Cotidiano

Kiev tem explosões, diz prefeito; porta-voz da Ucrânia afirma que país pode negociar com a Rússia





O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, anunciou que pelo menos cinco explosões foram registradas na capital da Ucrânia hoje à noite, no horário local. Os ucranianos estão entrando no terceiro dia de luta contra a invasão da Rússia.

Segundo Klitschko, as explosões ocorreram com 3 a 5 minutos de distância na TEC-6, uma usina elétrica do país, ao nordeste do Lago Diamond.

O prefeito da capital ucraniana também informou que serviços de emergência já estão a caminho. O ministro de Emergências disse que a usina está funcionando normalmente. Um vídeo de uma das explosões roda nas redes sociais.

Klitschko alertou pelo Telegram que as tropas russas estão "muito perto da capital". "A situação agora é ameaçadora para Kiev, sem exagero. A noite e a manhã serão difíceis", falou.

Pelo Twitter, o Ministério de Assuntos Internos da Ucrânia disse que as autoridades de Kiev "estão apelando aos moradores de arranha-céus para verificarem urgentemente os telhados em busca de sinais".

Caso haja sinais, o Ministério pediu que os moradores da capital "os cubram com terra ou alguma coisa! Esta é provavelmente a rota da aviação para os objetos onde eles podem atingir".

Além disso, moradores de Kiev ouvidos pela agência Reuters disseram ter escutado barulhos de tiro esta noite.

Tropas russas chegaram hoje em Kiev

As tropas russas entraram em Kiev, capital da Ucrânia, por volta das 13h50 (horário local), confirmou o prefeito Vitaliy Klitschko. O movimento de militares da Rússia estava sendo acompanhado por aliados da Ucrânia e uma invasão em Kiev era esperada..

Ontem (24), a Rússia invadiu o território ucraniano e atacou instalações militares por todo o país. O ataque aconteceu por terra, mar e ar, relataram veículos de imprensa internacionais e o governo ucraniano. Mais de uma centena de pessoas morreram, inclusive crianças.

Após invadir a capital, o Ministério da Defesa da Rússia anunciou que o acesso para Kiev ao oeste da Ucrânia foi bloqueado. As entradas de Chernihiv, uma cidade localizada no norte da Ucrânia, também foram bloqueadas por militares.

Em vídeo publicado nas redes sociais, o major-general Igor Konashenkov afirmou que as tropas russas também estão controlando o aeródromo estratégico de Gostomel, nos arredores da capital Kiev. Paraquedistas desembarcaram no local.

Explosões em Kiev marcaram o início do segundo dia de invasão russa. Por volta das 23h30 (horário de Brasília) de ontem, duas explosões foram ouvidas no centro de Kiev por repórteres da rede de TV americana CNN.

Na madrugada, um foguete disparado pela Rússia atingiu um prédio de Kiev, deixando três feridos. O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, acusa a Rússia de atacar áreas residenciais de Kiev. As autoridades russas negam e dizem estar tomando todas as medidas para evitar baixas entre a população civil..

Ucrânia entrou em fase de defesa, diz prefeito

O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, disse hoje que a capital entrou na fase de defesa. Por vídeo, ele pediu aos moradores de Kiev que sejam vigilantes e que não deixem suas casas ou abrigos sem necessidade.

A situação é complicada e tensa. Hoje o exército russo atacou Kiev. Depois das quatro da manhã, ataques com mísseis foram disparados contra áreas residenciais de Kiev. Fique dentro de casa ou em abrigos.Prefeito de Kiev, VitaliKlitschko

"A cidade entrou na fase de defesa. Agora, em algumas áreas da capital, tiros e explosões serão ouvidos. O inimigo já está em Kiev. Devemos manter a capital que o inimigo quer colocar de joelhos e destruir", afirmou Klitschko.

O prefeito também incentivou que cidadãos peguem em armas para ajudar os soldados ucranianos.

