Política

Sem críticas a Putin, China muda tom e promete negociação para guerra na Ucrânia





Diálogo entre ministros da China e da Ucrânia resultou em um importante pedido de cessar-fogo

Uma ligação, nesta terça-feira (1º/3), entre o ministro das relações exteriores da China, Wang Yi, e o homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba, acabou resultando em um importante pedido de cessar-fogo no leste europeu por parte do país asiático. Esse foi o primeiro diálogo formal entre os dois países desde que a Rússia invadiu a Ucrânia na última semana.

Segundo os relatos das diplomacias dos dois países, a conversa é mudança no tom das relações exteriores chinês, que nas reuniões do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, se absteve de condenar a invasão russa.

Vale lembrar que durante a conversa, Wang Yi não fez críticas à ofensiva militar da Rússia — e nem ao presidente Putin. Contudo, expressou solidariedade à Ucrânia e se disse “extremamente preocupado com os danos aos civis”.

Dmytro Kuleba já tinha pedido publicamente para que os cidadãos chineses usassem meios de comunicação com o governo para pedir ajuda à Ucrânia e, durante a conversa com Wang Yi, ouviu que o país asiático fará “todos os esforços” diplomáticos para resolver o conflito.

 

- 5,7 mil russos morreram durante invasão, diz representante ucraniano

Anatoliy Tkach destacou que o exército da Ucrânia está conseguindo impedir o avanço de Putin no país

Nesta terça-feira (1º/3), o representante da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, concedeu uma entrevista dando novas informações sobre o sexto dia de invasão russa no país.

Segundo ele, os soldados ucranianos seguem conseguindo defender o país. “Até agora as perdas da Rússia foram 5.700 pessoas, entre mortos e feridos, 200 presos, 29 aeronaves, 29 helicópteros, 198 tanques, 8046 veículos blindados de diferentes tipos, 77 sistemas de artilharia, 24 sistemas de lançamentos múltiplos de mísseis, 305 caminhões, 60 sistemas de combustível (...) sendo incapazes de quebrar a defesa da Ucrânia”, ressaltou ele. 

Ele disse ainda que a Ucrânia já entrou com um processo no Tribunal Internacional para qualificar as ações da Rússia como crime contra a humanidade. “Nesse momento os principais alvos são as maiores cidades da Ucrânia”, disse ele. Na sequência, ele deu detalhes sobre o ataque de míssil à Torre de TV, nesta terça-feira, confirmando o número de mortos, cinco pessoas, e reafirmando as informações que já haviam sido divulgadas pelo governo da Ucrânia.

Fonte: Correio Braziliense