Cotidiano

Mortes no Brasil disparam e país tem 3º maior número do mundo, diz OMS





O Brasil está na terceira posição entre os países que registraram o maior número de mortes pela covid-19, na semana que terminou neste último domingo (6).

Dados publicados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) nesta segunda-feira (7) revelam que o Brasil uma vez mais superou todos os países europeus e está abaixo apenas de Estados Unidos e Índia, locais com uma população muito superior à brasileira —o Brasil tem 212,6 milhões de habitantes; os EUA, 329,6 milhões; e a Índia, 1,38 bilhão.

De acordo com os dados da OMS, em sete dias, foram:

  • 5,2 mil mortes no Brasil,
  • 7,8 mil na Índia e
  • 16,4 mil nos EUA.

Na semana anterior, os dados mostraram um total de 3,3 mil óbitos no país, o que já representava uma expansão de 88% em relação aos sete dias anteriores.

A tendência no caso brasileiro é de alta, indo na contramão de países que tinham sido duramente atingidos pela pandemia de coronavírus nas últimas semanas.

Segundo os dados da OMS, a quarta posição, na semana, é da Rússia, seguida por México, Itália e França.

Na lista de total de mortes registradas desde o início da pandemia, o Brasil ocupa a segunda posição, com 631.802 óbitos, de acordo com a organização. À frente, estão os Estados Unidos, que somam 893.870. Em terceiro, segue a Índia, com 502.874.

Novos casos

Em termos de novos números de contaminações, o Brasil se manteve na quarta posição, repetindo a mesma classificação da semana anterior. Mas a diferença com os demais epicentros de casos vem caindo de forma importante.

Nos EUA, foram 2 milhões de novos casos em sete dias, contra 1,6 milhão na França e 1,3 milhão na Alemanha. No Brasil, foram 1,25 milhão, seguido pela Rússia e Índia.

Se na Europa governos se preparam para relaxar as medidas de controle e tratar a covid-19 como uma doença endêmica, a OMS vem alertando que nem todos os países do mundo estão em condições de seguir o mesmo caminho neste momento.

O temor da agência é que, em locais onde os casos continuam a subir, a opção por liberar a circulação do vírus acabe ampliando a crise sanitária e colocando uma pressão ainda maior sobre o sistema de saúde.

Para a OMS, a ordem é a de reagir com cautela diante da variante ômicron, ainda que existam sinais de a variante ser mais suave. Na avaliação da agência, em países onde o sistema de saúde é frágil ou a taxa de vacinação não atingiu níveis elevados, o risco de morte é real.

 

- Covid-19 impacta serviços de saúde em 90% dos países, diz OMS

 

Levantamento foi realizado entre novembro e dezembro de 2021

 

Impactos nos serviços básicos de saúde, como campanhas de vacinação e o tratamento de doenças como a AIDS, foram relatados em 92% de um total de 129 países, mostrou nesta segunda-feira (7) uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o impacto da pandemia.

 

A levantamento, realizado entre novembro e dezembro de 2021, mostrou que os serviços foram "severamente impactados" com "pouca ou nenhuma melhoria" em relação à pesquisa anterior no início de 2021, disse a OMS em um comunicado enviado aos jornalistas.

 

"Os resultados desta pesquisa destacam a importância de ações urgentes para enfrentar os principais desafios do sistema de saúde, recuperar serviços e mitigar o impacto da pandemia da covid-19", disse a OMS.

 

O atendimento de emergência, que inclui ambulâncias e serviços de pronto atendimento, na verdade piorou com 36% dos países relatando interrupções contra 29% no início de 2021 e 21% na primeira pesquisa em 2020.

 

As cirurgias eletivas, como as próteses de quadril e joelho, foram interrompidas em 59% dos países e as lacunas nos cuidados de reabilitação e paliativos foram relatadas em cerca de metade deles.

 

O momento da pesquisa coincidiu com o surgimento de casos de covid-19 em muitos países no final de 2021 devido à variante altamente transmissível Ômicron do novo coronavírus, empilhando tensão adicional nos hospitais.

 

A declaração da OMS atribuiu a escala de interrupções a "problemas de sistemas de saúde pré-existentes", bem como a diminuição da demanda por cuidados, sem entrar em detalhes.

 

Fonte: UOL - Agência Brasil