Otan preocupada com conflito além da Ucrânia

Após nota publicada pela Otan (Organização do Tratado Atlântico Norte), o secretário-geral, Jens Stoltenberg, deu uma coletiva de imprensa e disse que a maior preocupação do bloco é que o ataque da Rússia "se espalhe para além da Ucrânia".

"É por isso que estamos enviando mais soldados, para garantir que a guerra que acontece na Ucrânia não se espalhe para outros países da Otan", afirmou.

Além dos inocentes, Stoltenberg falou que a invasão russa vai "contra a ordem de segurança da Europa".

Os ataques do país de Vladimir Putin estão difundidos por toda a Ucrânia. Na nota da Otan, pouco foi dito diretamente sobre como a organização auxiliará os ucranianos.

Um dos motivos que fez estourar a tensão entre Rússia e Ucrânia foi a tentativa ucraniana de se integrar ao bloco. O pronunciamento da organização ocorre menos de um dia depois de Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, ter dito que seu país foi abandonado.

"Quem está disposto a lutar conosco? Não vejo ninguém. Quem está disposto a dar à Ucrânia uma garantia de adesão à Otan? Todos estão com medo", lamentou.

Na coletiva de imprensa, o secretário-geral expressou "nosso apoio à Ucrânia", que está sob "uma invasão plena: por terra, ar e mar".

 

- Otan enviará tropas por terra, mar e ar para o Leste Europeu, diz secretário-geral

Em resposta à invasão russa na Ucrânia, aliança anunciou a ativação da Força de Resposta pela primeira vez na história 

Em entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira (25), o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, anunciou que pela primeira vez na história a Força de Resposta da aliança será ativada. De acordo com Stoltenberg, a medida defensiva acontece em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia.

A Força de Resposta tem o potencial de envolver até 40 mil homens. De acordo com a Otan, trata-se de “força multinacional altamente preparada e tecnologicamente avançada composta por componentes terrestres, aéreos, marítimos e Forças de Operações Especiais que a aliança pode mobilizar rapidamente, sempre que necessário”.

O secretário-geral da aliança afirmou que tropas estão sendo movimentadas por terra, mar e ar. “Faremos o que for necessário para proteger nossos aliados”, alertou.

A ativação das tropas de resposta, no entanto, não significa que soldados dosEstados Unidos ou de países europeus irão para a Ucrânia, que não é um país integrante da aliança. O presidente americano Joe Biden esclareceu que as tropas do país estão sendo enviadas para o Leste Europeu para ajudar a fortalecer os países da Otan.

Os EUA estão enviando 7 mil soldados para a região. Biden disse que autorizou “o envio de forças terrestres e aéreas já estacionadas na Europa” para a Estônia, Letônia, Lituânia, Polônia e Romênia.

Stoltenberg ainda afirmou que a aliança continuará enviando armas para a Ucrânia, incluindo defesas aéreas. O chefe da Otan disse que o objetivo da Rússia com a invasão é derrubar o governo ucraniano. “Vemos a retórica, as mensagens, que indicam fortemente que o objetivo é remover o governo democraticamente eleito em Kiev”, avaliou.

Segundo Stoltenberg, “Putin decidiu ir adiante com a sua agressão contra a Ucrânia, o que é um terrível erro estratégico pelo qual a Rússia pagará um preço altíssimo nos próximos anos”. O secretário-geral da Otan reforçou que os países da aliança decidiram por sanções fortes contra o governo de Putin, e que estão “prontos para fazer mais, ainda que isso signifique pagarmos um preço”.

Durante seu pronunciamento, Stoltenberg disse que a guerra não tornará a Rússia mais segura e nem respeitada. Ele ainda considerou que a Otan irá garantir que não haja uma crise ainda maior na Europa, e que a aliança está pronta para “proteger cada aliado e cada centímetro do território” dos países integrantes.

