Política

Em viagem à Hungria, Bolsonaro nega devastação da Amazônia





Após reunião com o presidente da Hungria, János Áder, e com o premiê Viktor Orbán, nesta quinta-feira (17), Jair Bolsonaro falou à imprensa e defendeu a família como valor comum aos dois países. Durante o pronunciamento, o chefe do Executivo brasileiro negou o avanço do desmatamento na Amazônia e se posicionou sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia.

“Considero o seu país o nosso pequeno-grande irmão. Pequeno se levarmos em conta as nossas diferenças nas respectivas extensões territoriais. E grande pelos valores que nós representamos. Que podem ser resumidos em quatro palavras: Deus, pátria, família e liberdade”, destacou.

Sobre a reunião com o presidente húngaro, Bolsonaro disse ter focado na questão ambiental, com ênfase na Floresta Amazônica. “Nós preservamos 63% do nosso território. E não se encontra isso, praticamente, em nenhum outro país do mundo. Nós nos preocupamos, inclusive, com o reflorestamento”, disse ele. “Essa desinformação [referindo-se às notícias de aumento do desmatamento na Amazônia] é um ataque à nossa economia que vem, em grande parte, do agronegócio”, completou. 

As declarações vão na contramão do que indicam os relatórios do próprio governo e de entidades como o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), que apontam um crescimento de 56,6% na destruição da floresta entre agosto de 2018 e julho de 2021.

Ainda sobre o encontro com as autoridades húngaras, o presidente afirmou tratar-se de uma reunião produtiva, na qual foram assinados acordos e protocolos de intenção nas áreas da defesa, ajuda humanitária e recursos hídricos. Bolsonaro destacou o interesse em ampliar a parceria comercial entre os países e ressaltou a presença de cerca de 100 mil cidadãos da Hungria em solo brasileiro.

Os chefes de estado também conversaram sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia. “A guerra não interessa a ninguém. E não interessa ao mundo que dois países entrem em guerra, porque todos perdem com isso”, completou.

Após o pronunciamento, o primeiro-ministro ofereceu um almoço em homenagem a Bolsonaro.

 

- Não acredito em guerra, diz Bolsonaro sobre Rússia e Ucrânia

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta 5ª feira (17.fev.2022) não acreditar na possibilidade de uma guerra entre Rússia e Ucrânia.

Poder360 apurou que, ao ser indagado pelo primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, sobre como avaliava a escalada da tensão entre Rússia e Ucrânia, o brasileiro relembrou suas conversas no dia anterior com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e refutou a hipótese do acirramento do conflito.

Publicamente, Bolsonaro disse que todos perderiam caso fosse consumada a guerra entre Rússia e Ucrânia.

“Passei para ele [Orbán] o meu sentimento dessa viagem, até mesmo pela coincidência de ainda estarmos em voo para Moscou e parte das tropas russas serem desmobilizadas da fronteira. Entendo, coincidência ou não, como um gesto de que a guerra não interessa a ninguém. Não interessa ao mundo que 2 países entrem em guerra, todos perdem com isso, em especial a vizinhança”.

Também jornalistas em Budapeste, Bolsonaro disse que ele e o primeiro-ministro da Hungria “comungam” na defesa dos costumes. Citou seu lema de campanha como exemplo.

“Considero o seu país o nosso pequeno grande irmão. Pequeno se considerarmos nossa diferença nas respectivas extensões territoriais e grande pelos valores que nós representamos, que podem ser resumidos em 4 palavras: ‘Deus, pátria, família e liberdade’”, disse em declaração à imprensa.

Bolsonaro completou dizendo que ambos governos defendem o que chamou de “família bem estruturada”. Em julho de 2021, a Comissão Europeia anunciou que entraria com uma ação contra a Hungria e a Polônia por violação de direitos fundamentais. Segundo a comissão, a igualdade e o respeito à dignidade e aos direitos humanos são garantias incluídas em tratados que regem a UE e estavam sendo desrespeitados pelos 2 países.

“Comungamos também na defesa da família com muita ênfase, uma família bem estruturada faz com que sua respectiva sociedade seja sadia. E não devemos perder esse foco”, disse Bolsonaro nesta 5ª feira.

 

- Bolsonaro chama Orbán de irmão, usa lema fascista e volta a sugerir influência sobre Putin

Em viagem improvisada à Hungria, presidente visita ícone da extrema direita europeia

Em um rápido discurso durante sua viagem improvisada à Hungria, o presidente Jair Bolsonaro (PL) exibiu todas as credenciais que o colocam como um membro da liga de líderes populistas no espectro da direita nacionalista mundial.

Chamou durante uma declaração à imprensa o premiê Viktor Orbán, homem forte do país desde 2010, de "meu irmão dadas as afinidades", e celebrou "valores que nós representamos, que podem ser resumidos em quatro palavras: Deus, Pátria, Família e Liberdade".

