Política

Kassab se encontra com Lula e admite chance de aliança já no 1º turno





Reunião ocorreu em SP, a pedido de Lula; deputados do PSD dizem que Kassab reafirmou intenção de candidatura própria

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, tiveram novo encontro em São Paulo, na sede do PT.

Apesar de o PSD ter o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), como pré-candidato ao Palácio do Planalto, há uma pressão de integrantes do PT e do próprio PSD, como informou a coluna Mônica Bergamo, da Folha, para que a sigla de Kassab embarque na candidatura de Lula já no primeiro turno.

Em evento na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (9), o presidente da legenda afirmou que "não é impossível" uma aliança do partido com o PT no primeiro turno, apesar de a prioridade ser lançar nome próprio à disputa de outubro.

De acordo com parlamentares do PSD ouvidos pela Folha, entre eles o deputado federal Antonio Brito (BA), a conversa transcorreu em clima cordial, mas Kassab, mais uma vez, pontuou que o partido segue com a pré-candidatura de Pacheco, que só não será candidato caso não queira, nas palavras desses parlamentares.

O presidente do Senado, que trocou o DEM —agora União Brasil— pelo PSDpara pavimentar a possível entrada na corrida ao Planalto, tem dado indicações de pouco empenho na pré-campanha, nos últimos tempos.

Isso tem levado à avaliação de que ele pode optar por pavimentar politicamente sua reeleição ao comando do Congresso caso projete que não conseguirá se descolar do traço nas pesquisas eleitorais a presidente.

Como mostrado pela coluna de Mônica Bergamo, um grupo no PSD defende a adesão do partido a Lula já no primeiro turno e cita a possibilidade de que isso possa ajudar o petista a se consolidar como um candidato de centro —e, assim, liquidar a fatura da eleição sem necessidade de uma segunda rodada.

À coluna Kassab disse existir essas vozes no PSD, mas também a de pessoas que sustentam que o partido não deveria ter candidato nem apoiar qualquer um deles no primeiro turno. A maioria, porém, continuaria a defender a candidatura própria.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, também participou do encontro de Lula e Kassab, em São Paulo. A Folha não conseguiu falar nem com Kassab nem com Gleisi na noite desta terça (8).

Ainda de acordo com parlamentares do PSD, há uma quase unanimidade a favor da união entre Lula e PSD no segundo turno das eleições.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que pode sair do PSDB e se filiar ao PSD, seria outro nome viável de candidato presidencial do PSD caso Pacheco desista de entrar na corrida presidencial.

No meio político, sempre houve uma avaliação de que a candidatura de Pacheco à Presidência poderia desembocar, na verdade, na ocupação da vice na chapa de Lula. A aproximação do petista com o ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido), porém, interditou essa possibilidade.

A dobradinha Lula-Alckmin também frustrou os planos do PSD de ter o ex-tucano como candidato do partido ao governo de São Paulo. Com isso, Kassab convidou para assumir a função o prefeito de São José dos Campos, Felicio Ramuth (PSD).

Kassab esteve na filiação do vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (AM), ao partido. Também participaram do evento o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), lideranças partidárias, deputados da bancada federal do PSD e senadores da legenda. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), havia confirmado presença na filiação, mas não compareceu.

Após o evento, Kassab falou à imprensa sobre a estratégia do partido nas eleições de outubro, quando disse que o objetivo é ter nome próprio, mas sem descartar uma aliança com o PT de Lula ainda no primeiro turno.

Disse que parlamentares e lideranças do partido mantêm proximidade com o Partido dos Trabalhadores e que muitos aprovariam uma aliança já no primeiro turno. Citou como exemplos os senadores Otto Alencar (PSD-BA) e Omar Aziz (PSD-AM).

"Em respeito a esses companheiros [senadores do PSD], eu não posso dizer que é impossível [uma aliança com o PT no primeiro turno]. Companheiros tão importantes no partido que [devemos respeitar e não decidir já que] a gente não tenha uma aliança no primeiro turno", disse. "Merecem todo o nosso respeito e é impossível termos uma definição sobre alianças sem a participação deles."

"Eu digo que em homenagem a eles, não posso dizer que a chance não existe", ressaltou. "Mas o que eu posso dizer é praticamente certo que vamos ter uma participação no primeiro turno, candidatura própria."

O presidente da legenda teve um encontro na segunda-feira (7) com Lula.

Kassab reforçou que o candidato do partido é o senador Rodrigo Pacheco. Disse que o partido estabeleceu como prazo para uma definição o fim da janela partidária, no fim de março. "Ele está fazendo a avaliação, se ele aceita, está avaliando conosco essa missão", disse.

