Economia

Bolsa salta ao maior nível em 6 meses; dólar emenda 3ª queda, a R$ 5,016





O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, emendou a terceira alta consecutiva, de 1,98%, e fechou aos 115.310,91 pontos nesta sexta-feira (18). É o maior nível da Bolsa em mais de seis meses, desde 14 de setembro (116.180,55 pontos), e a melhor semana do índice (3,22%) desde janeiro.

O dólar comercial fechou em queda de 0,37%, a R$ 5,016 na venda, no terceiro recuo seguido. É o menor valor da moeda em mais de uma semana, desde 9 de março (R$ 5,011). Com o resultado, o dólar encerra a semana com desvalorização de 0,76%, na terceira queda semanal seguida

Na Bolsa, a ação com a maior alta do dia foi a Yduqs (YDUQ3), que controla uma série de faculdades, encerrando o dia com crescimento de 11,13%. O papel se recuperou depois de ter despencado e tido o pior desempenho do Ibovespa na última quarta-feira (16), quando caiu 10,48%.

A maior queda do dia foi do laboratório Fleury (FLRY3), com baixa de 2,14%.

Pesaram no resultado positivo as ações da Petrobras e da Vale, diante de um cenário externo positivo e valorização das ações ligadas a commodities (matérias-primas).

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Cenário externo

Um dos principais fatores que afetam o dólar e a Bolsa é o noticiário sobre a guerra na Ucrânia, bem como as relações entre Estados Unidos e China.

"É um dia de tomada de risco global, e isso impacta também o Brasil", disse à Reuters Thomás Gibertoni, gestor de portfólio na Portofino Multi Family Office, que cita, entre outros fatores, a aproximação entre líderes da China e dos Estados Unidos.

Uma conversa entre Joe Biden e Xi Jinping sobre a Ucrânia durou quase duas horas nesta manhã. Xi disse que a guerra no país europeu precisa acabar o mais breve possível, e Biden, por sua vez, descreveu as "implicações e consequências" se Pequim fornecer apoio material à Rússia no conflito.

Desemprego no Brasil

Na cena doméstica, a taxa de desemprego fechou o trimestre até janeiro em 11,2%, alta de 0,1 ponto percentual frente ao período imediatamente anterior, mas abaixo do esperado pelo mercado (11,4%).

Fonte: UOL com Reuters