Não é a primeira vez que ele usa o mote, que tem origem no fascismo italiano das décadas de 1920 e 1930, sem a adição da "liberdade". Foi adotado por fascistas brasileiros da Ação Integralista e pela mais longeva ditadura europeia do século 20, a comandada de 1933 a 1974 por António de Oliveira Salazar em Portugal.

Bolsonaro chamou, não muito diplomaticamente, o país de quase 10 milhões de pessoas de "pequeno grande irmão" do Brasil.

O brasileiro voltou a insistir numa mentira sugerida por ele e replicada com sucesso nas redes bolsonaristas, com vídeo falso, de que ele teria influenciado Vladimir Putin, o presidente russo que visitara na véspera em Moscou, a decidir tirar partes das tropas que circundam a Ucrânia.

Inicialmente, disse: "Discutimos a possibilidade ou não de uma guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Por coincidência, quando estávamos em voo [rumo a Moscou], houve o anúncio".

Até aí, correto. Mas ele completou: "Sendo coincidência ou não, a guerra não interessa a ninguém". Não há nenhuma relação causal entre a decisão russa, de resto denunciada como uma farsa pelo Ocidente na disputa que vivem em torno da Ucrânia, e a chegada horas depois do brasileiro a Moscou.

Ao fim, abraçaram-se, Orbán envergando uma gravata laranja, com de seu partido.

O primeiro-ministro húngaro enfrentará duras eleições em abril, e seu time tem tentado atrair líderes do mesmo diapasão ideológico para tentar magnetizar seu eleitorado mais raiz —não muito diferente das ações de Bolsonaro quando adota discursos radicais.

O sonho de consumo da turma é Donald Trump em um evento conservador em março, mas o ex-presidente americano não topou ainda. Orbán é um líder que se notabilizou por uma metamorfose no poder, deixando sua origem mais liberal e anti-Rússia progressivamente rumo ao que ele mesmo chamou de "democracia iliberal".

É fustigado nos fóruns europeus por suas políticas contra imigrantes e a população LGBTQUIA+. Mas a Hungria ainda tem vitalidade para apresentar um desafio a seu poder com a unidade da oposição, e mesmo o temido uso que Orbán poderia ter feito dos superpoderes que se concedeu no começo da pandemia da Covid-19 não se materializaram.

Ele é personagem constante da turma mais ideológica do bolsonarismo, como o filho presidencial Eduardo, deputado federal pelo PL paulista. Ele já o visitara em 2019, e mantém interlocução por meio da rede radical organizada pelo ex-assessor da Casa Branca Steve Bannon.

De prático, a viagem de Bolsonaro à Hungria viu apenas a assinatura de três memorandos, inclusive na área de cooperação de defesa. Budapeste virou cliente da Embraer, que está lhe vendendo a dois cargueiros militares KC-390 US$ 300 milhões. Na Rússia, havia sido apenas um, embora isso não seja régua para medir sucesso de viagens internacionais.

A parada foi improvisada há pouco mais de um mês, sendo restrita a uma reunião de Bolsonaro com o presidente János Áder, figura decorativa, Orbán e, depois a uma visita à Assembleia Nacional do país.

Segundo Bolsonaro, o presidente lhe questionou acerca da política ambiental, e o brasileiro voltou a falar que os dados no exterior são distorcidos e que, apesar de todas as indicações do monitores objetivos apontarem avanço do desmatamento, o país protege a Amazônia.

Os negócios entre Brasil e Hungria são diminutos, com US$ 457 milhões importados pelo Brasil e US$ 62 milhões, vendidos.

Mais cedo, Bolsonaro havia feito uma referência à sua visita ao Túmulo do Soldado Desconhecido em Moscou, protocolo russo para visitas de chefe de Estado, mas que gerou barulho em redes sociais pois afinal os militares em questão eram da União Soviética —e o presidente insiste em se dizer anticomunista.

"Soldado é simplesmente soldado", ​escreveu.

Premiê húngaro teve origem liberal e anti-Rússia

Apesar de sua estatura como ícone iliberal, ao lado de Putin e do turco Recep Tayyip Erdogan, convicções do premiê são mais flexíveis.

Ele surgiu no cenário húngaro como líder estudantil nos estertores da Guerra Fria, em 1989. Como todo jovem, um duro crítico do domínio da União Soviética sobre a Hungria e outros satélites.

Seu país sofreu a primeira grande intervenção armada determinada por Moscou contra seus vassalos europeus do pós-guerra, em 1956, para acabar com uma revolta estudantil que saiu de controle contra o regime comunista. Há em Budapeste um museu perturbador sobre esse trauma, a Casa do Terror, que também aponta armas contra os fascistas que vieram antes dos comunistas na Segunda Guerra Mundial.

