Política

Rússia reconhece Zelensky como líder da Ucrânia e diz estar pronta para negociar





Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores russo, afirmou que é um "passo positivo" o presidente ucraniano querer receber garantias de segurança 

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que a Rússia reconheceu o presidente Volodymyr Zelensky como líder da Ucrânia e saudou como um “passo positivo” o fato de Zelensky querer receber garantias de segurança.

“Nossos negociadores estão prontos para a segunda rodada de discussão dessas garantias com representantes ucranianos”, disse ele.

Zelensky disse em uma entrevista na terça-feira que a Rússia precisa interromper o bombardeio da Ucrânia antes que novas negociações possam ocorrer. Ele pediu garantias de segurança, mas da Otan e não da Rússia.

O oficial afirmou ainda que Moscou continua comprometida com a desmilitarização da Ucrânia e que deveria haver uma lista de armas específicas que nunca poderiam ser implantadas em território ucraniano.

“Tipos específicos de armas de ataque devem ser identificados que nunca serão implantados na Ucrânia e não serão criados”, disse Lavrov em entrevista à Al Jazeera, cujo texto foi publicado no site de seu ministério.

 

- China pediu à Rússia que invasão da Ucrânia ocorresse após Olimpíada, diz relatório

Autoridades dos EUA consideram o relatório crível, mas seus detalhes estão abertos à interpretação

Um relatório de inteligência ocidental indicou que autoridades chinesas, no início de fevereiro, solicitaram que altos funcionários russos esperassem até o término dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim antes de iniciar uma invasão à Ucrânia, disseram autoridades dos Estados Unidos nesta quarta-feira. (2)

Autoridades dos EUA consideram o relatório crível, mas seus detalhes estão abertos à interpretação, de acordo com uma fonte familiarizada com a inteligência.

Embora o pedido tenha sido feito na época em que o presidente Vladimir Putinvisitou Pequim para a cerimônia de abertura das Olimpíadas, em que se encontrou com o presidente chinês Xi Jinping, não está claro no relatório se Putin abordou o assunto diretamente com Xi, disse a fonte.

Os oficiais de inteligência ocidentais que observavam cautelosamente o acúmulo de Putin na fronteira ucraniana na época previam o adiamento de qualquer ação militar até depois das Olimpíadas para evitar irritar a China.

Após a reunião de Putin e Xi, Moscou e Pequim emitiram uma declaração conjunta declarando que sua parceria “não tinha limites” e condenando a expansão da Otan, um pilar fundamental da justificativa do presidente russo para atacar a Ucrânia.

Essa declaração elevou as preocupações ocidentais sobre uma aliança florescente entre a China e a Rússia.

Liu Pengyu, porta-voz da embaixada chinesa em Washington, disse: “as alegações mencionadas nos relatórios relevantes são especulações sem qualquer base, e pretendem transferir a culpa e difamar a China”.

CNN entrou em contato com a embaixada russa em Washington para comentar.

O jornal New York Times relatou pela primeira vez a existência do relatório.

Fonte: CNN Brasil