"Existe um consenso de que se ele aceitar o convite, ele será festejado. Ele não precisa sair fazendo pirotecnia pelo Brasil afora, como candidatos de outros partidos precisam, para se afirmar internamente. Ele tem visibilidade nacional, as pessoas conhecem as suas ideias. Essa é a razão de ele não ser pré-candidato", complementou.

Diante do que é visto como hesitação de Pacheco em se jogar na disputa presidencial, outros nomes começaram a ser apontados como possíveis candidatos do PSD às eleições, entre eles o do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB).

Kassab não descartou que o ex-prefeito de Pelotas possa ser o nome do PSD nas eleições. "Ele tem condições, tem pré-requisitos para ser candidato, é jovem, é respeitado, já mostrou que tem vontade de ser presidente da República", afirmou.

"Já mostrou que tem aliança com o PSD em seu estado, no Rio Grande do Sul. Também atende a uma expectativa do nosso partido de que o nosso presidente tenha independência em relação a esse governo. Não iremos caminhar com esse governo."

Também presente na cerimônia, Pacheco desconversou sobre a sua pré-candidatura. Disse apenas que ficou lisonjeado com o convite feito pelo seu partido, mas ainda está analisando.

"Na verdade, eu nunca falei de pré-candidatura. Na verdade. o partido tem a legítima pretensão de ter um candidato a presidente, fico muito lisonjeado de o partido sempre lembrar do meu nome, mas não há uma pré-candidatura formalizada". afirmou a jornalistas.

"O partido fará no momento oportuno [o anúncio sobre a candidatura], acho que daqui a alguns dias, alguns meses, o partido terá essa definição", completou.

Após o evento, Kassab falou à imprensa sobre a estratégia do partido nas eleições de outubro, quando disse que o objetivo é ter nome próprio, mas sem descartar uma aliança com o PT de Lula ainda no primeiro turno.

Disse que parlamentares e lideranças do partido mantêm proximidade com o Partido dos Trabalhadores e que muitos aprovariam uma aliança já no primeiro turno. Citou como exemplos os senadores Otto Alencar (PSD-BA) e Omar Aziz (PSD-AM).

"Em respeito a esses companheiros [senadores do PSD], eu não posso dizer que é impossível [uma aliança com o PT no primeiro turno]. Companheiros tão importantes no partido que a gente não tenha uma aliança no primeiro turno", disse. "Merecem todo o nosso respeito e é impossível termos uma definição sobre aliança sem a participação deles."

"Eu digo que em homenagem a eles, não posso dizer que a chance não existe", ressaltou. "Mas o que eu posso dizer é praticamente certo que vamos ter uma participação no primeiro turno, candidatura própria."

O presidente da legenda teve um encontro na segunda-feira (7) com Lula.

Kassab reforçou que o candidato do partido é o senador Rodrigo Pacheco. Disse que o partido estabeleceu como prazo para uma definição o fim da janela partidária, no fim de março. "Ele está fazendo a avaliação, se ele aceita, está avaliando conosco essa missão", disse.

"Existe um consenso de que se ele aceitar o convite, ele será festejado. Ele não precisa sair fazendo pirotecnia pelo Brasil afora, como candidatos de outros partidos precisam, para se afirmar internamente. Ele tem visibilidade nacional, as pessoas conhecem as suas ideias. Essa é a razão de ele não ser pré-candidato", complementou.

Diante do que é visto como hesitação de Pacheco em se jogar na disputa presidencial, outros nomes começaram a ser apontados como possíveis candidatos do PSD às eleições, entre eles o do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB).

Kassab não descartou que o ex-prefeito de Pelotas possa ser o nome do PSD nas eleições. "Ele tem condições, tem pré-requisitos para ser candidato, é jovem, é respeitado, já mostrou que tem vontade de ser presidente da República", afirmou.

"Já mostrou que tem aliança com o PSD em seu estado, no Rio Grande do Sul. Também atende a uma expectativa do nosso partido de que o nosso presidente tenha independência em relação a esse governo. Não iremos caminhar com esse governo."

Também presente na cerimônia, Pacheco desconversou sobre a sua pré-candidatura. Durante seu discurso, o senador mineiro chegou a falar em "rumo a vitória", mas depois questionado sobre o assunto disse que se tratava da vitória de seu partido e que ele segue sem ter uma definição. Disse apenas que ficou lisonjeado com o convite feito pelo seu partido para ser candidato, mas ainda está analisando.

"Na verdade, eu nunca falei de pré-candidatura. Na verdade. o partido tem a legítima pretensão de ter um candidato a presidente, fico muito lisonjeado de o partido sempre lembrar do meu nome, mas não há uma pré-candidatura formalizada". afirmou a jornalistas.

"O partido fará no momento oportuno [o anúncio sobre a candidatura], acho que daqui a alguns dias, alguns meses, o partido terá essa definição", completou.

Fonte: UOL - Folha