Orbán fundou um partido liberal, o Fidesz (acrônimo húngaro para União de Jovens Democratas) - União Cívica Húngara. Chegou ao poder em 1998 e ficou até 2002, derrotado por socialistas.

Desde a década de 1990, adernou para a extrema direita, com o pacote usual do modelo europeu: discurso nacionalista, contra imigrantes, contra o internacionalismo.

Curiosamente, Orbán teve uma passagem pela Universidade de Oxford bancada pelo bilionário George Soros, hoje a besta-fera dos círculos que se dizem antiglobalistas —trumpistas e bolsonaristas que seguiam o falecido escritor Olavo de Carvalho, como o ex-chanceler brasileiro Ernesto Araújo e os filhos do presidente.

Mas o premiê sempre manteve uma instância crítica à Rússia, até por um certo atavismo húngaro da Guerra Fria. Isso mudou a partir da crise mundial de 2008, e em 2014 Orbán elencou Putin como estrela do modelo que chamou de democracia iliberal.

Aqui e ali, houve rusgas, mas ao fim os dois líderes são percebidos pela elite da União Europeia em Bruxelas como seres políticos da mesma extração. Os ataques de Orbán à independência do Judiciário, com a ocupação de cargos, e aos direitos LGBTQIA+ já lhe valeram diversas censuras.

Além disso, desde meados da década passada ele e Putin negociam um megaprojeto de energia nuclear de 12 bilhões de euros (R$ 76 bilhões hoje) bancado pela estatal russa Rosatom, visto por críticos como uma forma de compra de apoio pelo Kremlin.

Ao mesmo tempo, é um membro da Otan no sensível Leste Europeu, chacoalhado pela crise em que tropas de Putin cercam a vizinha Ucrânia. Ele já disse a Putin, a quem visitou recentemente, que está preocupado com o risco de uma nova crise de refugiados europeia caso haja o conflito que o russo negar querer.

A crise esteve no cardápio da visita de Bolsonaro, que havia sido pressionado pelos EUA a não aparecer ao lado de Putin nesse momento tenso, para não supor apoio. O presidente disse é "solidário à Rússia" e que o russo parece "querer a paz".

Confira outras notícias 

 

- Presidente ordena assistência e recursos para Petrópolis, diz ministro

 

Dinheiro virá de orçamento interno da Saúde, esclarece Queiroga

 

O presidente Jair Bolsonaro, que está em viagem ao exterior, ordenou assistência imediata e repasse de recursos federais ao município de Petrópolis. A orientação foi recebida pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que visitou o município na manhã desta quinta-feira (17). Queiroga encontrou-se com o prefeito, Rubens Bomtempo, e com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, na sede da prefeitura.

 

“O presidente Bolsonaro falou comigo, desde ontem [16]. Pediu que eu estivesse aqui, em Petrópolis, para prestar toda assistência à população, e o que o ministério pudesse fazer alocação imediata de recursos. Isso fosse feito”, disse o ministro, após a reunião.

 

Segundo Queiroga, os recursos virão de imediato, por meio de orçamento interno do próprio ministério, por intermédio de liberação das secretarias subordinadas.

 

“Os recursos vêm do próprio Ministério da Saúde, de portarias da Secretaria de Vigilância e Saúde, da Secretaria de Atenção Primária em Saúde, em sintonia com o que já houve em relação à Bahia, à região do norte de Minas. A estratégia é a mesma: o governo federal atua, de maneira articulada, com os ministérios da Infraestrutura, da Defesa, da Cidadania, para, em situações como esta, dar o suporte adequado à população”, explicou Queiroga.

 

O governador Claudio Castro garantiu que haverá dinheiro do estado do Rio para realocação das famílias desabrigadas, mas ressaltou que terá de haver entendimento com a prefeitura e outros órgãos públicos, para permitir a construção de novas moradias, visto que a região serrana dispõe de poucos terrenos aptos à construção.

“Eu garanto que, da parte do governo do estado [essas famílias] vão [ter casa]. Porque este não é um esforço só do governo estadual. Não se acham terrenos para construir por aqui. Tem uma lei que impede a transferência para outros locais. Terá que ser um grande pacto entre governo municipal, governo do estado, Ministério Público, Justiça e governo federal. O problema é complexo. Não tem terreno próximo para realocar. O recurso estadual para todos serem realocados eu vou garantir”, disse Castro.

 

Após a reunião, o ministro Queiroga afirmou que se deslocaria para o Rio, a fim de tratar de outros assuntos da área da saúde. É aguardada para esta sexta-feira (18) a visita do presidente Bolsonaro ao município de Petrópolis.

 

- Bolsonaro cogita ministro sanfoneiro Gilson Machado para vaga de vice

 

Pernambucano é visto como leal e, acima de tudo, nordestino após erros do presidente na região

 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) tem mais um nome em avaliação para ocupar a vaga de vice na sua chapa para tentar a reeleição em outubro.

