Política

Rússia já disparou 600 mísseis na Ucrânia





As forças russas na Ucrânia já dispararam 600 mísseis na Ucrânia, desde o começo da guerra, em 24 de fevereiro. A quantidade equivale a 95% do poder de combate acumulado dentro do país, segundo um alto funcionário da Defesa dos Estados Unidos.

A informação foi divulgada pela rede norte-americana CNN. Segundo o veículo, o funcionário disse que os militares da Rússia ainda tentavam cercar as cidades de Kiev, Khakhiv, Chernihiv e Mariupol durante no domingo (6.mar.2022).

Ele afirmou que um comboio de unidades russas de cerca de 40 quilômetros de extensão continua parado, a cerca de 25 quilômetros de Kiev.

O funcionário também declarou que os EUA não acreditam que possa haver um iminente ataque à cidade de Odessa, no sul da Ucrânia.

Soldados ucranianos montaram barricadas neste domingo (6.mar) na Rua Deribasovskaya, em Odessa, para impedir o avanço de tropas russas na cidade.

A cidade portuária é a 4ª maior da Ucrânia e fica às margens do mar Negro, local estratégico para o comércio euro-asiático. Ainda neste domingo, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que a Rússia está se preparando para atacar o porto de Odessa.

No sábado (5.mar), o avião de ataque e caça tático russo Sukhoi Su-34 foi abatido ao norte de Kiev, capital da Ucrânia. O modelo é um dos destaques da força aérea da Rússia, e foi atingido sobre uma área residencial de Tchernihiv, nordeste da capital, sob aplausos de moradores.

Próximos ataques

A Rússia emitiu um alerta neste domingo (6.mar) para que os funcionários de empresas de defesa da Ucrânia saiam dos locais de trabalho. O porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov, disse que os ataques russos vão ocorrer com armas de alta precisão para “desmilitarizar o país”, segundo agências de notícias russas. O objetivo é interromper a produção de armas em território ucraniano.

Ainda de acordo com o porta-voz, os ataques não pretendem colocar em risco a vida dos funcionários das empresas. No comunicado, Konashenkov disse também que os países que receberam aviões de combate ucranianos serão tratados como “parte do conflito”.

O russo afirmou que o governo dos Estados Unidos estaria financiando o desenvolvimento de uma arma biológico-militar na Ucrânia. Segundo o porta-voz, funcionários de laboratórios revelaram que organismos cultivados para produzir doenças foram destruídos no último dia 24. Os causadores da peste (Yersinia pestis) e da cólera (Bacillus anthracis), são alguns dos exemplos.

Em relação à aeronáutica ucraniana, Konashenkov afirmou que os russos destruíram toda a aviação do país vizinho, com exceção dos aviões de guerra que foram para a Romênia e outros países do leste europeu.

11º DIA DE CONFLITO

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse neste domingo (6.mar) que a operação militar na Ucrânia será suspensa apenas se as forças ucranianas “cessarem as hostilidades e concordarem em implementar as exigências” de Moscou. A declaração foi dada ao presidente turco Recep Tayyip Erdogan.

A nova tentativa de retirada de civis da cidade de Mariupol falhou, segundo a Cruz Vermelha. A entidade internacional divulgou a informação neste domingo (6.mar.2022). “As tentativas fracassadas ressaltam a ausência de um acordo detalhado e funcional entre as partes em conflito”, afirmou a ONG.

O presidente ucraniano, Volodyrmyr Zelensky, afirmou que a Rússia está se preparando para atacar o porto de Odessa. Essa é a 4ª maior cidade da Ucrânia e fica às margens do mar Negro.

Ele também divulgou um novo ataque russo neste domingo. Segundo ele, 8 mísseis atingiram a cidade de Vinnytsia. O aeroporto foi destruído.

Mais de 900 pessoas foram presas em cidades russas durante manifestações contra a guerra, segundo o OVD-Info –monitor independente de protestos com sede na Rússia. Desde 24 de fevereiro, 1º dia de ataques na Ucrânia, o monitor registrou 9.359 prisões.

 

- “Deus não perdoará”, diz presidente da Ucrânia

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que, em vez de perdão, haverá julgamento sobre as atitudes da Rússia contra o país vizinho. Zelensky falou em vídeo compartilhado em seu perfil no Facebook, o 1º do período de Quaresma.

“Hoje é Domingo do Perdão. Mas não podemos perdoar as centenas e centenas de vítimas. Nem os milhares e milhares que sofreram”, falou. “Deus não perdoará. Nem hoje. Nem amanhã. Nunca”.

Os arredores de Kiev, a capital da Ucrânia, Kharkiv, a 2ª maior cidade do país, Chernigov e Mykolaiv ficaram sob forte bombardeio no final do dia de domingo, informou o Axios.

A guerra na região já causou ao menos 364 vítimas civis desde que os ataques russos começaram em 24 de fevereiro de 2022. Dessas, 25 eram crianças. Outros 759 civis foram feridos, entre eles 41 crianças. Os dados são da ONU.

Ainda neste domingo (6.mar.2022), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, sinalizou que a operação militar só será suspensa se as forças ucranianas “cessarem as hostilidades e concordarem em implementar as exigências” de Moscou.

11º DIA DA GUERRA

A invasão da Ucrânia pela Rússia chega ao 11º dia neste domingo (6.mar.2022). O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse no sábado (5.mar) que seu governo está fazendo todo o possível para chegar a um acordo com os russos. Nova rodada de negociações deve ser realizada na 2ª feira (7.mar).

A OMS (Organização Mundial da Saúde) confirmou “vários” ataques a centros de saúde na Ucrânia“Ataques a instalações de saúde ou trabalhadores infringem a neutralidade médica e são violações do direito internacional humanitário”, declarou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus

Segundo a ONU (Organizações das Nações Unidas), em torno de 1,5 milhão de pessoas deixaram a Ucrânia desde o início dos ataques, em 24 de fevereiro.

Fonte: Poder360