O chefe da Otan também saudou o exército ucraniano, a quem destacou a “braveza e coragem contra a força invasora da Rússia”.

Países europeus anunciam envio de tropas para o Leste Europeu

Depois do anúncio da ativação da Força de Resposta da Otan, alguns países da Europa já confirmaram que enviarão tropas para a região do Leste Europeu em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia.

De acordo com o primeiro-ministro Mario Draghi, a Itália afirmou que está preparada para fornecer mais 3.400 militares para apoiar os esforços da Otan. Draghi disse ao parlamento italiano que o objetivo é pressionar a Rússia a retirar suas tropas e que o país está “perfeitamente alinhada” com a França e a Alemanha na questão das sanções.

A ministra da Defesa alemã, Christine Lambrecht, confirmou que a Alemanha irá mobilizar uma companhia de tropas para a Eslováquia, que construirá parte de um novo grupo de batalha da Otan. “Estamos trabalhando para enviar rapidamente uma empresa para a Eslováquia”, disse a ministra.

 

- Polônia envia primeiro carregamento de ajuda militar à Ucrânia

Ministro da defesa polonês anunciou ter doado um comboio de munição; o comunicado não informa o tipo, nem a quantidade dos artefatos

A Polônia enviou um comboio com munição para a Ucrânia, de acordo com o ministro da Defesa do país, Mariusz Błaszczak, tornando-se o primeiro carregamento de ajuda militar publicamente reconhecido para a Ucrânia desde o início da invasão russa.

“Um comboio de munição que estamos doando para a Ucrânia já chegou aos nossos vizinhos. Apoiamos os ucranianos e mostramos solidariedade contra a agressão russa”, disse ele em um tweet.

O tweet não descreveu o tipo de munição que a Polônia enviou aos ucranianos nem a quantidade.

 

- Estados Unidos vão aplicar sanções a Vladimir Putin e Sergey Lavrov

Decisão veio após um telefonema entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen

Os Estados Unidos vão se juntar à União Europeia para fazer sanções diretas ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, e ao ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, segundo confirmação da Casa Branca nesta sexta-feira (25).

Phil Mattingly e Jeremy Herb, da CNN, informaram na sexta-feira que os EUA planejavam impor sanções ao presidente russo, Vladimir Putin, de acordo com duas pessoas familiarizadas com a decisão.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse que a decisão veio após um telefonema entre o presidente Joe Biden e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

“Os Estados Unidos se juntarão a eles para sancionar o presidente Putin e o ministro das Relações Exteriores Lavrov e membros da equipe de segurança nacional russa”, disse. “Espero que tenhamos detalhes mais específicos ainda esta tarde.”

Questionada sobre o que mudou entre a sexta-feira e a quinta-feira, quando Biden anunciou uma nova rodada de sanções que não incluía Putin, Psaki disse que a opção “está sendo considerada e está na mesa há algum tempo”.

“A visão forte e o princípio forte do presidente desde o início deste conflito, e mesmo antes que eu deveria dizer, tem sido tomar ações e passos em alinhamento com nossos parceiros europeus, e isso certamente é uma evidência disso”, disse Psaki.

O líder russo se tornará o alvo de maior destaque no esforço para impor custos à economia russa e ao círculo íntimo de Putin após a invasão russa da Ucrânia. Autoridades russas adicionais provavelmente serão incluídas, disse uma das pessoas.

A União Europeia e o Reino Unido também anunciaram que introduziriam sanções contra Putin e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, na sexta-feira.

Mais antecedentes: A decisão de mirar Putin diretamente nos aliados ocidentais marca a escalada mais pessoal de um esforço abrangente para responder às ações da Rússia por meio de penalidades econômicas. Embora não esteja claro a extensão do efeito direto – autoridades há muito dizem que as finanças de Putin são opacas e difíceis de rastrear – o simbolismo de atacar o líder russo é claro.

 
Fonte: UOL - CNN Brasil