 

Trata-se de Gilson Machado, o ministro do Turismo conhecido como o sanfoneiro de Bolsonaro. Ainda sem sigla, ele tem sido especulado por aliados do presidente e teve o nome citado a mais de um interlocutor do mandatário.

 

Até aqui, Machado vinha sendo tratado pelo centrão, que quer controlar o processo eleitoral da mesma forma como ocupou o manejo de verbas do governo, como uma excentricidade que participava de lives e eventos oficiais com o chefe tocando sua sanfona.

 

Mas alguns passos em falso pelo presidente já fizeram as antenas do grupo perceberem a articulação pelo ministro, que tem a simpatia de líderes evangélicos próximos de Bolsonaro, ainda que se defina como católico praticante.

 

Após a derrota do grupo para os evangélicos na indicação para uma vaga no Supremo Tribunal Federal, apesar de alguns líderes do centrão verem um balão de ensaio no nome de Machado, o alerta existe.

 

Na virada do ano, Bolsonaro ignorou a crise das chuvas na populosa Bahia e permaneceu de férias no Sul. Depois, chamou nordestinos de "paus-de-arara"​. Isso numa região, segundo maior colégio eleitoral do país, em que Bolsonaro tem problemas eleitorais claros.

 

No mais recente levantamento do Datafolha, o presidente marcava 21% de preferência entre nordestinos, ante 72% do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) —que, além de pernambucano, tem na lembrança dos programas sociais como o Bolsa Família um ativo entre a população mais carente.

 

O presidente tentou reagir, com viagens à região e ainda esperando algum efeito da implantação do Auxílio Brasil, mas a avaliação é que algo mais incisivo precisa ser feito. Machado, que também é de Pernambuco, surgiu como uma opção por sua identificação potencial: a figura do sanfoneiro, chapéu de vaqueiro à cabeça, é um clichê bastante espraiado no Nordeste.

 

Ao mesmo tempo, essa noção do "vice nordestino" tem assombrado candidatos no Brasil há muitos pleitos. Todo candidato do Sudeste sempre lidou com essa carta na montagem de sua campanha, com efeitos bastante díspares.

 

Outros itens que colocaram Machado no gosto de Bolsonaro são mais evidentes. Ele é visto como bastante combativo e, principalmente, leal aos princípios do chefe.

 

No entorno mais próximo do presidente, apesar da dependência do centrão de Ciro Nogueira (Casa Civil) e Arthur Lira (Câmara) para sobreviver até outubro, o que não falta são xingamentos ao grupo que remetem aos tempos em que Bolsonaro chamava a turma de "velha política".

 

Falta ainda a Machado um partido. Ele vinha cogitando o PL que já abriga o presidente para disputar uma vaga ao Senado por Pernambuco, mas o martelo não está batido.

 

Com isso, Machado se une ao ministro Walter Braga Netto (Defesa) e ao presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, como nomes palacianos para a vice. Já o centrão ora quer um nome de menor densidade, dado o risco de um desastre eleitoral de Bolsonaro antes do primeiro turno, ora especula figuras como Tereza Cristina (Agricultura).

 

A pré-campanha do presidente, na mão do filho senador Flávio (PL-RJ), ainda tem vários problemas para resolver. O mesmo grupo que trabalha por Machado identifica uma falta de coordenação em torno da provável candidatura do ministro Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura) para o governo de São Paulo.

 

O motivo é óbvio: trata-se do principal colégio eleitoral do país, e uma performance satisfatória, ainda que não seja para ganhar, é vital para ajudar a dar palanque a Bolsonaro.

 

Em São Paulo, o cenário ainda está obscuro na esquerda, que tem Fernando Haddad (PT), Márcio França (PSB) e Guilherme Boulos (PSOL) na pista, e o governismo estará representado na poderosa postulação de Rodrigo Garcia (PSDB), o vice de João Doria (PSDB) que será governador a partir de abril.

 

Mas o bolsonarismo puro está órfão. Aliados de Tarcísio dizem que ele não pode apelar apenas ao grupo, minoritário, mas tentar comer espaço na centro-direita que forma boa parte do perfil do eleitorado do estado.

 

A questão é que por ora os principais operadores da candidatura do ministro são justamente bolsonaristas de extração mais radical, como a deputada Carla Zambelli (que está saindo do PSL após a fusão do partido com o DEM para criar o União Brasil) e o ex-secretário de Doria Filipe Sabará (ex-Novo).

 

Aliados do presidente são contra esse rumo, e têm se queixado que o grupo estaria alienando o filho presidencial Eduardo, que é deputado federal pelo PL paulista, da campanha de Tarcísio. Outros focos de tensão estão nas candidaturas à Câmara dos Deputados.

Fonte: Congresso em Foco - Poder360 - Folha