Política

MBL News explica o que gerou manifestações pelo Brasil





Na última quarta-feira (15), milhares de manifestantes foram às ruas em todo Brasil para protestar contra o contingenciamento promovido pelo Governo Federal no orçamento das universidades. A atmosfera para as manifestações foram construídas a partir de uma falha de comunicação do governo.

 A falta de clareza do governo resultou na má interpretação da medida, o que era um contingenciamento de 3,5% por razões orçamentárias, virou um corte de 30% por razões ideológica. E o maior prejudicado por esse espantalho criado pela má comunicação do governo, é o próprio governo.

Inicialmente, o ministro da Educação Abraham Weintraub, que havia chegado ao cargo há poucos dias, disse que as universidades que estivessem fazendo balbúrdias teriam suas verbas cortadas em 30%. “Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”.

 A fala recebeu críticas já que dentro das universidades que encontra-se a tal da balbúrdia, geralmente a bagunça é promovida por grupos e movimentos de cunho esquerdista, e não pela organização da universidade. Além disso, a medida afetaria negativamente professores e alunos liberais e/ou conservadores que crescem cada vez mais no meio acadêmico.

Após o evento, foi definido o contingenciamento de 30% para todas universidades em decorrência da situação fiscal do país. O governo demorou para esclarecer o caráter estritamente econômico da questão, e o pior, deixou transparecer para o cidadão que a restrição seria de um corte de 30% do total da verba destinada às universidades.

O contingenciamento, não corte, de 30% não é relativo ao orçamento total, mas, sim, aos gastos discricionários. Assim, a restrição fica na ordem dos 3,5%. A crise fiscal pela qual passa o país, somada à redução da expectativa de arrecadação do governo, levou à necessidade de reduzir os gastos pelo menos por hora.