Política

Biden cita custos severos à Rússia em conversa com aliados





O presidente dos EUA, Joe Biden, conversou sobre a situação da Ucrânia com aliados por videoconferência. Os líderes reiteraram apoio à soberania e integridade territorial da Ucrânia”, mas alertaram estado de “prontidão” para “impor consequências gigantescas e custos econômicos severos à Rússia” caso prossiga com uma invasão. 

Em nota, a Casa Branca afirmou que o grupo expressou “preocupação com o contínuo acúmulo de forças militares da Rússia” na Ucrânia, mas reiterou a vontade de solucionar a situação por vias diplomáticas.

Estiveram presentes na chamada os líderes de Alemanha, Canadá, França, Itália, Polônia, Reino Unido e Romênia, além de representantes da União Europeia e da Otan.

Participaram da chamada:

  • Andrzej Duda, presidente da Polônia;
  • Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido;
  • Charles Michel, presidente do Conselho Europeu;
  • Emmanuel Macron, presidente da França;
  • Jens Stoltenberg, secretário-geral da Otan;
  • Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá;
  • Klaus Iohannis, presidente da Romênia;
  • Mario Draghi, primeiro-ministro da Itália;
  • Olaf Scholz, chanceler da Alemanha;
  • Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia.

Todos os esforços diplomáticos buscam persuadir a Rússia a ir para a desescalada. O objetivo é impedir uma guerra na Europa“, afirmou um porta-voz do chanceler alemão, Olaf Scholz.

Invasão “a qualquer momento

Nesta 6ª, o conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, disse que o acréscimo de tropas russas na fronteira com a Ucrânia pode indicar uma invasão “a qualquer momento”.

Continuamos a ver sinais de escalada russa, incluindo novas forças chegando à fronteira ucraniana”, afirmou. A agressão poderia começar ainda durante as Olimpíadas de Inverno em Pequim, prevista para terminar em 20 de fevereiro.

Biden e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, devem conversar por videoconferência no sábado (12.fev). O último diálogo entre os líderes ocorreu no final de dezembro.

O Pentágono anunciou o envio de mais 3.000 tropas para a Polônia, que devem chegar ao país do Leste Europeu na próxima semana.

Temendo um ataque, os EUA orientaram que cidadãos norte-americanos deixassem a Ucrânia em até 48 horas. A recomendação foi endossada por outros países, como o Japão, Holanda, Coreia do Sul e o Reino Unido.

 

EUA não creem que Putin tenha decidido invadir Ucrânia, mas citam “clara possibilidade”

Para conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, maneira mais rápida de diminuir as tensões seria a Rússia retirar o acúmulo de tropas na fronteira dos países 

Os EUA não acreditam que o presidente russo, Vladimir Putin, tenha tomado uma decisão sobre invadir a Ucrânia, disse o conselheiro de segurança nacional do presidente norte-americano Joe Biden, Jake Sullivan, em uma entrevista coletiva.

Mais cedo, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, havia dito que a Rússia está concentrando ainda mais tropas perto da Ucrânia e uma invasão poderia acontecer a qualquer momento, talvez antes do final dos Jogos Olímpicos de Inverno na China.

Mesmo tentando transmitir uma mensagem urgente de que uma invasão poderia ocorrer a qualquer momento, Sullivan disse que não conseguia “entrar na cabeça de Putin”.

“Eu quero ser muito claro. Não estamos dizendo que uma decisão foi tomada – que uma decisão final foi tomada pelo presidente Putin. Mas temos um nível suficiente de preocupação com base no que estamos vendo na região e o que nossos analistas de inteligência captaram, estamos enviando esta mensagem clara, e continua sendo uma mensagem que estamos enviando há algum tempo”, disse Sullivan durante entrevista na Casa Branca.

“E é, sim, é uma mensagem urgente porque estamos em uma situação urgente”, continuou o conselheiro.

Sullivan expandiu sua declaração de que a Rússia poderia lançar uma invasão da Ucrânia “a qualquer momento”. Ele disse que há uma “possibilidade muito distinta” de que a Rússia aja militarmente, mas não conseguiu identificar quando ou como.

“Não vou entrar em informações de inteligência, mas se você olhar para a disposição das forças na Bielorrússia e na Rússia do outro lado da fronteira ucraniana do norte, do leste, os russos estão em posição de ser capaz de montar uma grande ação militar na Ucrânia a qualquer momento. E por essa razão acreditamos que é importante para nós comunicarmos aos nossos aliados e parceiros, aos ucranianos e aos cidadãos americanos que ainda estão lá”, disse Sullivan.

“Maneira de diminuir as tensões é a Rússia reduzir as tropas”

A maneira mais rápida de diminuir as tensões entre a Rússia e a Ucrânia é a Rússia retirar o acúmulo de tropas na fronteira dos países, disse o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan.

“Apenas um país reuniu mais de 100.000 soldados na fronteira de outro país com todas as capacidades e capacidades para conduzir uma invasão. Esse país é a Rússia. Esse país não são os Estados Unidos”, disse Sullivan em entrevista na Casa Branca.

“Assim, a maneira mais rápida de diminuir essa situação para todos os envolvidos seria a Rússia optar por diminuir sua mobilização de forças. Os Estados Unidos estão respondendo ao aumento ativo e sustentado da pressão militar sobre a Ucrânia, estamos fazendo isso em sintonia com aliados e parceiros e, ao mesmo tempo, temos sido extremamente avançados em nossa disposição de nos engajarmos na diplomacia, para abordar as preocupações mútuas da Rússia, dos europeus e dos Estados Unidos quando se trata de segurança na Europa”, disse ele.

Sullivan disse que fala “quase todos os dias” com assessores do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. O presidente Joe Biden conversou diretamente com Zelensky.

Rússia agora tem forças suficientes para invasão da Ucrânia

A Rússia agora tem forças suficientes para realizar uma grande operação militar contra a Ucrânia e um ataque destinado a capturar grandes partes do país pode começar “a qualquer momento”, segundo assessor de segurança nacional da Casa Branca.

Sullivan reiterou que qualquer americano que ainda esteja na Ucrânia deve partir nas próximas 24 a 48 horas. Ele disse que uma invasão russa poderia começar com um ataque aéreo que dificultaria as partidas.

Sullivan disse que a inteligência dos EUA acredita que o presidente russo, Vladimir Putin, pode ordenar uma invasão antes do final dos Jogos Olímpicos de Inverno em Pequim, em 20 de fevereiro, e que um ataque rápido à capital da Ucrânia, Kiev, é uma possibilidade.

“Não vimos nada chegar até nós que diga que uma decisão final foi tomada, que a ordem foi dada”, disse ele.

Mas com 100.000 soldados concentrados na fronteira com a Ucrânia, Sullivan disse que uma invasão russa pode envolver a captura de grandes partes da Ucrânia, bem como de grandes cidades, incluindo Kiev.

Fonte: Poder360 - CNN Brasil