Política

Randolfe colhe assinaturas pelo impeachment de Aras





O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) anunciou que coletará assinaturas para pedir o impeachment do procurador-geral da República, Augusto Aras. A decisão foi tomada após o procurador questionar as provas apresentadas pela CPI da covid-19.

Em seu Twitter, o senador, que era o vice-presidente da comissão, afirmou que Aras passou todos os limites e que deveria agir como o chefe do Ministério Público Federal (MPF), e não mais na “função de serviçal de Bolsonaro”.

Nesta semana, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, negou um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para que o Senado Federal explique sobre a cadeia de custódia das provas da CPI da covid. Estes documentos sugerem o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro (PL), do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, do ex-ministro, Eduardo Pazuello, e do ex-secretário-executivo da Pasta, Élcio Franco.

Na decisão, a ministra Weber informou que a PGR deveria solicitar os esclarecimentos diretamente à CPI, sem intervenção do STF.

Foi a segunda vez que Rodrigues se referiu ao procurador como “serviçal” do presidente. Na última quarta-feira (2), o senador criticou o pedido de Aras ao STF para intimar os senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL), presidente e relator da CPI, respectivamente, acerca do uso de um dado sigiloso em depoimento prestado na CPI.

“Depois de tantos crimes de Bolsonaro, não me lembro do PGR tê-lo intimado para alguma coisa. Entretanto, contra aqueles que cumprem o papel do MP de investigar, ele cumpre seu papel de intimidação”, afirmou o senador no Twitter.

Após o final da CPI da covid, no dia 27 de outubro, Augusto Aras teve 30 dias para dar procedimento as denúncias apuradas na comissão. Em participação no Congresso em Foco Talk, no dia 3 de novembro, Randolfe afirmou que o procurador-geral seria convocado pelo Senado a prestar esclarecimentos se não agisse.

No dia três de dezembro, Aras anunciou o inicio de seis investigações preliminares para apurar as ações do presidente Jair Bolsonaro, de parlamentares e de ministros do governo que tiveram pedidos de indiciamentos feitos pelo relatório final da CPI da Covid no Senado.

Fonte: Congresso em Foco