Economia

Dólar fecha a R$ 5,18, com tensão menor na Ucrânia





Bolsa teve alta de 0,82% e alcança maior nível em cinco meses

A diminuição das tensões na Ucrânia e as altas taxas de juros no Brasil fizeram o dólar cair para abaixo de R$ 5,20 e fechar no menor valor desde setembro do ano passado. A bolsa subiu e alcançou o maior nível em cinco meses.

O dólar comercial encerrou esta terça-feira (15) vendido a R$ 5,181, com recuo de R$ 0,038 (-0,72%). A cotação chegou a abrir próxima da estabilidade, mas recuou com a abertura dos mercados externos. Na mínima do dia, por volta das 11h30, chegou a cair para R$ 5,16.

A moeda norte-americana está no menor valor desde 6 de setembro do ano passado, quando era vendida a R$ 5,177. A divisa acumula queda de 2,36% em fevereiro e de 7,08% em 2022.

O dia também foi marcado pela euforia no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 114.828 pontos, com alta de 0,82%. O indicador fechou na máxima do dia, impulsionado por ações de bancos, que estão divulgando lucros acima do esperado. Isso compensou a queda de ações de empresas mineradoras e exportadoras de commodities (bens primários com cotação internacional).

O Ibovespa está no maior nível desde 15 de setembro. O indicador acumula alta de 1,11% na semana e de 9,55% no ano.

O mercado global teve um dia de alívio após o anúncio de que parte das tropas russas estão retornando às bases após exercícios militares perto da fronteira com a Ucrânia. As bolsas norte-americanas e europeias tiveram forte alta. A cotação internacional do petróleo, que ontem tinha chegado a US$ 96 (barril do tipo Brent) caiu para US$ 93 hoje.

Além do alívio temporário internacional, as altas taxas de juros no Brasil contribuíram para estimular a entrada de capital estrangeiro no país. No início do mês, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic (juros básicos da economia) para 10,75% ao ano, com dois dígitos pela primeira vez desde 2017.

 

Confira outras notícias 

- 15,6 mi têm dinheiro esquecido e não acessaram site do BC

Cerca de 15,6 milhões de pessoas ou empresas têm algum “dinheiro esquecido” nos bancos e ainda não acessaram o Sistema Valores a Receber. O site foi lançado na 2ª (14.fev.2022) pelo BC (Banco Central).

Segundo a instituição, R$ 3,9 bilhões podem ser pagos a 28 milhões de pessoas ou empresas nesta 1ª fase do Sistema Valores a Receber. Cerca de 26 milhões de pessoas físicas e quase 2 milhões de empresas podem ser beneficiadas.

No entanto, apenas 12,4 milhões de pessoas e empresas identificaram a oportunidade até às 18h desta 3ª feira (15.fev.2022). As demais ainda não consultaram o Sistema Valores a Receber. Ou seja, cerca de 15,6 milhões ainda podem recuperar um “dinheiro esquecido” na plataforma. Saiba como fazer a consulta aqui.

Consultas

Segundo o BC, o sistema que permite a consulta a valores esquecidos em bancos e instituições financeiras recebeu mais de 66,1 milhões de acessos até às 18h desta 3ª feira (15.fev.2022). As consultas foram realizadas por 64,7 milhões de pessoas e 1,4 milhão de empresas.

No entanto, a maior parte dessas consultas não rendeu nenhum resgate. De acordo com o BC, só duas em cada 10 consultas mostraram que o usuário teria algum “dinheiro esquecido” nos bancos. Foram 12,4 milhões de pessoas ou empresas beneficiadas, sendo 12,2 milhões de pessoas físicas e 235,7 mil.

Eis os números registrados até às 18h desta 3ª feira (15.fev.2022):

  • 66,1 milhões de consultas: 64,7 milhões de pessoas e 1,4 milhão de empresas;
  • 12,4 milhões de consultas com saldo: 12,2 milhões de pessoas e 235,7 mil de empresas;
  • 53,7 milhões de consultas sem saldo: 52,5 milhões de pessoas e 1,2 milhão de empresas.

O BC estima haver R$ 8 bilhões esquecidos nos bancos. Neste momento, a consulta está disponível para R$ 3,9 bilhões. A consulta dos R$ 4,1 bilhões restantes será disponibilizada no Sistema Valores a Receber a partir de maio.

 

- Busca a valores esquecidos registra mais de 66 milhões de consultas

 

Mais de 66 milhões de pessoas físicas e empresas já fizeram consultas ao sistema que busca valores esquecidos em instituições financeiras, informou o Banco Central (BC). Desde a abertura do site, na noite de domingo (13), até as 18h de hoje (15), 66.003.771 consultas foram registradas. Nas últimas 24 horas, cerca de 28,7 milhões acessaram a página.

Desse total, 64.739.954 consultas foram feitas por pessoas físicas e 1.263.817, por pessoas jurídicas. De acordo com o BC, 13.465.002 (20,4%) resultaram em saldos a resgatar, dos quais 12.201.185 se referem a pessoas físicas e 88.612 a empresas. No balanço anterior, com dados até as 12h de hoje, o BC tinha informado que cerca de 222,1 mil empresas tinham valores esquecidos, mas o número foi revisado para baixo no levantamento mais recente.

 

 

Calendário

 

A consulta pode ser feita por qualquer cidadão ou empresa em qualquer horário. No entanto, caso o sistema informe recursos a receber, os usuários foram divididos em três grupos, baseados na data de nascimento ou na data de fundação da empresa.

 

Quem nasceu antes de 1968 ou abriu a empresa antes desse ano poderá conhecer o saldo residual e pedir o resgate entre 7 e 11 de março, no mesmo site. A própria página informará o horário e a data para pedir o saque. Caso o usuário perca o horário, haverá uma repescagem no sábado seguinte, em 12 de março, das 4h às 24h.

 

Para pessoas nascidas entre 1968 e 1983 ou empresas fundadas nesse período, o prazo será de 14 a 18 de março, com repescagem em 19 de março. Quem nasceu a partir de 1984 ou abriu empresa nesse ano, a data vai de 21 e 25 de março, com repescagem em 26 de março. As repescagens também ocorrerão aos sábados no mesmo horário, das 4h às 24h.

 

Quem perder o sábado de repescagem poderá pedir o resgate a partir de 28 de março, independentemente da data de nascimento ou de criação da empresa. O BC esclarece que o cidadão ou empresa que perderem os prazos não precisam se preocupar. O direito a receber os recursos são definitivos e continuarão guardados pelas instituições financeiras até o correntista pedir o saque.

 

Fonte: Poder360 - Agência Brasil com informações da Reuters