Política

Zelensky afirma que acordo com Rússia exigirá aprovação por voto popular





Após pedir conversas com Vladimir Putin, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que “qualquer compromisso que for acordado com a Rússia vai demandar um referendo [uma consulta popular]”.

A afirmação foi dada pelo líder ucraniano reiterou nesta segunda-feira (21) em uma empresa de radiofusão da Ucrânia. “O povo terá que se manifestar e responder a qualquer forma de acordo. E como eles [acordos] serão formulados será assunto de nossas conversas e entendimento entre a Ucrânia e a Rússia“, explicou.

As questões que podem ser levantadas em qualquer referendo poderiam dizer respeito aos territórios ocupados pelas forças russas, incluindo a Crimeia, e as garantias de segurança oferecidas à Ucrânia por outros países em vez da adesão do país à Organização do Tratado do Atlêntico Norte (Otan), disse. Acompanhe no vídeo acima a cobertura ao vivo da CNN sobre a guerra.

 

- Quase 6,5 milhões são deslocados na Ucrânia devido à guerra, diz ONU

Muitos dos deslocados são particularmente vulneráveis

A agência de migração da ONU disse nesta segunda-feira (21) que quase 6,5 milhões de pessoas foram deslocadas dentro da Ucrânia como resultado direto da guerra, superando suas piores previsões.

Os números são de um estudo realizado pela Organização Internacional para as Migrações entre 9 e 16 de março. Eles se somam às mais de 3,3 milhões de pessoas que a agência da ONU diz terem fugido através das fronteiras desde que a invasão russa começou em 24 de fevereiro.

"A escala do sofrimento humano e do deslocamento forçado devido à guerra excede em muito qualquer planejamento de cenário de pior caso", disse António Vitorino, diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações (OIM).

Ele disse que as equipes da OIM estão prestando ajuda a milhares de pessoas com alimentos e cobertores, mas as que estão em áreas severamente afetadas continuam fora de alcance.

Muitos dos deslocados são particularmente vulneráveis, incluindo mulheres grávidas, idosos e pessoas com doenças crônicas, disse a OIM. A agência reiterou um apelo à cessação das hostilidades e à criação de corredores humanitários para permitir a fuga de civis.

Fonte: CNN Brasil - Agência Brasil