Cotidiano

Usina nuclear na Ucrânia pega fogo depois de ataque





Um prédio do complexo da usina nuclear de Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia, pegou fogo na noite da 5ª feira (3.mar.2022) depois de um ataque russo. A usina é a maior da Europa.

Segundo o serviço de emergência estatal ucraniano, o fogo atingiu um edifício de treinamento fora do perímetro da usina. Às 6h20 no horário local (1h20 em Brasília), o fogo foi apagado. Não há vítimas.

De acordo com a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), o regulador do setor na Ucrânia informou que não houve alteração nos níveis de radiação no local. 

O ministro de Energia da Ucrânia, German Galushchenko, escreveu no Facebook que “este pode ser o maior desastre de todos os tempos” e que determinou que a zona aérea ucraniana fosse fechada.

Segundo o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, se houver alguma explosão, o impacto será 10 vezes maior do que o ocorrido em Chernobyl.

“O exército russo está disparando de todos os lados contra a central nuclear de Zaporizhzhia, a maior usina nuclear da Europa. O fogo já começou”, declarou em seu perfil no Twitter. “Os russos devem cessar IMEDIATAMENTE o fogo, permitir os bombeiros, estabelecer uma zona de segurança!”.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky compartilhou um vídeo em seus perfis nas redes sociais com imagens da usina. “Os tanques estão atirando em blocos atômicos. Existem 6 unidades de energia. Em Chernobyl, 1 unidade de energia explodiu”, disse o presidente.

“Nenhum país do mundo jamais bombardeou unidades de energia nuclear. O estado terrorista recorreu ao terror nuclear. A Ucrânia tem 15 unidades nucleares, se houver uma explosão, é o fim de tudo! É o fim da Europa, é a evacuação da Europa. Somente ações urgentes da Europa podem deter as tropas russas.”

Segundo a agência estatal ucraniana de notícias Ukrinform, houve vítimas no combate pela usina, mas o número ainda é incerto. Mais de 100 unidades militares russas entraram em Energodar, segundo o veículo.

O diretor-geral da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), Rafael Grossi, disse que está em contato com autoridades ucranianas para acompanhar a situação na usina. Em publicação, a entidade apelou para a suspensão do uso da força e alertou para um “grave perigo” se os reatores forem atingidos.

Mais cedo, o regulador do setor na Ucrânia informou à agência que tropas de infantaria russa estavam se dirigindo para a usina, e que a situação era “crítica”.

 

Ucrânia diz que equipamentos essenciais não foram afetados em usina nuclear

Autoridades ucranianas informaram que funcionários estão tomando ações mitigatóriasA Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) informou, sexta-feira (4), que equipamentos “essenciais” no local da usina nuclear de Zaporizhzhia não foram afetados pelo incêndio, segundo autoridades ucranianas.

Ainda acrescentou que o “funcionários da fábrica (estão) tomando ações mitigatórias”.

De acordo com a Ucrânia, um prédio de treinamento fora do perímetro da usina foi atingido. O diretor de Zaporizhzhia disse à rede de televisão Ukraine 24 que a segurança contra radiação havia sido estabelecida no local.

O porta-voz Andrii Tuz afirmou que a usina não sofreu nenhum dano crítico, embora apenas uma unidade de geração de energia entre seis esteja operando. Ele ainda declarou que pelo menos uma unidade geradora de energia da usina nuclear foi atingida durante o conflito.

“Muitos equipamentos técnicos foram atingidos”, explicou o porta-voz à CNN. Tuz ainda comunicou que as tropas ucranianas estão com o controle de Zaporizhzhia.

 

- EUA impõem sanções a mais oligarcas russos por invasão à Ucrânia

Governo americano visa pessoas próximas ao presidente Putin

Os Estados Unidos (EUA) impuseram novas sanções contra oligarcas russos, incluindo aqueles que atuam nos setores imobiliário e de petróleo, conforme o governo americano mira em pessoas próximas ao presidente russo, Vladimir Putin, em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia.

Os EUA aplicaram sanções de bloqueio total a oito oligarcas e autoridades, bem como a algumas de suas empresas, informou a Casa Branca, visando os super-ricos da Rússia que acumularam fortunas e influência política por meio de seus laços estreitos com Putin. "Queremos que ele [Putin] sinta o aperto, queremos que as pessoas ao seu redor sintam o aperto", disse a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, a repórteres.

Até agora, os EUA determinaram várias rodadas de sanções, inclusive contra o presidente Putin e o Banco Central russo, depois que as forças daquele país invadiram a Ucrânia no maior ataque a um Estado europeu desde a Segunda Guerra Mundial. Moscou chama o ataque de "operação especial".

Os EUA impuseram sanções ao magnata Alisher Usmanov, fundador da mineradora russa Metalloinvest, que a Casa Branca descreveu como “um dos indivíduos mais ricos da Rússia e um aliado próximo de Putin”.

A medida impede que sua propriedade seja usada nos Estados Unidos e por norte-americanos, incluindo seu iate de luxo, que a Casa Branca disse ter sido apreendido pela Alemanha, e seu jato particular.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a quem a Casa Branca acusou de ser "um grande fornecedor da propaganda de Putin", também foi alvo.

Os EUA também imporão restrições de visto a 19 oligarcas russos, seus familiares e associados, disse a Casa Branca em comunicado, e também emitirão sanções contra entidades e indivíduos russos que permitem a disseminação de desinformação no país.

Fonte: Poder360 - CNN Brasil - Agência Brasil