O governo dos EUA disse ter preocupações ante o alinhamento da China à Rússia, em reunião com representantes realizada em Roma, na Itália. A informação foi divulgada pela Reuters.
“Temos profundas preocupações com o alinhamento da China com a Rússia neste momento, e o conselheiro de segurança nacional foi direto sobre essas preocupações e as possíveis implicações e consequências de certas ações”, disse em entrevista um representante da Casa Branca.
O conselheiro nacional de segurança americano, Jake Sullivan, se reuniu com o diplomata chinês Yang Jiechi, afirmando que Washington alertou para penalidades e sanções contra Pequim, caso alguma ajuda seja efetivada. O governo chinês nega qualquer gesto à Rússia, tendo classificado a suposta aproximação como “desinformação”.
Segundo a publicação, um telegrama diplomático enviado pelos EUA afirma que a China negaria qualquer diálogo de ajuda com a Rússia. O governo americano não apresentou evidências públicas de que o movimento esteja em curso.
A Rússia pediu ajuda militar à China, segundo apuração do jornal britânico Financial Times (link para assinantes), noticiada no domingo (13.mar.2022). Autoridades dos Estados Unidos teriam dito que o país solicitou equipamentos militares e outras assistências desde o início da guerra –o que preocupa a Casa Branca, embora não esteja claro até que ponto os chineses estão dispostos a ajudar.
O conflito na Europa se estende pela 3ª semana. As informações não são oficiais e não foram confirmadas pela Casa Branca. O porta-voz da embaixada chinesa em Washington, Liu Pengyu, disse não ter conhecimento de qualquer pedido da Rússia de assistência militar. “A China está profundamente preocupada e triste com a situação da Ucrânia”, disse ao Financial Times. “Esperamos sinceramente que a situação melhore e a paz retorne em breve”, completou.
- Assessor presidencial da Ucrânia diz que guerra pode acabar só em maio
É provável que a guerra na Ucrânia só termine no início de maio, quando a Rússia ficar sem recursos para atacar o país do Leste Europeu. A opinião é de Oleksiy Arestovich, conselheiro do chefe de pessoal do presidente ucraniano, em declaração dada nesta segunda-feira (14).
As conversas entre Kiev e Moscou –em que Arestovich não está pessoalmente envolvido– produziram até agora poucos resultados além de vários corredores humanitários fora das cidades sitiadas ucranianas.