver as consequências concretas do Ato de Entrega a Maria", concluiu o cardeal Krajewski.

 

- Telegrama do Papa pela morte do cardeal Naguib: um exemplo de bom pastor

Telegrama de pesar do Papa Francisco a Sua Beatitude Ibrahim Isaac Sedrak, Patriarca da Igreja Católica Copta pelo falecimento, na cidade do Cairo, do cardeal Antonios Naguib, Patriarca Emérito de da Igreja Católica Copta

O Papa Francisco escreveu um telegrama a Sua Beatitude Ibrahim Isaac Sedrak, Patriarca da Alexandria dos Coptas, pelo falecimento falecimento do cardeal Antonios Naguib, Patriarca Emérito da Igreja Católica Copta no Egito. Francisco escreve: “desejo expressar minhas condolências a Sua Beatitude, aos sacerdotes, à família do cardeal falecido e a todos os fiíes, assegurando-lhes a minha proximidade na oração na dor, que afetou toda a Igreja patriarcal”. “Recordo deste querido irmão”, escreveu o Papa, “que assumiu 'Veritas-Caritas' como lema de seu episcopado por causa de sua fé e zelo sacerdotal, o que o levou a prestar atenção à formação de sacerdotes e fez disso sua primeira prioridade”.

 

 

Também foi recordado no telegrama “seu generoso compromisso na área do desenvolvimento e do serviço social e que o cardeal emérito chegou a fundar um grupo apostólico dedicado a servir os necessitados e os que sofrem, sendo um exemplo de bom pastor na Igreja. Conclui recordando que o cardeal “foi relator geral na Assembleia Especial para o Oriente Médio do Sínodo dos Bispos”.

Com a morte do Cardeal Antonios Naguib, o Colégio Cardinalício é agora composto da seguinte forma: 211 cardeais, dos quais 119 são eleitores e 92 são não-eleitores. Também, com sua morte não há mais cardeais egípcios no Colégio dos Cardeais e agora há 86 países representados.

Fonte: Vatican News