Cotidiano

Hospital da Mulher registra aumento de 6,3% em número de cesáreas entre 2020 e 2021





O Hospital da Mulher Mãe Luzia (HMML), referência estadual no atendimento obstétrico e neonatal, registrou 2.694 mil partos cesáreas no ano de 2021, o que representou um aumento de 6,3% em relação a 2020, quando foram realizadas 2.534 mil cesarianas.

Mesmo com o crescimento, a maternidade conseguiu diminuir a porcentagem em relação aos partos naturais: em 2020 as cesáreas representaram 48,7% dos 7.730 partos realizados no HMML, em 2021 esse número caiu para 44,5% dos 8.745 mil nascimentos da unidade.

Entretanto, o índice ainda está acima do que preconiza a Organização Mundial da Saúde (OMS), que recomenda que as cesáreas representem, no máximo, 15% dos partos.

O enfermeiro obstetra Ronaldo Sarges explica que, em muitos casos, a cesárea acaba sendo necessária por falta de acompanhamento da gestante durante o pré-natal, que ajuda a identificar e a tratar doenças que podem evitar um parto de emergência.

“A cesariana deve acontecer em uma situação em que é necessário garantir a vida da mãe e do bebê, em que ela é a melhor opção, se não for assim, nunca deveria ser feita”, disse.

Alguns exemplos de quando o procedimento é indicado são: casos em que há algum risco de complicações para a mãe ou para o bebê, entre eles a hipertensão e diabetes, sejam elas preexistentes ou relacionadas a gravidez; se a mãe já tem no seu histórico médico duas cesáreas; quando o feto está em uma posição que impossibilita o parto natural; ou em casos de gestação prolongada, quando ela se estende além do recomendado, que é de 41 semanas e 6 dias.

Ronaldo ainda ressalta que o tempo de espera para a conclusão do parto natural é um fator que costuma causar preocupação em algumas pacientes, o que faz com que elas queiram recorrer a cesárea de forma eletiva, sem esperar o tempo máximo de 48 horas após o início do trabalho de parto para garantir que o parto natural não evoluiu e a cesárea é a melhor opção para ela e o bebê.

“Percebemos que muitas pacientes não se preparam para esse momento, porque, além da parte física, é necessário que o emocional e o mental também estejam prontos, já que interferem na evolução do parto e são questões que também levam a uma cesárea, porque o corpo da mulher sofre uma espécie de “travamento”, em que não tem nada de errado biologicamente com ela, mas o parto não evolui por questões emocionais”, complementou.

Com uma recuperação mais rápida, o parto natural reduz as chances de infecções e complicações, além disso, o contato com o bebê acontece imediatamente após o parto, o que diminui o estresse do recém-nascido e promove o contato pele a pele, o que fortalece o vínculo entre mãe e criança, importante para estimular o aleitamento materno.

Ademais, no parto normal, o bebé, ao passar pelo canal de parto, faz com que o tórax seja comprimido, fazendo com que os líquidos do interior do pulmão sejam naturalmente expelidos, o que auxilia na saúde respiratória do bebê logo ao nascer.

 

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- Com ações de cidadania e oficinas, Governo retoma as Feiras Itinerantes da Economia Solidária

Por: Kelly Pantoja 

Com a queda nos números da covid-19, a Secretaria de Estado do Trabalho e Empreendedorismo (Sete) retoma o calendário itinerante de exposição e comercialização. Nos dias 26 e 27 de março, das 9h às 17h, ocorre a Feira de Artesanato e Manualidades, a primeira de 2022.

A comercialização acontecerá na sede da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), na rodovia Duca Serra, em Macapá. São 10 grupos econômicos solidários que vão comercializar manualidades feitas com materiais reaproveitáveis como: tiaras, laços, sandálias decoradas, bonecas, guardanapos, artigos de madeira em 3D para decoração de jardins e outros ambientes, entre outros produtos. 

Além da venda, haverá oficinas ministradas por artesãos e trabalhadores manuais sobre técnicas de confecção de sacolas retornáveis, crochê, bonecas, chaveiros e strap phone (alça para celular).

O público também terá atendimento de cidadania, com serviços gratuitos de spa dos pés, massagem terapêutica e design de sobrancelhas. O evento é aberto para todos.

A área da feira contará com estrutura de 10 barracas para abrigar os produtos, som mecânico e atendimento de cidadania.

“Os trabalhadores manuais vão ter a oportunidade de mostrar seus produtos e faturar com as vendas. O governo está retornando com as feiras itinerantes e isto gera uma expectativa muito positiva para o segmento. Creio que o público vai se encantar com a variedade de peças e serviços”,disse Késsia Maciel, coordenadora de Empreendedorismo da Sete.

Fonte: Portal Governo do Amapá